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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

14
Out18

Viena, a capital cosmopolita

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Viena é, provavelmente, a capital mais conhecida de todas as quatro por onde passei. Isso faz com que existam, por defeito, muitas ideias pré-concebidas da cidade, que podem ou não ajudar no confronto que temos com a realidade. E a verdade é esta: acho que, inconscientemente, esperava mais. Aliás, esperava que fosse diferente. Isto porque sempre ouvi falar da Áustria como um país com locais lindíssimos, onde era o pormenor e o detalhe que faziam a diferença, onde há vilas e cidadezinhas que parecem saídas de contos de fadas. Acho que fui contagiada por este espírito e não esperava que Viena fosse uma cidade totalmente cosmopolita, a mais atual de todas a que fui nesta viagem e, acima de tudo, a mais "pesada": com muita pedra e grandes edifícios. Devo também, em nome da justiça da cidade, fazer um disclaimer: Viena, sendo a nossa última paragem, foi o sítio onde estivemos mais cansados. Notei isso em todos os circuitos que fiz: a última paragem sofre sempre por ser a última - quer seja por não se tirarem tantas fotos por o "cartão estar quase cheio" ou porque "já se tem demasiadas fotografias", ou por já não se ter tanta energia para explorar todos os recantos, ou por já nem se ter paciência para ouvir (e muito menos apontar) tudo aquilo que a guia diz. Sinto mesmo que as minhas memórias de Viena são as menos concretas, tenho ideias vagas de tudo, mas se precisar de me lembrar de um determinado sítio já tenho alguma dificuldade. Enfim, vicissitudes da vida!

Mas vamos por partes. Já é da praxe o meu passeio noturno mal chego a uma cidade. Desta vez o destino foi Prater, o parque de diversões mais antigo do mundo e que contém aquele que é, provavelmente, o símbolo mais conhecido de Viena: a roda gigante, em funcionamento desde 1897. Apesar de eu ser completamente aversa a diversões (nunca andei nuns carrinhos de choque, por exemplo!), achei este sítio incrível - mas pareço ter sido a única, pois dentro do pequeno grupo de pessoas com quem estava ninguém parecia muito interessado em continuar por lá; andamos na roda gigante e, com muita pena minha, viemos logo embora. Tudo aquilo tinha uma aura que misturava o vintage com o degradante, ajudada pelas luzes dos divertimentos que iluminavam o escuro da noite, um bocadinho como imagino Coney Island. Adorava ter explorado mais.

A vista da roda gigante, de noite, não é nada de especial. Porquê? Porque Viena é escura, não está iluminada. Esta foi, talvez, a minha maior desilusão. Esperava um cenário tipo Paris ou, mais recentemente, Budapeste. Mas não. Acho que muito por "culpa" da ecologia, a maioria das luzes (para além das essenciais) são desligadas - mesmo as das montras nas principais ruas da cidade. Percebo e concordo com o princípio, mas tira toda a magia - de tal forma que nem tirei fotos, não se iria ver nada. Por isso, se empenharem os vossos 10 euros na roda, façam-no de dia.

Uma nota, para mim, sempre importante: achei o ambiente muito civilizado em todos os espaços por onde andei e senti-me sempre muito segura, tanto de noite, como de dia.

 

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À entrada do espaço da roda gigante há uma série de "maquetes" em movimento muito giras

 

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Dentro da nossa cabine na roda gigante

 

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A cabine 30 no topo da roda - 65 metros acima da terra!

 

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Uma das diversões iluminada no meio do negrume da noite

 

A visita do dia seguinte começou no complexo do palácio de Hofburgo, a residência de inverno da família imperial, cujo interior não visitamos. No entanto dá para atravessar os caminhos interiores do palácio, passando pelos seus pátios e pelas conhecidas cavalariças - uma parte do complexo conhecida por Stallburg, onde hoje estão os cavalos da Escola Espanhola de Equitação. Para terem uma ideia da dimensão, o palácio abrange uma área de 240 mil metros quadrados!

É neste complexo que encontram a praça Albertina, que alberga o museu de Sissi, um dos mais conhecidos e falados neste momento em Viena. Retrata a vida da Imperatriz Elisabeth, casada com Francisco José I, um casal muito afamado e acarinhado por todos - é impossível ir a Viena e não ouvir falar deles. Ela está em todas as lojas de souvenirs, ao lado de Mozart e das peças inspiradas pelo Klimt, só para terem uma ideia. Esta era uma das opções que tínhamos para ver e fazer no nosso tempo livre mas optamos por desfrutar da cidade e do bom tempo em vez de vermos o museu; algumas pessoas da excursão foram e só deram boas referências! É provavelmente algo interessante a fazer quando a meteorologia não ajudar.

Ao caminhar-se pelo veio central do palácio, por onde a passagem é livre, passamos pela Ala Leopoldinense (onde se situa o gabinete do presidente austríaco - e antigamente do imperador), pela Praça dos Heróis, pelo Palácio Velho, pelo Palácio Novo (que agora alberga partes da Biblioteca Nacional e alguns museus) e finalmente pelo Portão Exterior. Tudo isto é, no fundo, uma grande prova do império que a Áustria liderou durante cerca de 50 anos - é enorme, é pesado, é grandioso. Impõe respeito. E, de forma inconsciente, era toda esta grandiosidade que eu não esperava.

 

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À entrada do palácio (feita por aquela grande porta no centro da foto)

 

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Estátua à entrada do palácio

 

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Uma das cúpulas do palácio

 

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A frente do Palácio Velho, com o seu conhecido Portão Suíço (nomeado assim por ter sido durante algum tempo vigiado pela Guarda Suíça)

 

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A frente do Palácio Novo 

 

A paragem seguinte foi uma que eu facilmente passaria à frente - Hundertwasserhaus, umas casas de habitação social concebidas por Friedenreich Hundertwasser, que é uma espécie de Gaúdi austríaco. Os edifícios têm umas formas estranhas, muitas cores, varandas e sempre um elemento com água. Seria giro se estivesse melhor conservado e se fosse algo de maior dimensão. Em frente há uma galeria, também dentro do mesmo estilo arquitetónico, cheia de lojas de souvenirs com todos os estilos, tamanhos e preços - coisas com alguma graça mas que se arranjam noutros sítios se não quiserem fazer esta paragem que, repito, era para mim dispensável.

 

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Hundertwasserhaus

 

Já a paragem seguinte é um ponto obrigatório: o Palácio de Belvedere que, na verdade, são dois - o superior e o inferior. A entrada nos jardins é gratuita mas o interior (agora transformado em museu) é pago, uma vez que é lá que estão, por exemplo, as pinturas de Klimt (incluindo, se não me engano, o tão famoso "Beijo"), entre outros nomes famosos.

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O Palácio Superior, com o seu enorme lago à frente

 

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Ainda o Palácio Superior

 

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O Palácio Inferior (ao fundo) e os seus jardins

 

Ainda sobre palácios, também visitamos o Palácio Schönbrunn (que significa bela fonte em alemão - e é assim chamado porque o Imperador Matthias descobriu uma fonte aqui, neste local, em 1600, durante uma caçada). O Palácio teve muitas fases mas foi maioritariamente usado como residência de verão - e foi aqui que viveu Napoleão quando as tropas francesas invadiram Viena. É também um local importante porque foi aqui que morreu o Imperialismo, em 1918, quando o Imperador Carlos I renuncia as funções de chefe de estado.

Nós só visitamos o exterior e passeamos por uma pequena parte dos magníficos jardins, com várias fontes e "avenidas" muito bem cuidadas, com as árvores cuidadosamente aparadas e as flores em belíssimo estado. No entanto, pelas fotos e pela história rica do palácio, creio que a visita ao interior vale a pena - até porque, convenhamos, jardins já vimos muitos! Há vários tipos de bilhetes, mas penso que em visitas mais completas os preços começam nos 13 euros (mais uma vez, é conveniente comprar pela internet para evitar filas desnecessárias). Dentro do Palácios há sítios onde se pode entrar, pagando a entrada à porta, como o Tiergarten, o jardim zoológico mais antigo do mundo, o Wagenburg (o museu das carruagens) ou a Casa das Palmeiras, que é uma espécie de estufa.

 

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A entrada do Palácio

 

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Numa das fontes - não percebi se estava em ruínas ou se queria imitar ruínas

 

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Vista traseira do palácio e um pouco dos seus jardins

 

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Uma das fontes mais conhecidas (e bonitas)

 

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 Um dos locais que mais gostei foi um túnel forrado a roseiras, ainda com algumas rosas em flor

 

Agora falando em igrejas, um clássico nas visitas turísticas: a Catedral de Santo Estevão, bem no coração de Viena, é um must-see, sendo o edifício gótico mais importante da Áustria. Tanto o interior como o exterior são muito bonitos, grandiosos e impactantes. Reparar no telhado, todo esmaltado. A entrada é grátis.

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A torre da Catedral mede 137 metros

 

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Um órgão antigo no centro da igreja. Se tocar num só teclado já é difícil, imagem tocar em quatro e com dezenas de botões à volta. Credo!

 

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No interior da igreja

 

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Detalhe no interior da igreja

 

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O teto em forma de várias abóbadas

 

Fomos também à Igreja de São Carlos Borromeu - aliás, passamos por lá, uma vez que estava fechada. Mas tivemos imensa sorte pois, nessa altura, estava a decorrer um festival de rua com performances e artes circenses na praça em frente à igreja. Havia imensa gente, várias lojinhas improvisadas, comida e muita animação. Foi divertido e deu para sentir o espírito da cidade. É o tipo de coisa que às vezes pode fazer a diferença numa visita e que nos faz pensar que esta pode mesmo ser uma cidade muito agradável para se viver (os rankigs ao nível da qualidade de vida concordam com isto).

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 Em frente à  Igreja de São Carlos Borromeu

 

E agora a minha parte favorita de Viena: o Naschmarkt, o mercado local. É estranho ter sido este o meu local favorito da cidade, não é? De todo o esplendor da cidade, os palácios e a ópera, um "simples" mercado ter sido o meu local preferido revela muito daquilo que Viena foi para mim: uma surpresa, tanto de um ponto de vista positivo como negativo. Quando apontei este mercado nos meus sítios a visitar pensei que fosse algo fechado, como aquele que visitei em Budapeste. Mas não. É um mercado ao ar livre, enorme (é quase uma avenida inteira!), cheio de bares, cafés, restaurantes e muitas bancas com produtos coloridos e com um ar delicioso. É um misto de Galerias de Paris (aqui no Porto), com os mercados árabes, esplanadas... é difícil descrever, mas aconselho vivamente. Gostamos tanto que fomos lá duas vezes: uma vez à tarde, onde aproveitamos para lanchar, e outra no último dia, na nossa despedida de Viena, onde almoçamos - com uma comida boa, num ambiente super simpático e movimentado e por um preço nada exagerado. No domingo apanhamos uma espécie de flea market, onde imensas pessoas vendiam as suas velharias, tralhas e algumas coisas giras. Nós não tínhamos tempo para grandes compras nem paciência para andar lá a vasculhar no meio dos milhões de objetos que lá haviam (acredito que existissem alguns engraçados, mas é preciso ter olho para o negócio para não se ser enganado e, acima de tudo, ter muita paciência para encontrar o que quer que seja no meio daquela desorganização). Não sei se é algo que acontece mensal ou semanalmente (ou até de forma esporádica), mas também tem a sua graça e fica mesmo ao fundo do mercado e prolonga-se até ao fim da avenida.

 

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Numa das ruas do mercado

 

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Uma "montra" cheia de azeitonas de tamanhos, cores e feitios que eu nunca sequer imaginei existirem

 

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A cores das especiarias numa banca do mercado

 

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Umas amêndoas absolutamente deliciosas que lá compramos, cobertas com sementes de sésamo. De ir ao céu e voltar!

 

 Outros locais por onde passamos e que merecem menção:

A Secessão, um edifício muito bonito que fica pertíssimo do mercado, que é  "casa" do estilo da Secessão Vienense, encabeçadao por Gustav Klimt. Está tudo muito pouco claro à volta do edifício, por isso inicialmente achei que isto fosse uma daquelas igrejas estranhas ou outra coisa qualquer. Na verdade é uma espécie de museu, onde decorrem exposições.

 

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Secessão

 

O Café Sacher, que dá o nome ao doce mais popular de Viena: o Sacher. É um bolo de chocolate de duas camadas, divido por doce de alperce e coberto por uma camada espessa de chocolate negro. Era das poucas coisas que sabia de Viena: lembro-me da minha irmã ter ido lá, há mais de uma década, e me ter trazido uma caixinha de madeira (que ainda guardo) com um bolo lá dentro. Era este. Passado tanto tempo voltei a comer e voltei a não adorar. Mas não há dúvida que é um dos símbolos de Viena. 

O Café e o Hotel Sacher são o sítio oficial, mas na verdade este bolo come-se em todo o lado. Há também uma loja oficial, onde podem comprar bolos grandes, pequenos, bombons, tabletes de chocolate... tudo e mais alguma coisa. É um pouco cara, mas é também dos melhores souvenirs que podem trazer. Afinal de contas... é chocolate. E chocolate é sempre bom.

 

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Fachada do Café Sacher

 

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No interior da loja dos bolos Sacher

 

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Igreja de São Miguel

 

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Museu de História da Arte e de Ciências Naturais

 

Despeço-me com o edifício mais emblemático da cidade: a Ópera. O nosso circuito incluía (ainda que por um valor pago à parte) um concerto na Ópera que optamos por não ir: primeiro porque eram umas horas a menos de passeio, segundo porque não tínhamos roupa decente para ir ver um concerto, mesmo que fosse pouco algo formal, e terceiro porque, a ver, que seja algo em bom. Também não visitamos o interior por uma questão de falta de tempo e por termos outras prioridades. Dizem, no entanto, que é uma das paragens obrigatórias: a entrada fica por 7,5 euros e inclui um bilhete para o museu (que, esse sim, dizem ser desinteressante). A verdade é que - e fazendo uma pescadinha de rabo na boca com o inicio do meu texto e com o que já mencionei também noutros parágrafos - é que eu acho que esperava outra coisa. Este é um edifício grande, mas não é um arrepio na espinha, não é um UAU. Podia ser um museu como tantos outros, um edifício de estado. Tanta coisa! O imaginário construído à volta de Viena, em particular para quem gosta de música clássica (como eu), pode ser traiçoeiro na hora de visitarmos esta capital. Por isso cautela com as expectativas!

De resto, é óbvio que é uma grande capital europeia, que merece ser visitada. Quanto a mim, espero em breve dar uma volta por outras cidades austríacas, essas sim, que dizem parecer saídas das histórias de princesas.

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Ópera vista de noite - um dos poucos edifícios iluminados

 

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Ópera vista de dia

 

Onde fiquei? No Arcotel Kaiserwasser, junto aos edifícios das Nações Unidas, numa parte muitíssimo atual a cidade. O hotel é grande e confortável, tem um bom pequeno-almoço e uma filosofia muito amiga do ambiente: caso dispensem a limpeza diária dos quartos oferecem dinheiro a uma associação relacionada com abelhas; têm "fruta feia" grátis à porta do pequeno-almoço, para os hóspedes não fazerem aquelas figuras tristes de meter fruta à socapa dentro das malas para comer durante o dia e outras coisas que tais. A decoração é toda em tons de vermelho, algo que não gostei muito, mas que se diluí comparando com outras vantagens do espaço. Fica muito perto de uma estação de metro, que fica a seis estações do centro da cidade.

Importa saber: o funcionamento das linhas de metro é relativamente intuitiva, assim como a compra dos bilhetes; para quem é do Porto será ainda mais fácil, uma vez que tem a mesma lógica que o de cá - "picam-se" os bilhetes no início e o bilhete é válido durante a hora seguinte, onde podemos andar livremente, desde que não andemos numa lógica de circuito (ir e vir, por exemplo). Não são é baratos: 2,40€ para adultos. Atentem a que há vários preços especiais consoante as idades, assim como várias modalidades (bilhetes de 72h e etc.). A língua é o alemão (difícil, mas sempre é melhor do que o húngaro!) e a moeda é o euro (aleluia!).

O que faltou ver? Entrar no edifício da Ópera e ver uma ópera. Conhecer melhor Prater. Visitar o museu da Sissi e o interior do Palácio Schönbrunn.

 

 E assim terminam os diários de bordo desta excursão! Podem ler todos clicando aqui.

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