Um questionário ao consumidor antes de viajarmos para Quioto
Faço os diários de bordo à minha medida - nem tanto pensando naquilo que procurava antes de ir viajar mas sim tendo em mente aquilo que vou querer ler daqui a uns anos, quando a minha mente já não estiver tão fresca e eu quiser relembrar as viagens que fiz. Volto a viajar comigo mesma de cada vez que leio aquilo que escrevi sobre os meus passeios anteriores e essa é a maior razão que tenho para perder horas e horas a escrever coisas aqui no blog que, honestamente, não sei se muita gente lê.
E é sobre isso que venho indagar. Questiono-me muito sobre a forma densa como escrevo esses posts; vejo muito poucos (ou nenhuns) textos de viagem tão detalhados como os meus - mas pergunto-me se isso será bom. Sei que é mais fácil ler a Isabel Saldanha (que, por falar nela, está agora no Irão!), que com a sua escrita poética vai dando inputs sob a forma de posts de Instagram que nunca são muito longos; sei que é mais rápido perceber os bairros de Tóquio com posts breves e poucos descritivos como o do Alma de Viajante (que gosto muito!); sei que a nossa concentração digna de peixe de aquário gosta mais de fotos do que de um montão de letras. Mas nenhuma destas formas de transmitir ideias é suficiente para mim. Eu preciso de mais, de contar mais, de expor mais; de dizer aquilo que senti, a forma como vivi, o que pensei naqueles locais. E já faço um esforço para dividir o "mal pelas aldeias" e fazer diversos posts; já recheio os meus textos de fotos para ser palpável tudo aquilo que eu digo e dar uma mãozinha à imaginação para que também vocês viajem comigo. Mas não sei se é suficiente.
Por isso, hoje, pergunto diretamente: os meus diários de bordo são chatos? Não têm vontade de os ler até ao fim devido à sua extensão? Acham que perde o efeito didático e de eventual ajuda que poderá ter para as vossas viagens por ter toda aquela quantidade de informação? Ou gostam do estilo e têm a mesma visão que eu?
Por favor, contem-me tudo.