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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

02
Ago21

Uma história com princípio, meio e sim! #13

Os acessórios da noiva

Se escolher e fazer o vestido foi um 31, escolher os acessórios foi um "walk in the park" (ou seja: foi fácil). Embora não soubesse ao certo as peças que queria usar tinha uma ideia já bem definida de tudo o que precisava e o estilo que queria. 

 

Os sapatos

Os sapatos foram a primeira coisa que tratei. O ponto fulcral era serem confortáveis - tenho há dez anos um pé cronicamente inchado e não posso ousar passar um dia em cima de alguma coisa que não seja minimamente fofa. Na verdade nem sequer precisavam de ser muito bonitos, pois iriam ficar a maior parte do tempo debaixo do vestido! Outra condicionante é que não podiam ser muito altos - primeiro porque, como todos sabemos, a altura do salto é proporcional ao desconforto e segundo porque o Miguel não é propriamente espadaúdo e eu não queria ficar mais alta que ele. 

Mandei vir vários modelos para experimentar, entre sandálias e sapatos, mas a maioria do calçado atual - com as biqueiras quadradas - não faz nada o meu gosto. Optei por um modelo mais clássico, quase híbrido, com a parte da frente fechada e a de trás aberta. São da marca espanhola Unisa e custaram-me cerca de 50 euros, em promoção no El Corte Inglês. Seriam muito confortáveis se eu não tivesse um pé inchado; sendo assim, depende do meu estado. Mas não deixam de ser aptos para usar no dia-a-dia, quando quiser um look mais formal - o que é óptimo, pois não foi dinheiro gasto para um só dia de uso. Na verdade, de tanto os usar antes do grande dia (para os moldar aos meus pés), eles já foram para o casamento com as pontas já desbotadas e a sola bem arranhada.

 

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O toucado

Para o cabelo quis, desde início, um toucado - independentemente de ter véu ou não. A ideia do penteado foi mudando ao longo dos tempos - falo disso num próximo post, quando abordar o tema dos cabeleireiros - mas sempre com este elo comum: queria uma peça bonita a adornar, preferencialmente dourada e com motivos florais. Das marcas e lojas que conheço, a Cata Vassalo foi logo a primeira a surgir-me na mente (depois ainda encontrei outras empresas com peças do género, mas a Cata continua a ser a minha preferida). Quando comecei a pesquisar vi algumas peças pelas quais me apaixonei, mas quando me decidi a comprar (meses depois, demasiado em cima do acontecimento) já não havia assim tanta escolha. Por isso aprendam: escolham a peça pelo menos dois meses antes do acontecimento!

De qualquer das formas sinto que fui muito bem servida, com uma peça linda. Importa também dizer que gostei muito do tratamento que tive por parte das meninas do atelier, sempre muito simpáticas e prestáveis. 

 

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A lingerie

Desta parte poupo-vos às fotos, mas vão ver que não será muito difícil de imaginar. Se nos sapatos a palavra de ordem era conforto, aqui não havia outra coisa que me passasse pela cabeça. Soutien não ia usar, pois o vestido tinha as costas abertas e copas para suportar o peito. No que diz respeito à parte inferior, não ia usar coisas com laçarotes, fitas ou rendas - ou, pior, daquelas cuecas que se metem no rabo! - quando já tinha de transportar um vestido de três quilos, puxar um véu pelo cabelo e aguentar uns sapatos um tanto ao quanto apertados durante um dia inteiro. Há limites!

Por isso fui à Intimissimi e disse à menina: "vou casar mas quero uma daquelas cuecas de micro-fibra, cortadas a laser e de cintura alta, de cor de pele". Ela ainda tentou impingir-me a linha de noiva, com o argumento de que até ofereciam a liga (isso é um incentivo?), mas foi claramente mal sucedida. Assim, em vez de usar a lingerie e a deitar para canto, comprei uma coisa barata, confortável e muito útil para o dia-a-dia. Ouro sobre azul.

Partilhei isto com as pessoas à minha volta com a mesma naturalidade com que escrevo aqui e fui super gozada pela minha escolha - que, a mim, me parece muito mais natural do que usar cuecas XPTO num dia tão extenuante como um casamento. Vejamos isto com olhos de ver: a noite de núpcias já não é o que era, não há cá surpresas ou ânsias sobre o que vai acontecer. Na verdade o que me parece difícil é o noivo ainda ter energia para, sequer, olhar para a roupa interior da agora esposa. Se o casal gosta desse tipo de coisas há muitos dias para se usar lingerie diferente e arrojada - mas o dia do casamento não é um deles. Da minha parte, posso garantir uma coisa: quando cheguei a casa tinha MUITA vontade de me despir... para poder tomar banho, tirar os dois quilos de suor que tinha em cima e conseguir, finalmente, dormir. O resto? Há uma vida de casada pela frente, meus amigos.

 

As jóias

Como o vestido tinha uma linha um bocadinho boho-vintage, quis sempre que as jóias fossem douradas. Comprado o toucado também já não havia volta a dar e teria de seguir com essa ideia. 

Fiz uma seleção de coisas que tinha em casa (não só minhas como da minha mãe) e só no dia, já vestida e penteada, é que decidi. Era importante para mim usar uma peça com história, tanto do lado da minha mãe como do meu pai. As jóias da minha avó paterna são para mim amuletos e eu estava quase certa de que iria usar uns brincos que dela herdei, mas no fim de contas acabei por mudar de ideias.

Assim, usei um colar da minha mãe, uns brincos meus (oferecidos pelos meus irmãos num aniversário anterior) e uma escrava/pulseira da minha bisavó - mãe da minha avó paterna -, de quem herdei o nome Carolina. Fiquei com a minha vontade apaziguada e sossegada pois sabia que, independentemente de tudo, eles estariam comigo naquele dia (sendo que também teriam uma homenagem na própria festa, de que depois falarei).

 

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(não tenho fotos onde seja tudo bem visível. aguardemos pelas dos fotógrafos)

 

As alianças

Tendo em conta que quase metade do casamento foi organizado em tempos de confinamento, optamos por comprar grande parte das coisas pela internet. Foi o caso do toucado, dos sapatos e até das alianças. 

Já tinha comprado jóias pela internet - brincos e colares - mas nunca anéis (por serem difíceis ao nível dos tamanhos) nem algo tão sério, em ouro "puro" e com este nível de responsabilidade. Quando começamos a pensar nas alianças o Miguel disse-me para espreitar a Glamira para ter inspiração, mas a verdade é que gostei tanto dos modelos que decidimos arriscar. Antes de comprar pedimos um "medidor" - uma espécie de abraçadeira com números, que apertamos à volta do nosso anelar, concluindo assim o tamanho que devemos pedir - que chegou dentro de uma semana. Fizemos a encomenda algures em Maio, porque tínhamos medo de gravar as alianças e, à última da hora, sermos obrigados a mudar a data do casamento. Felizmente correu bem - acertamos tanto na data (que não mudou, whowoo!) como no nosso tamanho, e gostamos muito das peças em si.

Para mim o melhor da Glamira é a capacidade de personalização. O modelo que escolhemos tem duas ligas, que podiam ser da mesma cor ou com dois tipos de ouro diferentes; eu teria arriscado em fazer uma mistura, mas o Miguel preferia o clássico, em ouro amarelo, e assim foi. Eu já tinha caprichado no facto da minha aliança ter uma zircónia, para ser diferente, por isso já estava feliz. A largura do anel também é regulável - nós, como temos mãos relativamente pequenas, escolhemos a mais fina, com 2mm - assim como a espessura/altura, em que também optamos pelo modelo mais baixo. O preço, neste caso, foi pelo pack das duas alianças - sendo que é possível devolvê-las (mesmo tendo personalização) ou pedir para redimensionar, caso seja necessário. A entrega foi feita no timing previsto. Fiquei super cliente!

 

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Assim consegui, finalmente, cumprir uma tradição - não vá o meu casamento ser amaldiçoado por ter quebrado tudo o resto. "Something old, something new, something borrowed and something blue." A escrava é muito antiga (mais de cem anos), o toucado era novo, o colar era emprestado e o azul... estava na liga, que usei apenas na cerimónia, mas que fiz questão de vestir por me ter sido emprestada por uma pessoa muito importante para mim.

02
Nov16

Review da semana 10#

Os "footies" da Primark

 

Que eu sou uma friorenta do pior já todos sabemos. Mal vem um bocadinho de frio já gosto de andar toda encasacada (também porque os casacos são a minha real perdição e acho que tenho uns belos exemplares para mostrar ao mundo), mas a verdade é que nesta época do ano em que faz frio de manhã, está uma caloraça de dia e outra vez frio à noite é bom ter peças que sirvam de meio-termo.

É sempre um filme para me vestir nestes dias; demoro sempre o dobro do que nos dias normais. O drama vai desde a camisola até ao calçado. Pois que, no que diz respeito às camisolas, continuo muito indecisa, mas este ano descobri que gosto de me ver de sapatos. Já tinha comprado uns o ano passado, castanhos, mas tive imensa dificuldade em conjuga-los, pelo que ficaram a maioria do tempo na gaveta; esta estação fiz um esforço para os calçar, passei a adora-los e ainda comprei uns parecidos em preto, para ter sapatos para todo o tipo de roupas. Descobri que são óptimos para este tempo! Mas aqui um grande problema se coloca: e meias? Eu, friorenta, não aguento andar sem meias - até porque me faz aflição estar em contacto direto com o sapato. 

A minha mãe disse-me que tinha uns soquetes da Primark, que eram espetaculares, e eu experimentei e fiquei rendida. Lá fui eu a correr para a Primark, logo ao abrir do shopping para não enlouquecer no meio da multidão, e não tendo encontrado uns iguais às da mãe, comprei outros que ainda gostei mais, em renda preta. São super confortáveis e bonitos e têm uma parte de silicone no calcanhar, para a meia não escorregar: acabam por ser muito mais giros do que aquelas meias de algodão que costumo usar e que eventualmente acabam por ficar com um ar meio desbotado. Também trouxe outras de algodão muito fino, em cor de pele, que também gosto muito - mas estas de renda roubaram o meu coração. 

Já aqui falei várias vezes da Primark e no facto de não ser cliente habitual, por mil e uma razões; no entanto, há certas peças e artigos que acho que vale mesmo a pena. Este é sem dúvida um deles, óptimo para esta altura do tempo bipolar entre frio-quente-frio. Acreditem no que eu vos digo!

 

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30
Out16

Acho que estou levemente apaixonada...

Eu nunca passo na Hush Puppies, eu nunca olho para a montra da Hush Puppies, eu nunca entro na Hush Puppies. Nunca me chamou, das poucas vezes que olhei não gostei do que vi e sempre achei os modelos muito grosseiros (apesar dos cães das fotografias serem sempre mega fofos).

Mas no dia em que, por sorte ou azar, passei em frente à montra deles, dei com os meus olhinhos nestas sapatilhas e o meu coração ficou ali, amarradinho a elas. Já lá vai o tempo em que eu só andava de sapatilhas, com a minha irmã sempre a melgar-me o juízo sobre o facto de haver outro estilo de calçado no mundo, em particular as botas, que ela sempre adorou e me tentou impingir até ao dia em que finalmente me rendi. Hoje em dia sou uma rapariga diversificada, uso de tudo: sandálias, salto alto, sapatos, alpercatas, sabrinas, slippers, botas e, claro, as minhas queridas sapatilhas. Tudo a seu tempo e dentro do seu estilo. 

Como agora tenho muito mais coisas para usar, a minha coleção de sapatilhas foi reduzindo ao longo dos anos. Neste momento só tenho (e uso) praticamente as minhas Adidas Stan Smith, pelo que não nego que haveria espaço no meu armário - e no meu coração - para umas "irmãs" mais coloridas. Estas afiguram-se uma óptima hipótese. Gostei tanto, tanto delas que até as rosa me caíram no goto! [Há ainda umas cinzentas que adoro, mas só existem no modelo para homem...]

 

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04
Out16

Comprar dois pares de sapatos iguais é coisa de homens?

Não é surpresa para ninguém de que um dos dramas da minha vida é ter de comprar sapatos. Por um lado, tenho um pé inchado (também conhecido por pé de urso), que me dificulta imenso a compra de qualquer tipo de sapatos; por outro, o mercado dos sapatos anda tão feio e tão pouco prático nos últimos anos que, mesmo que tivesse um pézinho de princesa, me ia ver grega para arranjar o que quer que fosse.

Ainda assim, a questão do meu pé é aqui muito significativa. Já lá vai o tempo em que, todas as manhãs, eu olhava para ele para ver como estava - hoje em dia nem me lembro. Passei uma fase muito boa, em que ele pouco inchava ao longo do dia (não sei se pela alimentação, vida ativa ou simplesmente porque sim), e agora estou outra vez pior e sem tempo para conseguir fazer o tratamento em casa. Ainda assim, só nos raríssimos dias em que me dói é que me lembro do problema que tenho, a menos que me lembrem (que é o mais frequente). Para além disso, há mais uma meia-dúzia de dias no ano em que me recordo e que esta questão me mói o juízo de forma estúpida. Quais são esses dias? Os que tenho de ir comprar sapatos.

A verdade é que quase me preparo mentalmente para entrar numa sapataria. É entrar, sabendo que a probabilidade de correr mal é gigante - e pelo meio ainda ter de explicar o que tenho, ter de calçar 30 pares de sapatos para exemplificar o que não resulta... enfim, um drama. A verdade é que sempre que me predisponho a isso, experimento metade da loja - perdida por dez, perdida por mil. Se é para sair deprimida, que seja só de uma vez e não aos bocadinhos. E, quando resulta, trago uns três pares para casa; quando não resulta, é engolir em seco e preparar-me para outra. Graças a esta tática, consigo manter-me longe de sapatarias durante tempo suficiente para não me martirizar muito, até porque uso os sapatos quase até eles ficarem rotos (pronto, nunca os deixo chegar a este estado - mas quase). Sim, porque como se nota, comprar sapatos é, para mim, tudo menos terapêutico (como acontece com a maioria das mulheres).

O pior é que desde o ano passado que estava à procura de umas botas castanhas. A minha mãe já andava a ameaçar deitar-me as minhas queridas e prediletas botas castanhas ao lixo há demasiado tempo, mas a verdade é que não encontrava alternativas viáveis de que gostasse. Corri tudo, já nem olhava a preços! Só queria um raio de umas botas que me dessem para uns dois ou três anos de descanso. Passei um ano nisto e nada. Até que este fim-de-semana, por acaso (e sem a dita preparação), entrei numa sapataria e a senhora mostrou-me um modelo hiper confortável. Não eram as que tinha debaixo de olho (nunca são...), mas a verdade é que eram as melhores botas em que tinha posto os pés há muito tempo. 

Olhei para o sítio onde elas estavam e vi que, para além das castanhas, tinha umas iguais em preto. Pensei e repensei naquilo que ia dizer, lembrando-me de todas as vezes que critiquei o meu pai por comprar aos 3 e 4 pares de sapatos, todos iguais, de uma só vez. Mas respirei fundo e disse: "são umas castanhas e umas pretas, por favor". Ultrapassei o olhar surpreendido da minha mãe (a vendedora já parece habituada) e fui mesmo com a ideia avante. 

Já tinha feito isto com camisolas e calças (quantas vezes...), mas nunca em sapatos, que me parece ser assim algo mais marcante. A verdade é que não tenho disponibilidade mental para me chatear e atormentar só para andar com um par de botas diferentes todos os dias. Prefiro o conforto destas botas e o descanso que dois novos pares de sapatos me dão durante uns dois ou três anos, do que dar a importância a quem repara naquilo que trago calçado e que pode potencialmente julgar-me. Mesmo que isso seja coisa de homem - ou simplesmente de gente prática e pragmática.

09
Set16

These shoes are made for walking

Não sou pessoa de caminhadas. Gostava, porque talvez este corpinho fosse outra coisa e fosse mais do meu agrado, mas infelizmente não é coisa que me assiste - pelo menos caminhar por caminhar, sem nada de novo ou especial para ver.
Quando estou no estrangeiro ou em sítios que não conheço, a história é diferente. Ando e ando bem, com gosto - andar em sítios diferentes tem outra mística, para além de que é a única forma de conhecer uma cidade de forma decente. Sabia, por isso, que ia andar muitos quilómetros quando fosse para o cruzeiro e quis ir prevenida. Para além das sapatilhas que levo para o ginásio (que são super quentes) e das Birkenstock (que só uso quando está tempo para sandálias) não tinha nada de especial para andar, pelo que fui comprar umas na Decathlon.
Comprei umas Merrell, super frescas - e, meus amigos, foi a compra deste verão! No cruzeiro andei todos os santos dias com elas, assim como em Penacova e no Gerês. Podiam não combinar com a roupa que estava a usar e estão longe de ser lindíssimas (aliás, com cor-de-rosa, é impossível serem lindíssimas), mas temos pena. Há ocasiões na vida em que temos de ter as prioridades bem definidas e, nas férias, o conforto é sem dúvida o mais importante. Aliás, no Gerês salvaram-me a vida, porque quem acha que pode fazer aqueles trilhos em cima de sandálias ou havaianas é maluquinho. As pobrezinhas ressentiram-se, é verdade, e ficaram com tantos arranhões como as minhas pernas, mas a vida também é feita destas "cicatrizes", não é verdade?

Espero que se aguentem e que durem muitos e bons anos. Fazemos uma troca: elas dão-me conforto nos meus pés e eu dou-lhes a conhecer o mundo. Parece-me justo.

 

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18
Jul15

Birkenstock

Depois de, na estação passada, ter andado louquinha atrás de umas botas (acabei por comprar umas mas, consigo já admiti-lo, estão longe de ser a melhor compra da minha vida), esta estação andei a correr atrás de sandálias. Só tinha umas coral, que não dão com tudo, por isso queria encontrar a todo custo umas pretas, versáteis, que eu pudesse conjugar com toda a roupa sem ter de me preocupar demasiado. Da última vez que tinha ido a Lisboa, depois de uma caminhada de quilómetros até Alfama, as minhas preferidas romperam e foram, de uma forma impiedosa e dolorosa, diretamente para o lixo. Já andava a sofrer por antecipação há meses, com uma vozinha na minha cabeça que me dizia constantemente "vais ter de comprar sandálias, muahahaha", mas consegui ignorar até meio da estação, onde tive de enfrentar o touro pelos cornos - que, neste caso, é o mesmo que dizer "visitar todas as lojas de sapatos num raio de vinte quilómetros". 

Não gostava de nada, nada me ficava bem. Foi um drama. E eu sem sandálias, a torrar os pés dentro de sapatilhas ou alpergatas. Até que chegou aqui a minha cunhada, que é uma grande adepta das Birkenstock e eu, que nem sequer sou grande fã, lembrei-me: e se for isto? Andei a pesquisar, a ver preços e modelos, e umas duas semanas depois acabei mesmo por mandar vir o modelo Yara, da Spartoo (que estava, na altura, com 20% de desconto). Mandar vir sapatos da net é sempre uma questão delicada, mas como podia devolver, atirei-me de cabeça.

Sejamos francos: estes não são os sapatos mais bonitos do mundo. São meios grosseiros e chegam até, em alguns modelos, a ser feiosos. Mas já li e ouvi imensa coisa sobre o seu conforto extremo, como é a melhor coisinha que inventaram para andar e eu preciso mesmo de bom calçado. Já tenho um pé com problemas, não preciso de arranjar mais - por isso dar sessenta euros por um par de sapatos, que me durem muito tempo e que sejam bons para mim, até não é demasiado exagerado.

E pronto, as sandálias chegaram e eu estou muito satisfeita! Estou a aprender a conjuga-las e a lidar com o facto de serem menos "finos" do que aqueles que costumo usar, mas de resto tudo bem, Os primeiros dias custaram um bocadinho, uma vez que a sola é tipo ortopédica e tem muitas formas e "lombas" e eu tenho o pé raso - ou seja, não tenho essas "lombas" naturais dos pés, o que me causou desconforto e até dor. Mas, pelo que sei, até me faz bem, por isso é ouro sobre azul. Agora é inspirar-me e deitar o olho às "it girls" do momento que, segundo consta, andam a transformar estas sandálias meias grosseiras em coisas bem mais trendy.

 

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 O modelo que comprei e que achei mais bonito, por apertar à volta do tornozelo e dar um ar mais sandália e menos chinelo.

10
Mar15

As compras adiantadas

Eu sou daquelas que acha que as melhores compras se fazem na época oposta à que estamos ou mesmo de um ano para o outro. Ou seja, comprar coisas nos saldos de inverno que servem para o verão e vice-versa (como t-shirts e blazers, que agora se vendem durante todo o ano porque, aparentemente, ninguém se lembra que há gente que tem frio) ou mesmo adquirir coisas de um ano para o outro. 

A razão porque acho que muitas pessoas não conseguem fazer este tipo de compras é porque ansiamos sempre pela estação seguinte - ou não. No Verão nem sequer pensamos em vestir casacos ou botas - só de pensar dá-nos os calores; mas no fim do Inverno também já estamos tão fartos do frio e da chuva que já só nos queremos ver livres da roupa pesada e sapatos quentes. E, assim, as lojas ficam a ganhar, vendendo a roupinha da época e nós sempre de olho em cima dela (e, muitas vezes, não resistindo, como é óbvio!).

Mas a verdade é que já comprei uma série de coisas, principalmente nos saldos, ideias para as estações seguintes. O que é preciso é paciência (coisa que não tenho muita, mas há dias de inspiração), uma mente aberta e pensar a longo prazo. Comprar peças que não comprometam muito, intemporais e fora de grandes modas e dentro dos nossos "apetites" habituais. No meu caso aplica-se muito em t-shirts giras que agora se vendem no Inverno e em camisolas de malha mais finas que se vendem nos saldos de Verão mas que uso o ano inteiro - na estação mais quente só com uma básica muito fina por baixo e no Inverno com camadas e camadas de roupa para me proteger do frio.

E aqui há dias fiz uma dessas compras já com visão para o futuro. Desde que a Ana Ros - da Maçã de Eva, que entrevistei aqui - lançou a ROS|LISBON que fiquei com a pulga atrás da orelha. Gostei sempre de vários modelitos, mas o preço não era propriamente simpático para a carteira (embora, por causa do problema que tenho no pé, precise sempre de sapatos com alguma qualidade - o que implica um preço superior) e a necessidade também não era muita. Passou-se a coleção de Verão e chegou a de Inverno, que pude ver com os meus próprios olhos quando fui à loja. E fiquei logo com umas botas debaixo de olho. Mas, mais uma vez, o preço não era o mais convidativo e eu deixei-me ficar.

Isto até há coisa de uma semana atrás, quando a Ana fez uma promoção relâmpago de 50% no seu blog e eu pensei "é agora ou nunca". E assim foi. Chegaram hoje as botas cá a casa, perfeitinhas que só elas. Calcei-as, na ânsia de saber se toda aquela publicidade de um conforto extremo era verdade e... é mesmo! Não andei muito tempo com elas (são quentinhas, graças a deus!), mas foi o suficiente para perceber que vamos ser grandes amigas no próximo Inverno. Sim, porque agora tudo o que consigo pensar é em pé descalço, praia, sol e muito calor. E embora seja super contra natura em qualquer mulher neste planeta (porque sempre que compramos algo novo temos uma vontade louca de a estrear), não as quero pôr a uso nos próximos tempos. Agora é sol e bom tempo. Quando chegar a altura, eu e as minhas botas vamos ter tempo suficiente para andar por aí. E, só por isso, pensar no próximo Inverno já não é assim tão intragável quanto.

 

 

17
Jan15

A moda das botas feias

O ano passado doei (ou deitei fora, em casos irremediáveis) metade do meu armário. Literalmente. Não foram só camisolas, camisas ou calças. Incluiu roupa interior, cintos, meias, sapatos, luvas, camisolas de malha, t-shirts, calções... tudo. Foi uma limpeza geral como nunca antes tinha feito. E soube-me bem e ainda continuo na onda de dar se não quero/ não me apetece/ não preciso. Mas houve um par de coisas que dei, que acabaram depois por me fazer falta. Uma delas foram umas botas pretas de cunha, que já tinham uns anos e por isso estavam a ficar feias de tão desgastadas. Dei-as, pensando que conseguia facilmente arranjar outras botas com um bocadinho de salto a um preço simpático.

Como me enganei! Andei meses atrás de umas botas. MESES! Corri todas as lojas - físicas e online - que gostava, parei em todas as sapatarias que conhecia e por onde passava. Nada. Eram todas iguais e todas igualmente feias. Não sei o que se passou com a moda do calçado este ano, mas é tudo de fugir de tão horrendo. Todas as botas que se encontram hoje em dia são feias, buçais, grosseironas, temporais (quem as vai usar daqui a dois anos?), incapazes de serem usadas por alguém que, como eu, gosta de se vestir de forma um bocadinho mais clássica e não entra nessas ondas alternativas (ou deverei dizer... feias?).

A verdade é que a moda destas botas grosseironas invadiu as lojas como nunca antes visto, por isso devem ter tido imenso sucesso. De facto, vêem-se nos pés de muito boa gente. Para mim - e que a minha opinião não ofenda ninguém-, são horríveis e ficam horríveis em qualquer conjunto, com exceção da malta gótica, em que aquilo fica a matar. Decidi fazer um "esboço exemplificativo" de alguns dos "pormenores" horrendos que todas estas botas têm. Se não tem uma coisa, têm outra, e por isso são feias na mesma. Não sei de que marca são as que utilizei na imagem, mas podiam ser da Prof, da Zara, da Haity, da Bershka ou de outra loja qualquer, porque em todo lado há coisas destas. É esperar que passe e que melhores coisas venham. Se não passar... bem que fico sem botas para o resto da vida.

 

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29
Ago14

Mais uma fã da Paez

No fim de Abril disse aqui que queria umas alpergatas e antes da minha escapadela ao Algarve - as únicas verdadeiras férias que tive este ano - consegui mesmo comprar umas Paez, que mostrei aqui

Na altura comprei-as a medo, ainda sem saber como as ia usar, nem a forma como as ia conjugar com a roupa, mas arrisquei - e fiz bem. A esponja que serve de sola é tão, tão confortável que parece que estamos a andar sobre as nuvens. Para minha surpresa não ficam nada mal com o meu pé inchado - pelo contrário, até disfarçam -, e dão um andar divinal. No início magoavam-me um pouco atrás, num dos pés, mas por ser tecido acabou por ceder e hoje não tenho problemas - a única desvantagem que vejo nelas é, em caso de chuva, serem extremamente escorregadias. Se temos o azar de pôr um pé em cima de uma tampa de saneamento, a probabilidade de derraparmos e de acabarmos no chão é alguma: fora isso, fiquei fã.

Tão fã que até já trouxe para casa mais umas, pretas, mais versáteis do que as anteriores. São sapatos fechados, não muito frios, não muito quentes, ideais para estes dias de verão indecisos. A Paez arranjou aqui uma embaixadora para a vida.

 

29
Abr14

Alpergatas

Queria umas alpergatas e queria ainda mais umas alpergatas para ir ao Algarve. Não sei porquê, gosto - são descontraídas, parecem confortáveis e há algumas são tão lindas... Mas e tempo? Ando a ocupar, literalmente, todos os minutinhos livres, e amanhã vou dar uma corrida digna de uma maratona. 

Queria passar pelas Galerias de Paris, pois é lá que tem a Paez, uma loja só com alpergatas lindas de morrer. Acho que vou apanhar um banho de água fria gigante, tendo em conta que as alpergatas são feitas em tecido e, por isso, não hão-de ceder muito se e quando o meu pé estiver inchado. Mas tentar não custa, não é? A ver vamos.

 

 

 

 

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