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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

01
Jun14

Serralves

Ontem passei toda a tarde em Serralves em Festa, um evento de 40 horas non-stop que há neste jardim maravilhoso. Podia contar-vos como foi, mas tendo em conta que vou ter de fazer uma reportagem de 4 páginas sobre o assunto, vou evitar repetir-me. Em breve mostrarei como ficou e, se vos sobrar paciência e eu vos conseguir captar a atenção, talvez fiquem para ler como correu a minha tarde de ontem. Agora é pôr mãos ao trabalho antes que os pormenores se esvaiam da minha memória (o início e o fim já estão escritos - só falta tudo o resto).

 

24
Fev14

Escapadelas versão dona de casa

Apesar de, nos últimos anos, ter vindo a aperfeiçoar a arte de bem dormir, a verdade é que dormir muito também me "cai mal" e gosto de fazer os recados da parte da manhã. Não são muitas as vezes em que tenho força de vontade para me levantar do vale dos lençóis (só me levanto quando é para ir para as aulas), mas quando o faço, devo confessar que me sabe bem.

Curiosamente, e por razões diversas (algumas até menos boas), nos últimos tempos tenho tido alguns dias estilo dona de casa. Levantar cedinho, ir ao supermercado, à lota, aos correios, à papelaria... e não é que até gosto? Sabe-me bem sair, ver pessoas fora do habitual. Acho que não há dia nesta minha vida em que não me sinta sozinha e essas saídas, para além de me ocuparem a cabeça, obrigam-me a sair do meu buraco  - que é como quem diz a minha casa, onde faço pouco mais do que deprimir -, ver pessoas novas e respirar ar fresco. Sou menina para ficar uma semana fechada aqui, mas a verdade é que uns dias depois começo a ficar saturada de mim mesma e a arrastar-me pelos cantos. E quanto mais saturada fico, menos forças tenho para pegar em mim e ir espairecer, pelo que é uma bola de neve horrível.

A faculdade obriga-me a sair, é um facto, mas é todos os dias a mesma coisa, o mesmo sítio e as mesmas pessoas - e, como se nota, não é algo que me faça particularmente feliz. Estas escapadelas em versão dona de casa (a par de outras - poucas - que faço, em idas ao shopping ou em raros passeios que dou com amigos ou família) são das coisas que me têm dado mais alento nos dias que correm.

16
Jul13

As festas da cidade

Não sou rapariga de sair muito à noite, de me meter em multidões, de gostar de muito barulho ou confusão. Mas há um dia do ano que eu gosto de sair, de me enfiar numa rua com milhares de pessoas e desfrutar do ambiente. E esse dia foi ontem.

As festas da cidade fazem desta a semana a mais movimentada do ano - principalmente ontem, que foi feriado, é o dia em que - literalmente - toda a gente sai de casa e vai para a rua. Eu encontro desde família a conhecidos, passando por amigos e colegas de turma. A questão não é quem vai - é mesmo quem não vai.

No entanto não é só deste dia - e dos populares foguetes, que ontem foram bem bonitos (não fosse este ano de eleições e alguém precisar de ser reeleito!) - que se faz a festa. Dias antes já estava montada a feira de artesanato, as carrinhas das farturas já se tinham instalado no meio da rua e alguns pretos (sem ofensa) já preparavam as suas banquinhas. Mas é sobre a primeira que recaem os meus principais amores e que fazem desta, para além da semana de festa, a semana da engorda: primeiro, na feira, encontra-se uma barraquinha com as maravilhosas clarinhas de Fão, feitas de chila; segundo, os pães com chouriço, sempre a sair quentinhos e maravilhosos (acho desde a semana passada já meti cinco para o buxo, se não me engano...). É, portanto, um desastre para a dieta. Mas como já sei como é, faço uma folga e aproveito para comprar uma fartura no dia da festa, só para cumprir tradição: se é para comer porcaria, ao menos que seja tudo de uma vez! Para acabar em beleza, apanhei o hábito de ir jogar na tômbola feita pela Igreja: 0.25 euros por uma rifa e sai sempre prémio (destes é que eu gosto). Entre todos, e nos dois dias que fui, trouxe bolachas, cervejas, lenços de papel e até um livro para casa.

Sempre costumei ir em família, porque eram as únicas pessoas com que me dava que costumavam ir - e muitos anos fui feliz assim. Esta foi, no entanto, a primeira vez em que fui com amigos e, apesar das bolhas dos pés, foi uma noite muito bem passada (mesmo estando eu plenamente consciente que no dia seguinte - hoje - tinha dois exames para fazer), com palhaçada e a estupidez natural à mistura.

20
Set12

Mais uma noite

Hoje foi noite de aproveitar o bom tempo que se faz sentir e dar um passeio pela baixa, com o meu pai. Depois de jantarmos uma francesinha (estava com desejos e no fim nem me soube lá muito bem), decidimos parar nas galerias para dar uma volta e beber qualquer coisa. O tempo está a ficar mais húmido e a previsão para amanhã é incerta, pelo que temos é de aproveitar o verão que nos resta.

Saímos quando a coisa estava a começar a animar, mas aqui a menina tem de acordar com as galinhas para ter aulas (ai valha-me nossa que amanhã tenho educação física). Mas soube-me tão, tão bem...

 

 

29
Jun12

Sou uma "desintegrada"

Na noite se S.João fui a única que não fui para a baixa. Apesar de várias pessoas terem exame na segunda-feira seguinte (sendo que o São joão foi num sábado), ninguém se fez de acanhado e foram todos para o meio da multidão e dos martelos.

Eu não me sentia preparada para o exame de geografia e sabia que um dia de estudo podia fazer toda a diferença, pelo que não iria arriscar andar o dia inteiro tipo zombie só por uma noite de (suposta) diversão. E apesar de toda a gente me ter "empurrado" para ir sair, a minha decisão estava mais do que tomada - e não foi difícil de tomar, apesar de ter ficado sozinha só com pessoal à volta dos 50 anos.

A verdade é que eu não gosto mesmo de sair. Chego a sentir-me mal por isto ser uma realidade, porque enquanto jovem sou quase arrastada e empurrada por toda a gente para a baixa, para "me divertir" e "beber um copo". A mãe de uma amiga minha, naquela noite, disse-me mesmo: "eles vêem-se sempre gregos para ires sair com eles".

Chego a lamentar não me divertir naquele tipo de ambientes e a não gostar de álcool. Estar numa enchente de gente, no exterior ou no interior, não me traz prazer. Quando estou na rua, encontro-me rodeada de pessoas, a levar encontrões por todos os lados e, com algum azar, a apanhar com uma bebida de um bêbado em cima; se estou num bar, a conversa torna-se impossível e respirar também, visto que a quantidade de gente é absolutamente inacreditável. Dançar? Não gosto. Álcool para desinibir? Não bebo, porque também não gosto - e ainda há uns tempos tive uma conversa com uma pessoa mais velha, a quem chamaria "desencaminhador". Este defendia que beber álcool faz parte de um culto e de uma convivência; que chegava a parecer mal não beber um copito quando estamos reunidos num grupo de amigos. Que é um factor de integração. A questão é que eu não vou beber algo por ser um factor de integração, de forma a este ou aquele gostarem mais de mim e pensarem que sou uma fixolas. E eu nem sequer preciso de entrar em questão complexas como a do mal que o álcool faz ou coisas parecidas: eu não gosto. E tal como não bebo sumo de laranja, porque não gosto, mesmo sabendo que este faz muito bem porque tem imensa vitamina C, também não bebo álcool, porque não gosto, mesmo sabendo que este é um "factor de integração".

"Aprendes a gostar". Para quê que eu vou aprender a gostar de coisas que, provavelmente, só me farão mal? Porquê que vou fazer o mesmo que todos os outros, se muito do que eles fazem acho errado? Para mim, ver uma pessoa a rir como uma perdida e a não responder a nenhuma das minhas questões convenientemente não tem piada; para mim ver uma pessoa vomitar tem pouco de bonito. Não quero precisar de álcool para me divertir - divirto-me muito sem ele. E portanto não vou aprender a gostar de algo que não preciso.

Não sou fixolas, não gosto de álcool, não gosto de ir para a baixa ou para um bar algures, não gosto da música a altos berros e dispenso lidar com pessoas bêbadas. As vezes que saio, saio pela companhia - e, infelizmente, são raras as vezes que consigo usufruir dela. Porque, das duas, uma: ou estou num bar em que não as ouço ou porque elas estão demasiado empenhadas em "integrar-se", bebendo, tornando impossível uma conversa decente.

 

18
Mar12

Eu às vezes até surpreendo

Na sexta-feira à noite, enquanto estávamos num limbo e não sabíamos o que havíamos de fazer, entretia-me a falar com uma amiga da minha amiga, de quem, por acaso, gosto muito. Isto em plena Praça dos Leões.

Entretanto, passa um enorme grupo de rapazes, e lá no meio reconheci meia-dúzia de caras que andam lá na escola. E eu sabia que um colega meu fazia parte do grupo em questão. E lá estava ele. E sua cara espelhou perguntas como "meu deus, é mesmo ela?", "credo, o quê que a Carolina está aqui a fazer?", acabando, certamente, com a afirmação "pronto, os santinhos da igreja devem ter caído todos".

Lá nos cumprimentamos e ele continuou com cara de quem não acreditava no que estava a ver. E aposto que segunda-feira, mal chegue à aula de Português, toda a turma já sabe que Carolina estava na baixa na sexta-feira à noite.

17
Mar12

Agora vou só ali pôr o sono em dia e já venho

Ontem foi o aniversário de uma das poucas (ou talvez a única) pessoas que me consegue arrastar para festas, baixa, galerias e coisas que tais. Como tal, e sendo ela uma pessoa com imensa importância para mim, arranjei-me para o jantar de aniversário com algum rigor (embora a vontade não fosse muita, porque estava com uma vontade enorme de ficar com as minhas calças camel vestidas, mas enfim). Vesti o meu vestido vermelho com umas meias pretas por baixo, um casaco também vermelho pouco acima do vestido e umas all star. Só assim para rematar, pus um risco nos olhos e, vá se lá saber o que me deu na realgana, batom vermelho nos lábios, o que acabou por dar o toque final ao look que ficou com um estilo um pouco retro, mas muito engraçado (e vim a saber que a mãe da aniversariante espalhou a história, dizendo que eu estava super produzida - mentira, é mesmo mentira - fazendo com que toda a gente ficasse curiosa para ver o meu look. Enfimmm.)

A noite foi passando (que remédio). Como era o aniversário dela, tentei poupa-la dos meus comentários chatos tipo "não achas que já são horas de ir para casa?", " e se te decidisses?", "por amor de deus, vamos embora daqui!". Fiz um esforcinho (grande) e acompanhei-a para todos os sítios onde quis ir, mesmo que isso implicasse não respirar com o fumo ou quase começar a chorar tal era a ardência que aquilo que provocava nos olhos. E até dancei. E apanhei frio, muito frio.

Mas, enfim, um dia não são dias e sei que só tenho de aturar outra dose destas daqui a um ano. Até lá, posso-me esquivar como é costume. 

24
Jun11

Ainda sobre o S. João

Sou portuense e portista assumida. É uma vergonha (daquelas mesmo, mesmo grandes) que nunca tivesse posto os pés na baixa na noite de São João. Enfim, ontem foi o dia.


Depois da habitual festa cá em casa, segui com primos e amigos para a baixa (de metro - nada como transportes públicos nestes dias). Os Aliados estavam apinhados, com as mamãs todas a ouvirem Tony Carreira que dava um concerto no palco em frente à Câmara. Apanhei bastantes marteladas - nada de alhos porros, thanks god - mas foi engraçado.


Para o ano há mais.

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