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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

26
Jul21

Uma história com princípio, meio e sim! #12

Onde comprar vestidos de cerimónia no Porto? E o fato do noivo?

Uma das grandes odisseias do meu casamento foi arranjar vestidos. Não para mim - que já tinha decidido tudo, apesar de ter sido feito à pressa por força das circunstâncias - mas para as outras mulheres, nomeadamente a minha mãe, irmã (e madrinha), cunhadas e "meninas das alianças".

A oferta de vestidos de cerimónia já não é, à partida, muito vasta. Mas encontrar uma peça que gostemos ficou ainda mais difícil devido à pandemia, principalmente por duas razões: nos primeiros tempos de desconfinamento a procura foi imensa, pois havia muitos casamentos a acontecer dali a pouco tempo, muitos deles que já tinham sido alvo de um ou mais adiamentos. Isto correspondeu a uma procura desmesurada, que não foi acompanhada pela oferta - depois do embate que foi o confinamento, com um impacto gigante para os retalhistas, estes precaveram-se e não fizeram compras durante meses a fio. Isto resultou em pouca diversidade de modelos, muito poucos tamanhos e, no fundo, pouca escolha. 

Depois há outra dificuldade acrescida: na roupa de cerimónia é muito difícil encontrar meios-termos, no que ao preço diz respeito. Ou é tudo estupidamente caro ou francamente barato (e, consequentemente, de fraca qualidade). Isto obrigou a que tivesse de fazer praticamente um estudo de mercado para conseguir arranjar vestidos bonitos, bons, mas cujo o preço não obrigasse à venda de um rim. Tive mais experiências más que boas - e este é o post que gostaria de ter encontrado há uns meses, quando andava de um lado para o outro à procura do vestido perfeito para cada uma das minhas pessoas. Para mim, é serviço público - e isso implica honestidade. Por isso aqui vai a minha opinião, nua e crua, sobre todos os sítios onde pus os pézinhos. Ora vamos lá:

 

Começamos a pesquisa pela Maia, minha terra-natal:

- Encanto, loja muito popular de vestidos de noiva. Tem vestidos de cerimónia bonitos, diria que para uma faixa-etária já tipo mãe do noivo/noiva. Os preços são sempre de 300 euros para cima. Peca, muito, pelo atendimento, de que não gostei minimamente.

- Vestido Meu. Não posso opinar sobre os vestidos porque nem sequer os vi. Dois minutos depois de entrar na loja e esperar por algum tipo de atendimento, surge uma senhora que nos diz que só atendem por marcação (mesmo estando a loja vazia e eu dizendo que só queria ver os vestidos de cerimónia, que não era sequer para vestir). "Se quiserem dou-lhes o número de telemóvel para marcarem", acrescentou. "Obrigadinha, mas sei ir ao Google", apetecia-me responder. Batemos com a porta para não mais voltar. Se não querem vender, há quem queira. Adeus!

- SheSaid. Esta não é uma loja dedicada a roupa de cerimónia - é uma multi-marca de gama média-alta que também tem alguma oferta para ocasiões mais formais. Acima de tudo tem boas opções para vestimentas "limbo", que tanto são para festa como para o dia-a-dia, dependendo dos acessórios e sapatos com que conjugamos. Para um público jovem-adulto. Funcionárias muito atenciosas.

- Francisco's (Valongo). Esta loja, muito discreta, foi uma óptima surpresa. Também multi-marca, tem uma oferta maior que a SheSaid no que diz respeito a roupa de cerimónia, com preços entre os 150€ e os 400€. Fomos impecavelmente atendidas e foi por pouco que não compramos lá um dos vestidos que  procurávamos. 

 

Seguimos para o Porto. Sei que há mais lojas do que as que vou mencionar, principalmente dedicadas a noivas na zona de Sá da Bandeira, mas não entramos porque não nos identificamos com o estilo de roupa que vendem.

- Rosa Clará. Fomos lá fazer a minha primeira prova de vestido de noiva e ficamos logo de olho em alguns vestidos de cerimónia - de tal forma que foi lá que a minha mãe comprou o seu. A coleção é muito bonita, mas não é nem para todos os tipos de corpos nem de carteiras. Há muitos vestidos acima dos 600€. O atendimento, na minha opinião, também não é um ponto forte, tendo-me desagradado em várias ocasiões. Vale só pelo produto - caso tenhamos dinheiro para ele.

- Pronovias. A visita a esta loja foi só por descargo de consciência, pois não tínhamos visto nada no site que nos encantasse. A escolha também era relativamente reduzida. O atendimento já foi muito mais atencioso, mesmo não tendo marcação e havendo provas a decorrer no interior. Os preços são semelhantes aos da Rosa Clará.

- AmourGlamour. Foi, de todas, a loja com mais escolha. É a mais eclética ao nível de estilos e de preços - há para todos os gostos, preços e feitios. E por isso é que se tem de ir para lá, acima de tudo, com paciência - porque é tanta coisa, tanta cor, tanto modelo... que fácil é desistir pelo cansaço. Das duas, uma: ou vamos de mente aberta e prontas para vestir metade da loja ou temos uma ideia muito definida e já procuramos coisas muito específicas, que reduzam a escolha. Independentemente disso, a palavra de ordem é mesmo paciência. E tempo. E mais paciência. O atendimento é simpático.

- EasyPrice. Loja com vestidos "low-cost", com um estilo jovial. Os preços baixos da roupa (dos 50€ aos 100€) pagam-se no serviço e na qualidade. Estivemos praticamente uma hora na fila para entrar e a loja estava um autêntico C-A-O-S, com os funcionários sempre ocupados a ir buscar coisas ao armazém, completamente incapazes de arrumar tudo aquilo que as pessoas desarrumavam. Só aceitam dinheiro e não fazem trocas ou devoluções. A roupa é muito "moda", pouco ou nada intemporal, e à base de materiais baratos (como poliéster). É uma boa solução para malta nova que não quer investir num vestido caro que, de facto, só vai usar uma ou duas vezes.

 

Matosinhos:

- SwagStore. Loja muito semelhante à EasyPrice, mas mais organizada e com outro tipo de serviço (arranjos, inclusivamente). A base dos materiais é a mesma mas diria que serve um público mais vasto, desde teenagers até adultos, tanto com modelos mais joviais e mais "moda", como outros mais conservadores e clássicos. Preços entre os 60 e os 130€.

 

Vila do Conde:

- Borsini. Foi a última loja que visitamos - até porque, felizmente!, não precisamos de procurar mais. Adoramos tudo, desde o atendimento - fomos tratadas como se fossemos clientes da casa há quinze anos - até à diversidade de modelos e de preços. Se soubesse o que sei hoje teria até feito uma prova de vestidos de noiva, pois tinham uma coleção pautada por um enorme bom gosto. Tanto a minha irmã como a minha cunhada compraram lá os seus vestidos - lindos e dentro do preço que procuravam. Tudo correu bem: os prazos foram cumpridos, os arranjos impecáveis. Zero razões de queixa, 100% de recomendável.

 

"Meninas das Alianças"

O nome está entre aspas porque, na prática, não tive meninas das alianças. As escolhidas foram as minhas sobrinhas que já não têm idade este posto. Também não lhes quis chamar de damas de honor, por isso ficou ali num meio termo: foram atrás de mim até ao altar e ajudaram-me com o vestido/véu/cauda e levaram também as alianças e os nossos votos.

Arranjar vestidos para meninas de 11 e 13 anos não é fácil: porque já não são crianças mas também não são adultas; porque já têm gostos e opiniões próprias, mas também têm de cumprir com os gostos dos pais. Um filme! 

Foram dias e dias à procura e optamos por comprar os vestidos numa grande marca. Escolhemos um vestido da Mango, da secção de adulto, que servia e ficava bem a ambas (ainda que com alguns arranjos). Iam muito fofinhas!

 

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O fato do noivo

Nem tudo foi um mar de rosas. O Miguel comprou o seu fato no Prassa e não ficou cliente, tanto pela oferta de produtos (ou a falta dela) como pelo atendimento. Têm a fama, tiram o proveito, mas não fazem jus ao nome.

É verdade que escolher um fato não tem o mesmo peso de um vestido de noiva - mas é o momento do noivo, do protagonista, e deve ser visto como tal. O que ele sentiu foi que aquela era uma loja para massas, sem o tratamento personalizado que se quer naquele momento (e que se devia exigir pelos preços lá praticados). Não se sentiu minimamente apoiado aquando da escolha do fato, ficando não só com a sensação de que era mais um mas também que o estavam a despachar, para entrar outro freguês e faturar mais umas centenas de euros.

A escolha era limitada. Os funcionários foram explícitos, dizendo que só se podia comprar o que estava exposto e com conjuntos definidos - não havia hipótese de mandar vir tamanhos ou outros modelos assim como não era possível escolher um colete diferente daquele que vinha originalmente com o fato (que era, por regra, da cor do mesmo). Quando, dois meses depois, foi buscar aquilo que tinha comprado, a camisa tinha uma das mangas subidas e outra por subir - o arranjo teve de ser feito à pressão, na hora, enquanto ele lá esperava. O atendimento podia ter melhorado de uma altura para a outra, mas tal não se verificou.

Pessoalmente não tive opinião na matéria - nem da escolha da loja, nem do fato (embora este tenha sido uma boa escolha, com uma cor muito bonita e um bom cair) - mas, se tivesse tido, sugeria a loja Infinitomar, na Maia. Fui lá antes do casamento, fazer uma outra compra, e fui tratada de forma exímia. Foi lá que o meu cunhado comprou o seu fato e onde fez, pelo mesmo preço que no Prassa, um colete por medida, com materiais escolhidos por si.

Fica a dica!

26
Jun19

Quero a Uniqlo em Portugal!

Pisei pela primeira vez uma loja da Uniqlo há uns meses, quando fui a Londres. Não foi algo desprevenido: assim que a avistei em Oxford Street pus-me logo ao caminho, porque já tinha lido muito sobre a cadeia japonesa (nos meus tempos de trabalho no jornal) e a curiosidade já tinha tomado conta de mim. Ultimamente tenho-me encontrado com fornecedores que vendem para esta marca e as minhas expectativas estavam em alta, principalmente relativamente ao conforto das peças que eles vendem. Não saí defraudada.

Para quem não conhece, a Uniqlo é uma das maiores cadeias de fast fashion do oriente - uma espécie de Zara por aqueles lados. Há, no entanto, duas grandes diferenças: a primeira é que a marca japonesa é muito menos permeável às modas temporárias do que a Inditex - por outras palavras, vive muito mais de básicos e de peças simples, pouco arrojadas, que combinam com tudo e dão para uma vida, independente daquilo que se esteja a usar; segundo, a qualidade dos materiais é substancialmente diferente. Os preços entre as duas marcas não são muito diferentes, mas enquanto a Zara põe todas as fichas no design e na renovação constante (e, diria, incessante) das coleções, a Uniqlo aposta na qualidade das peças, no seu conforto e usabilidade.

Para mim, que me abasteço praticamente só com básicos, a Uniqlo é o paraíso na terra. Há outras marcas de roupa simples (lembro-me da Cos, por exemplo, embora tenha uma linha mais conceptual ao nível do corte), mas no que diz respeito às fibras os japoneses ganham aos pontos. Já tinha ouvido falar sobre a qualidade das roupas interiores deles, por isso foi essa a zona a que me dirigi mal entrei na loja. Agora, que já usei tudo o que comprei, sinto-me em pleno direito de comentar e dizer que adoro. Na altura em que ouvi falar das malhas interiores deles era inverno, portanto tratavam-se de camisolas e bodys finos mas bem quentes; por agora não estão à venda, mas encontram tantas outras coisas interessantes - nomeadamente roupa interior fresca, com poucas costuras, de rápida secagem e anti-odor. A mim, em particular, saltou-me logo à vista as camisolas com soutien integrado. E que maravilha que são!

Eu sou daquelas pessoas que nunca anda sem soutien. Não consigo. Durmo, inclusivamente, de soutien. Não me incomoda quem não use, todos aqueles que são a favor do movimento #FreeTheNipple e essas coisas todas, mas para mim não dá. Descarto imediatamente todas as peças de roupa que não se coadunem com o uso desta peça, mas admito que às vezes é mais uma coisa para fazer calor e que nem sempre é mega confortável. E foi com grande surpresa que percebi que muitas das peças (não só da linha dos básicos de verão, "Airism", como também vestidos e outras roupas) têm suporte para o peito, sendo o soutien perfeitamente dispensável, nunca descurando o conforto. Não sou uma cliente fácil neste aspeto - não gosto de sentir que anda tudo meio livre - e fiquei muito, muito cliente! É só vestir, pôr e andar. E o conforto daquelas malhas? É melhor do que muita lingerie!

Andei também a ver a roupa de homem e admito que ainda gostei mais do que a linha de mulher. Camisas em linho ou t-shirts de um toque muito macio; parkas e kispos muito leves (que são unissexo, na verdade, por isso podemos aproveitar). Para além, claro, da secção de boxers e de roupa interior, que eu impingi logo aos homens da minha vida - nomeadamente ao meu pai, que me anda a servir de cobaia. Não esperem cortes complexos, diferentes ou irreverentes, 30 padrões de florzinhas ou t-shirts com citações inspiradoras. É tudo para o simples, mas em bom. Eu, pelo menos, gosto muito.

Posto isto, o meu novo desejo é que a Uniqlo chegue a Portugal. Dispenso a Asos, a Foverer 21 (que, já sei, há em Lisboa, mas ainda não chegou ao Porto) ou a Miss Selfridge. Quero a Uniqlo. Já. Agora. No Porto. Por favoooor! 

(até lá, podemos sempre mandar vir pela net - são 10 euros de portes, não é um valor simpático, mas é o que há...)

 

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(um exemplo das tais camisolas, que podem ver aqui)

18
Abr19

O flagelo das carteiras que foram feitas para os assaltantes

A maioria das mulheres tem uma pancada com sapatos e carteiras. Eu não. A minha praia são mais os mais casacos.

Os sapatos nunca serão uma grande paixão, uma vez que não tenho um pézinho de Cinderella para os enfiar. Há uns anos, comprar coisas para calçar era, para mim, uma atividade vinda diretamente dos infernos; ultimamente a coisa tem vindo a melhorar e, nos dias em que estou inspirada, até consigo retirar algum prazer em comprar proteções para o meu tão querido "pé de urso". Tenho hoje uma sapateira bem mais recheada - e com coisas giras! - do que aquilo que alguma vez achei possível, desde que me apareceu este problema crónico no pé direito. Ainda assim, está longe de ser aquele tópico divertidíssimo que as mulheres-tipo falam com um brilhozinho nos olhos.

No que diz respeito às malas não acho que valha a pena ter muitas, porque dá demasiado trabalho mudar as tralhas todas de umas carteiras para as outras; juro que admiro aquelas pessoas que escolhem uma mala por dia, para combinar com o outfit! Prefiro mochilas, onde cabe tudo, e sempre em cores neutras, para combinar com qualquer tipo de roupa.

Mas neste meu último aniversário meti na cabeça que queria uma carteira. Uma coisa bonita, mais clássica, para ficar bem naqueles dias de blazer e salto alto, para dar todo um ar de empresária séria (ainda que wannabe). Mas, como criatura esquisita que sou, havia vários requisitos a serem cumpridos: não podia ser transparente (este tópico dava um post - porque raio é que agora existem malas transparentes?!),  tinha de ter possibilidade de ter fita a tiracolo, precisava de ter dimensões suficientes para albergar a minha agenda e caderno de trabalho mas não ser demasiado grande ou pesada, não ser da Parfois e companhia de forma a não encontrar uma mala igual em cada esquina, não custar os olhos da cara e ter fecho zip. Simples, certo?

Nãooooo! A conjugação de todos estes fatores tornou esta missão mais impossível que a do Tom Cruise - e o meu pai pode testemunha-lo, que diz ele que nunca viu tantas malas na vida!

Ou eram feias. Ou caras. Ou feitas com materiais duros e nada confortáveis. Ou eram enormes. Ou autênticas pochetes. Ou pesadas para o tamanho que tinham. E, acima de tudo, 90% delas são pensadas para ladrões, onde basta pôr uma mãozinha discreta para apanhar tudo o que estiver a jeito. Cadê os fechos, gente? Agora as malas só fecham com pequenos ímanes centrais ou cordéis, que tornam o acesso à mala mais fácil do que comprar canábis (que, lembre-se, ainda é ilegal). Para encontrar um fecho éclair é preciso procurar neste mundo e no outro e a probabilidade de os encontrar só em parcelas centrais da mala ou em pequenos bolsos é muito grande. Não há malas com fecho, hoje em dia. Fica tudo ali à mão de semear, restando-nos ter esperança e boa fé no mundo e nas pessoas, esquecendo totalmente de entidades tão diversas como ladrõeszecos e pickpockets.

Portanto, das quatro, uma: 1) ou há falta de cabeças pensantes por detrás do design destas malas; 2) a moda está a sobrepôr-se totalmente à racionalidade; 3) isto é tudo um complô dos fabricantes de malas para sermos mais facilmente assaltados e irmos a correr comprar outra mala supostamente mais segura, alimentando assim o seu próprio negócio; 4) ou então sou eu que sou uma gaja demasiado esquisita e exigente para comprar até uma simples mala. É só escolher! Ainda assim, no dia em que se lembrarem de fazer carteiras giras e seguras, mandem-me email, sim?

 

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(imagem retirada daqui)

Estão a ver? É só pôr ali uma mãozinha jeitosa e discreta e já está, lá se foi o iPhone X!

 

26
Mar19

As nossas roupas também influenciam as nossas atitudes

Se me perguntarem qual é o meu estilo eu não sei responder. Aliás, provavelmente lanço até outra questão: mas tenho mesmo de ter um estilo? Tenho de me auto-definir, de caber numa certa categoria?

Porque a verdade é que sou incapaz de o fazer. Não sei se é por, nesse aspeto, ser um espírito livre ou se durante os dois anos em que trabalhei no jornal, em que consumi e vi muita moda, acabei por agregar em mim uma miscelânea de tendências e de estilos que não consigo categorizar. Mas não sinto que algo me defina, até porque todos os dias mudo de ideias em relação ao que vou vestir. Gosto muito das minhas calças de ganga e sapatilhas, tal como gosto das calças de tecido com um salto alto, um vestido ou um macacão mais elegante. Depende da minha disposição, do meu dia, dos meus afazeres. Posso hoje estar mega desportiva e amanhã estar muito mais formal. Só porque me apetece, porque todas essas facetas vivem em mim e eu não sou só uma coisa.

Gosto de pensar que a moda é mais um meio que temos de expressar a nossa personalidade e o nosso estado de espírito. E eu, como todos, tenho dias. Mais felizes (roupa primaveril), mais tristes (roupa escura), mais feminina (vestidos), mais masculina (calças de ganga e sweater), mais gorda (roupa larga), mais magra (roupa justa), mais irreverente (conjuntos menos prováveis), a jogar pelo mais seguro (tragam-me os básicos), mais bonita (roupa pensada com mais detalhe) ou mais feia (aqueles dias em que nenhuma das peças do roupeiro nos fica bem e por isso vestimos qualquer coisa). Também por isto não gosto de planear a minha roupa na noite anterior: eu sei lá o que me vai apetecer usar no dia seguinte!

Mas é engraçado ver que aquilo que fazemos também pode influenciar este aspeto da nossa vida. Agora que estou nas empresas da família, e embora não se possa dizer propriamente que estou fora da minha zona de conforto, sinto que preciso de todos os pedacinhos de força e inspiração que consiga arranjar - principalmente nos dias mais complicados. Não tenho qualquer tipo de dress code na empresa nem me obrigo a cumprir um plano mental - faço como sempre fiz, enquanto trabalhadora ou estudante: visto o que me apetece e o que acho mais adequado perante o dia que tenho pela frente.

O engraçado é que hoje em dia tenho muito mais tendência para vestir roupas formais do que tinha dantes. Isto porque adoro o conforto de umas calças de ganga e das minhas sapatilhas, mas tragam-me um blazer e uns saltos altos e eu sinto que sou capaz de conquistar o mundo.

07
Jan19

Golden Globes: o ano da família Addams e das lições de vida dadas pelas estrelas

A família Addams, da direita para a esquerda: Uncle Fester, Wednesday Addams, Gomez Addams, Lurch (em cima), Morticia Addams, bebé Pubert Addams, Pugsley Addams, Avó e Cousin It (aquele que parece uma vassoura gigante com um chapéu).

 

A passadeira dos Golden Globes presenteia-nos todos os anos com autênticas pepitas douradas no que diz respeito ao mau gosto das estrelas ou dos respetivos stylists. Tenho a dizer que este não foi dos piores anos, mas duas fações claramente sobressaíram: a da família Addams e a das "lições de vida por estrelas de Hollywood". Analisemos:

 

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A palidez, o formato de cara (ajudado pelo penteado pontiagudo) e aquele vestido com corpete de como quem diz "aqui não cabe nem mais uma alface", dão à Jessica Chastain um lugar como a nova Morticia Addams.

 

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Aqui, a Wednesday cresceu, mas o Lurch e a Avó continuam muito bem conservados. 

 

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Bom, creio que a Catriona Balfe está a tentar entrar no remake como uma prima afastada da família. Como não sabemos quando é que isso vai acontecer, pôs já mais sete quilos em cada anca, para precaver a possível engorda até lá (tudo culpa da menopausa, claro). P.S.: Alguém se esqueceu de lhe tirar os ganchos na altura da maquilhagem.

 

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Esta vai ser a tia afastada dos Addams, mãe da Catriona.

 

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E esta... ainda tentou entrar no casting, mas já não há lugar para mais. Melhor sorte para o próximo ano, amiga!

 

Bom, saindo agora do capítulo "Família Addams", passemos agora para a fase "lições de vida dadas pelas estrelas". Vejamos:

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A Gina Rodriguez é a primeira e ensina-nos como afastar as maminhas no seu potencial máximo. Útil para vestidos com um decote do tamanho do Everest em modo invertido, como é o caso.

 

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Ainda na secção "maminhas", Kate Mara ensina-nos que... esqueçam, não ensina nada, olhem para isto e aprendam só o que não se deve fazer nunca. Só uma coisa: aquela abertura central, é para inserir moedas? Qual é o prémio?

 

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A Elsie (?) tem como objetivo demonstrar a melhor forma de como-ser-uma-velhinha-corcunda-quando-chegar-aos-60-anos. Eu estou a aprender muito bem com ela, basta olhar para a minha postura. Devíamos claramente ser pilates-buddies.

 

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Emma Stone, num clássico "como ser invisível numa festa, usando um vestido que se confunde com o nosso tom de pele".

 

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Moss: "porque não devemos beber 3 shots de Tequila antes de ir para os Golden Globes".

 

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Do lado da Lucy Lu, aquilo que retiramos é: não confiem a 100% na vossa stylist. Até ela falha e se esquece de tirar aquela capinha de proteção que vem da lavandaria. Chato, mas só não acontece a quem não faz, não é verdade?

 

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Para terminar este capítulo... bom. Não sei se devia ter incluído isto numa versão colorida da família Addams (a cara está au point), se na área das maminhas ("como não devemos estrangula-las") ou simplesmente aqui. Todos nós podemos retirar lições valiosas deste look.

 

E só para dar uma achega, porque nem tudo foi péssimo, aqui vão alguns dos modelitos que ainda comprovam alguma restia de sanidade mental nas estrelas de Hollywood:

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A eterna Dra. Yang aproveitou o facto de ir apresentar para se pôr numa de poderosa. Gostei.

 

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A prova de que há decotes-montanha-russa que não são nem feios, nem pindéricos nem avacalhados. Achei o casalinho muito fofinho.

 

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E quem não tinha saudades da Julinha? Eu tinha! É sempre bom ver que ela não usa só meias da Calzedonia e ainda consegue pôr coisas um bocadinho out of the box sem ser meias com lacinhos. You go, girl!

 

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Mais um casal fufuxo. Ela simples, mas bonita.

 

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E estes dois... couple goals. 

 

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Não podia deixar de mencionar a Gaga. O pantone não me agradou, mas ganhou pelo vestido giganteeee. Incha Rihanna e o seu vestido omolete na MET Gala!

 

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Para terminar, um crossover entre um toureiro, um casaco do Manuel Luís Goucha e o Aladino. TCHARAM! Acabamos ou não em grande?!

 

Ah, esperem! Não podia terminar este post sem destacar a verdadeira estrela da noite. E não, não é a Gaga. É a menina das águas. Ora vejamos:

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É ou não é a pérola do ano? 

20
Jun18

Apaixonada pelos meus vestido de verão

Há uns dias a minha mãe, ainda que sem maldade, disse que eu era insossa a vestir-me. A questão é que a insossisse é, para mim, das piores coisas que há. Pessoas insossas, desenxabidas, sensaboronas, amorfas ou qualquer sinónimo de tudo isto dão-me um bocadinho a volta ao estômago. Pessoas que nem sim nem sopas, onde está sempre tudo bem, que não têm uma opinião definida para nada e que têm medo de falar o que quer que seja, são difíceis de lidar. Para mim é mais fácil estar com alguém que tem personalidade, ainda que bata de frente comigo, do que alguém que se esconde por detrás do seu escudo imaginário e não diz nada.

Por isso, quando ela me disse que eu era insossa, eu não achei graça. Porque, de facto, eu sou uma pessoa simples a vestir-me - mas, caraças, insossa não! Acima de tudo, gosto de passar despercebida... e é difícil vestir um corpo onde queremos esconder mil e uma coisas e ainda assim ficarmos bem e, talvez por isso, ao longo do tempo, a minha tendência foi vestir básicos, cores sólidas e não arriscar demasiado. No inverno com malhas e calças de ganga ou pretas e no verão usando t-shirts ou camisas - sempre tudo adornado com algumas peças que, achava eu, sempre iam dando uma graça aos looks.  

A verdade é que eu vejo as coisas nas lojas e nas passarelas e até as acho engraçadas. Sou uma privilegiada porque tenho acesso a novas ideias, novos conceitos de como vestir ou, como se costuma dizer, "sei o que está na moda" (na realidade não sei, quando me perguntam isto fico toda encavacada, acho que é uma pergunta sem resposta certa - mas percebem o que quero dizer). Mas depois penso que não quero mostrar muita perna, ou a peça não tem costas e eu não gosto de dispensar o soutien, ou são calças muito curtas e eu não quero mostrar o meu tornozelo inchado, ou é cai-cai e eu sinto-me sempre sufocada com aqueles soutiens, ou as camisolas têm mangas de morcego e não dá para usar casacos, ou as calças têm cinta baixa e sinto-me com a carne toda de fora, ou as peças são muito apertadas e as minhas formas não são assim tão boas para estarem todas à vista. Enfim! Sim, sou difícil de vestir. Mas já há algum tempo que queria pôr os básicos de lado (ou pelo menos não abusar deles) e tentar coisas mais arrojadas - e a boca da minha mãe foi o rastilho para que isso acontecesse.

A primeira fase da minha investida - aquela que ainda estou neste momento - incidiu nos vestidos. A moda dos vestidos e das calças, neste momento, combina com os requisitos que tenho para o meu corpo: uns são cintados e mais compridos, outros têm a cinta alta, tal como gosto. Já aqui disse: a minha vontade é fazer uma espécie de Arca de Noé com roupas para os próximos cinco a sete anos, porque sei que um dia destes a moda muda e voltam as skinny jeans e os calções e vestidos que deixam ver a prega do rabo e eu vou ficar outra vez sem roupa para comprar. Mas bom, agora tenho é de aproveitar. E se o meu roupeiro já está recheado de calças, como não tinha desde a altura em que era miúda, o mesmo não se podia dizer dos vestidos. Acho que o ano passado vesti os que tinha meia-dúzia de vezes, já demasiado preocupada com a horribilidade das minhas pernas, e portanto é a grande mudança desta estação. Comprei uns quatro, todos abaixo do joelho mas apertados na cinta, e pode dizer-se que foi uma autêntica paixão de verão. Todos têm cores vivas, todos têm padrões e personalidade e, por isso, acho que combinam um bocadinho mais comigo. Eu, honestamente, sinto-me muito feliz com eles. Ando há dois anos a trabalhar diretamente com quem vê, faz e produz moda e a ver imagens de streetstyle e de gente gira, com um estilo que eu às vezes pensava que poderia facilmente ser o meu, só me faltava coragem e "um bocadinho assim". E é fixe conseguirmos estar mais próximos do ideal que desejamos para nós mesmos. 

 

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29
Abr18

A moda mede-se aos palmos

Já há vários anos que prefiro fazer compras online do que em lojas físicas. Tudo nos espaços "reais" me cansa: a música alta, os amontoados de roupa, os "estímulos" vindos de todas as formas, cores e feitios, ter de encontrar o meu tamanho no meio de 32 peças expostas (ou então ter de esperar que vão buscar a peça ao armazém), as filas para pagar, as luzes dos provadores que me deixam lívida, gorda e com olheiras tipo panda, as pessoas à minha volta, o excesso de escolha... enfim. Acho que tudo, honestamente. 

Há dois anos para cá devia fazer cerca de 80% das minhas compras de forma virtual. Não punha os pés nas lojas, excepto para devolver essas mesmas roupas que tinha comprado. E foi esse "detalhe" - o de constantemente devolver as roupas - que fez com que a percentagem de peças que compro online reduzisse de forma considerável e eu voltasse às lojas, ainda que de forma muito relutante. Porquê? Porque a moda tornou-se desproporcional e inconstante e as marcas não conseguiram traduzir a experiência real para o online. 

O quê que isto quer dizer? Que já não há roupas que sejam feitas para se ajustar ao corpo, para cair bem; são feitas para um determinado estilo - ou largo, ou boyfriend, ou girlfriend, ou reto, ou skinny, ou sei lá mais o quê. O tamanho M de uma camisola pode ser igual ao tamanho XS de outra. E por isso costumo dizer que agora a moda se mede aos palmos. O conceito de culottes ou de corsários já mal existe: isto porque agora 80% das calças são para ser usadas acima do tornozelo - falta-lhes um palmo de tecido em baixo. As camisolas da moda, "cropped", ficam a meio do umbigo - algo compensado pela largura imensa da camisola, onde quase dá para meter dois torsos lá dentro - um palmo a menos num sítio, um palmo a mais noutro. Isto para não falar de conceitos híbridos como camisolas caviadas mas com gola alta, onde a medição de "palmos" já nem se aplica.

Se este estilo de moda é mau? Para se manter durante todo este tempo, não deve ser considerado mau pela maioria. Já eu, detesto. Não percebo a lógica da maioria das roupas porque, como a maioria das pessoas (embora elas pareçam não o saber), não tenho corpo para usar a maioria daquelas peças. Eu não tenho uma barriga com os abdominais definidos para usar aquelas camisolas e, por azar meu, não tenho tornozelos bonitos para mostrar ao mundo. Isto faz com que mais de metade das roupas que se vendem não me fiquem bem. Tirando todas aquelas que eu não gosto (pelo corte, pelo padrão, pelos adornos), a escolha fica efetivamente pequena.

E tudo isto piora porque os sites não estão bem construídos. Os tamanhos não são padronizados, o corte das peças não é explícito, não se percebe o tamanho das peças. Há lojas online que já disponibilizam o tamanho da modelo e o tamanho da peça que ela usa - o que já ajuda a ter uma percepção melhor das coisas - mas tudo devia ter medidas, visualização das peça em 3D e, acima de tudo, os mesmos tamanhos. Fico fora de mim quando, na mesma loja, me servem umas calças 38 e outras 42. Não entendo. E é lógico que isto nunca vai funcionar para um cliente online, que não adivinha o que se passou na cabeça de quem fez os moldes.

Acho que há um caminho gigante a percorrer por parte das marcas de moda, no que ao online diz respeito. Quanto ao gosto das pessoas, pouco há a fazer. Sei que vou ter de continuar a levar com roupa que se mede aos palmos.

08
Jan18

Os vestidos dos Golden Globes (ou um exercício de má língua)

Confesso: este ano eu não ia fazer este post. Já não sei se as pessoas gostam, se ainda acham piada, se já passou de moda... e eu, por outro lado, estou cansada e, pensava eu, desinspirada demais para isto. Amanhã trabalho, nem sequer vou ver a gala em direto e achei que já estava velha para estas andanças. Mas estava a escrever textos aqui para o blog quando me começaram a aparecer imagens no feed com os primeiros looks e acabei por ir escrevendo aquilo que me passava pela cabeça. Cheguei a um ponto em que pensei: "vou deixar estes comentários morrer aqui?". E pronto, cá estão eles.

Disclaimer: Para quem é novo por aqui, deixem-me fazer um alerta: se quiserem ver isso desta perspetiva, isto é um alter-ego da minha pessoa. Duas vezes por ano dou-me ao luxo de ser desagradável, gozona, sarcástica e irónica. Não sou assim todos os dias, não sou assim na vida real. É só uma graça que tenho por costume fazer, que as pessoas gostam de ler e que se tornou num exercício anual de má língua. Não levem nada demasiado a peito.

 

P.S. Para quem não sabe, todas (ou quase todas) as estrelas foram de preto, num protesto contra a discriminação e o assédio sexual nos meios de trabalho (e tudo o resto, diria eu). Daí a falta de cor nesta passadeira.

 

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“Cansei de ser gira. Cansei de ser magra. Cansei de ser alta. Cansei destes braços tonificados. Vou usar um vestido que me disfarce isto tudo”, disse a estrela do Outlander, Caitriona Balfe. E conseguiu.

 

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Não, Heidi. O Cisne Negro já estreou há sete anos, foste buscar o vestido errado.

 

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Episódio de terror para qualquer estrela de Hollywood: está no carro à espera para chegar à passadeira, anda a passear pelo instagram e vê que outra pessoa tem um vestido igual ao dela (a Heidi, malvada!). Ativa o plano de emergência: busca os restos do pano usado no vestido e, com uns colchetes, prega-o à cauda, qual vestido de noiva. E voilà. (Fora de brincadeiras… é um Giambattista Valli, tenhamos respeito! Entre este e o da Heidi, a Heidi bem que pode voltar para os campos verdejantes da Alemanha)

 

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Kelly, querida, a gala deste ano é em protesto contra o assédio sexual em Hollywood, não era uma homenagem a todas as pessoas que usam próteses de ouro nos membros superiores.

 

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Não fui ver ao Wikipedia mas, pela cara, a Catherine Zeta-Jones deve estar já com uns 423 anos. Não vou avaliar o vestido: com esta idade, já não se tem discernimento para avaliar o feio e o bonito. De qualquer das formas, o corpinho é nota 20. (Se com 1/5 da idade dela eu estivesse assim… upa upa!)

 

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Sarah Jessica Parker a reciclar um qualquer vestido piroso de Sex and the City, colocando alguns adereços medonhos de um filme do Tim Burton. O princípio é bom, mas não resultou.

 

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Estou solidária com a Alicia: tal como eu, a rapariga está com problemas de fígado e foi um bocadinho enjoadita para os Globos. Ou então está grávida, o que também explica o ar conservador e o cabelo à freira. Depois da festa veste uma jaqueta para esconder as costas mais arrojadas e vai à igreja ali ao lado confessar os pecados que anda a cometer com o Fassbender. (PS1: apesar de tudo, eu gosto do vestido). (PS2: eu também pecava pelo Fassbender).

 

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A ideia é gira… mas naquele passado longínquo em que as estrelas usavam roupas com cor na passadeira, já a Emma Watson vestiu uma coisa parecida. Ainda assim, it’s a win for me. (Alison Brie)

 

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Tal como aconteceu com a Kendal Jenner, também Christina Hendrick se viu num percalço de última hora relativamente ao vestido da Alison Brie e oupa, vai pôr a parte de cima com parte do poncho de veludo da avó, muito na moda nos anos 50.

 

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É fixe saber que a Angelina consegue vestir o papel de rainha da festa sem ter de mostrar o decote ou o pernão. Dá-me esperança para o futuro, percebem? (#lontra) Tudo isto se esquecermos o facto de que aquelas mangas vão ficar todas sujas com a sopa da entrada e as migalhas do pãozinho, mas nada que um aspirador não resolva.

 

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Sarah Paulson e Amanda Peet levaram aquele mantra do “we stand together” demasiado a peito e vieram coladas para os globos.

 

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Achei graça a este macacão da Alexis Bledel, por ter um branquinho que se destaca do negrume desta passadeira. Tirava-lhe aquele pedaço de pano brilhante que ficou ali agarrado à cinta mas, fora isso, tem aqui a aprovação da je.

 

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Quem me segue sabe que eu adoro The Crown e eu esperava ansiosamente pela chegada da Clare Foy. Parece que, de tanto ser rainha, se cansou dos vestidos. Compreendo, até gosto, mas nunca é novidade.

 

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Da edição os-dragões-da-Daenerys-rasgaram-me-o vestido-mas-o-penteado-sobreviveu. (Gwendoline Christie, de Game of Thrones)

 

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E da edição os-dragões-da-Daenerys-tentaram-rasgar-me-o-vestido, mal-conseguiram, mas-o-cabelo-não-aguentou. (Lena Headey, de Game of Thrones)

 

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Não, Halle... vieste para o evento errado. Este não é um casamento de praia em modo gótico da tua melhor amiga.

 

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Se bem se lembram, a Lily James fez de Cinderella. Agora passou claramente para o dark-side e foi engolida pelas trevas.

 

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Sempre igual, mas sempre classy, esta Reese Witherspoon.

 


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Sou só eu que vejo meia clave de fá no vestido da Jessica-inssosa-Biel ou é o piano a afetar-me demais os sentidos?

 

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O vestido não é nada do outro mundo, mas achei que o facto da Octavia Spencer ir bem vestida era digno de nota.

 

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 Gosto da Mandy Moore, gosto da ideia de vestido e do bocadinho de cor... mas acho que está aqui visto que há um mercado sedento de ferros de engomar na América. Rowenta e Philips desta vida, atentem ao que vos digo.

 

13
Dez17

Review da semana 22#

Os novos bodies com caxemira da Intimissimi

 

Acho que toda a gente já sabe que eu sofro horrores com o frio - aliás, eu sou provavelmente a blogger da história que mais escreveu sobre coisas relacionadas com este tópico. Para além de me queixar do meu sofrimento graças a temperaturas aparentemente amenas ou "só-frias" que me parecem negativas, também já escrevi muito sobre a moda que não respeita as pessoas friorentas ou simplesmente sobre gadgets e produtos que foram feitos para pessoas como eu.

Tenho evitado vestir-me com 31 camadas de roupa, escolher casacos bem quentes e acima de tudo relaxar - há cerca de um ano vi um vídeo que dizia que uma das coisas que faz com que sintamos ainda mais frio é o facto de estarmos sempre muito contraídos e encolhidos, pelo que devíamos fazer exatamente o contrário. E apesar de ser difícil - eu já "sou" naturalmente encolhida - tenho tentado e, de facto, é algo que funciona. Mas não faz milagres, por isso a roupa é mesmo a arma mais forte que tenho contra este flagelo digno do pólo norte.

Também no ano passado comecei a usar bodies, clássicos, de manga caviada, para tentar contrariar o frio. É uma óptima solução para não termos de pôr uma camisola extra por debaixo do camisolão, mas a falta de mangas e o conforto das rendas e daqueles materiais mais abertos não é igual ao de uma malha. De qualquer das formas, é óptimo para nunca termos pele de fora - não há sensação mais horrível do que baixarmo-nos para apanhar qualquer coisa, as camisolas subirem e ficarmos com as costas expostas e disponíveis para congelamento imediato.

Mas este ano descobri um 2 em 1 magnífico: os novos bodies de modal e caxemira da Intimissimi. Confesso que foi através de um anúncio que vi na televisão - é verdade, nós bem que os tentamos evitar, mas eles ainda funcionam - e pouco depois fui lá a loja experimentar, para ver se de facto era tudo aquilo que apregoavam. Desenganem-se: os bodies não são de caxemira! Há uma diferença entre "ser de caxemira" e "ter caxemira" e esta peça inclui-se no segundo caso: o que não deixa de ser óptimo. O toque deles é muito macio, muito leve e fino, mas têm uma boa capacidade de aquecimento, sendo muito confortáveis e não nos deixando com aquela sensação de sermos uns pneus ambulantes. São todos de manga comprida (yey!) e há versões de gola alta e gola redonda - e ainda há, penso eu, umas camisolas feitas com a mesma malha. Só peca pela falta de cores claras, para funcionar em perfeição com todas as peças: só tem preto, azul marinho e cor de vinho.

Vou esperar que isto seja um best-seller de vendas e que eles passem a fazer diste um clássico, com todas as cores e mais alguma, tal como têm as cuecas e os soutiens. Se assim for, têm aqui uma fã incondicional.

 

body intimissimi.jpg

 

17
Jul17

Calças, calças everywhere (ou #contraextinçãodasmumjeans)

Passo a minha vida a passear-me entre rádios em busca de alguma música que goste, por isso já nem sei bem dizer em qual delas é que ouvi uma das animadoras a dizer que uma fashion advisor fez uma lista com uma série de coisas que todos tínhamos imediatamente de parar de usar. Liguei tanto àquilo que só me lembro de duas delas: a primeira eram leggings, a segunda eram mum jeans.

Não me vou meter na discussão das leggings – muito poderia ser dito aqui sobre esse tópico, mas nem sequer sou grande pessoa para opinar porque só as uso para ir ao ginásio (e como não vou ao ginásio, não as uso…). Mas falar nas mum jeans é tocar-me na ferida! Isto das opiniões relativamente à moda tem muito que se lhe diga e estas listas dos “must-have da estação” ou do “livre já o seu armário destas peças” fazem-me um bocado de espécie.

Primeiro porque só quem tem um poder económico alto e uma paciência de santo é que renova o roupeiro segundo cada estação e segundo porque há milhões de formas de conjugar as coisas e até de fazer com que as peças mais horrendas resultem em coisas visualmente aceitáveis. É tudo uma questão de gostos e estas medidas “restritas”, a mim, tiram-me do sério e não deviam ser levadas a peito só porque é uma fashion advisor que as diz. Se fosse eu, diria para se abulir o roxo de todas as roupa; ou tirar as culotes do mercado. Mas são gostos e tenho de admitir que há quem goste e que até existem pessoas a quem aquilo fique bem.

Mas voltando às mum jeans: foram as minhas salva-vidas. Já escrevi aqui que detesto comprar calças, é um verdadeiro suplício. Eu sou a receita perfeita para grande parte das calças me ficarem pessimamente: pernas e coxas gordinhas, anca larga e, para ajudar à festa, um tornozelo inchado (o que é importante, principalmente hoje em dia, em que falta um palmo em quase todas as calças existentes no mercado). Por isso, sempre que eu começava a ver que precisava de comprar esta peça de roupa, até tinha suores frios.

Até virem à baila às mum jeans. Para quem não está dentro da nomenclatura, estas são calças de cinta bastante subida e com a perna mais larga, afunilando um bocadinho em baixo (mas não exageradamente, como as skinny jeans). E para mim, esta moda foi a descida do céu à terra. Só eu sei como sofri durante todos aqueles anos em que apenas se vendiam skinny jeans e calças de cintura baixa. Eu posso usa-las (e usei-as, que remédio), mas tenho a perfeita noção de que não me ficavam bem. E uma das coisas que mais me irrita na moda é isto: criar as coisas, massifica-las e esquecerem-se de que a grande maioria das mulheres não têm aquele típico corpo de modelo em que tudo parece assentar na perfeição. Portanto a diversidade que existe hoje nas lojas – e falo ao nível dos jeans – é o que devia existir sempre.

Mas eu sei que na realidade não é assim, que a moda é imprevisível e que daqui a um par de anos ora só se usam calças à boca de sino ou se volta outra vez para as ultra skinny jeans. Por isso, para me precaver, tenho-me abastecido de jeans para os próximos anos. Se encontrar umas que gosto, que vestem bem e com uma lavagem que não tenho, nem sequer penso muito: trago para casa e está o negócio fechado.

O objectivo é funcionar quase como a Arca de Noé: quando, no mundo, já só existirem calças que só me servem nas orelhas ou e ficam para lá de mal, ainda posso contar com o meu baú pessoal de jeans, salvas no tempo em que as havia em bom e em abundância. #contraextinçãodasmumjeans

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