Acasos da vida
Começou a semana passada o curso de fotografia - e também a velocidade caótica característica da faculdade. Ando dormente, muito cansada e com muita vontade de dormir - só de ontem para hoje dormi dez horas seguidas, sem me mexer na cama, coisa extremamente rara em mim; por outro lado ando com horários de velha, a deitar-me super cedo e a acordar com as galinhas, mesmo sem a ajuda do despertador. Tenho precisado da ajuda do café para retomar o ritmo mais duro da vida universitária, princiaplmente com os afazeres extra que me meti neste semestre.
Mas voltando ao curso: a primeira aula correu bem e acho que tem tudo para correr ainda melhor se conseguir investir o tempo que quero nisto. Há que admitir: não estou com a força e a vontade gigante com que estava no fim do verão, mas tenho a certeza que o entusiasmo vai voltar quando começar a pegar na câmara e vir resultados. Mas a parte mais gira disto tudo foi quem eu lá encontrei.
Mal entrei no edifício, cumprimentei rapidamente aqueles que vão ser os meus colegas nos próximos meses e reparei numa cara conhecida. Foi minha professora no 7º ano - ou seja, há mais de sete anos -, mas achei sinceramente que não ia saber quem eu era.
- Olá professora! Lembra-se de mim?
Ela olhou para mim com ar de estranheza, não me reconhecendo imediatamente, mas passado poucos segundos algo na cara dela mudou.
- Carolina Guimarães, certo? - perguntou-me, quase retoricamente.
Fiquei sinceramente espantada por se lembrar de mim, tendo em conta que só foi minha professora um ano (embora me lembrasse também perfeitamente do nome dela). Ficamos à conversa: o que se faz, como se está e essas conversas do costume e no fim ficamos juntas, na mesma mesa, a assistir à aula. Ou seja: acabei numa aula, sentada ao lado de uma antiga professora, sendo que agora somos ambas alunas. Há ou não há coincidências giras nesta vida?