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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

21
Out15

O reacender de uma paixão antiga

Todos os santos anos tenho como resolução de ano novo (re)começar a ir ao cinema - e todos os anos falho. Lembro-me perfeitamente, há uns cinco anos, de ser uma louca apaixonada por cinema e de ir lá, pelo menos, umas duas vezes por mês - numa altura em que era bem mais complicado, porque implicava boleias dos pais e outras questões de logística normais de quem não é maior de idade. Mas, agora que o sou (já há dois anos), não tirei partido das vantagens que "ser grande" me trouxe - pelo menos nesse sentido. 

Passei de ir ao cinema imensas vezes para não ir nenhuma - isto começou porque deixei de ter companhia para ir, logo passei a ir menos vezes e, gradualmente, acabei mesmo por perder o hábito. Passei a ir só quando grandes filmes estreavam e eu queria muito ir ver, ora por estar à espera daquele filme há séculos ou por ter no elenco um ator que adorava. E tinha consciência disto: que tinha deixado para trás uma das coisas que mais gostava de fazer porque - pela 5986º vez na minha vida - me vi sozinha e sem companhia. Ainda cheguei a ir uma ou duas vezes sem ninguém mal tirei a carta de condução e ainda estava naquela euforia de independência, mas não ter alguém que me puxasse fez com que fossem vezes sem exemplo. E andei uns quatro anos nisto...

Até há pouco tempo. Estava desesperada por sair de casa, de me abstrair dos problemas e dramas do dia-a-dia, por isso meti-me no carro e fui ver o meu Robert ao cinema (o último filme dele que estreou, o "Life", que eu sabia que não ia ficar muito tempo nas salas, portanto também tinha de me apressar). Apesar do filme não ser nada do outro mundo, aquela ida ao cinema soube-me pela vida e serviu para me relembrar o que eu gosto daquelas duas horas sentada naquelas cadeiras, completamente abstraída do meu mundo e absorvida no mundo que outras pessoas criaram para mim. E apesar do hábito que as pessoas criaram de ir ao cinema em grupo ou em parelhas, este é um dos poucos sítios em que não há mesmo necessidade de ter alguém a acompanhar-nos porque, no fundo, só no intervalo é que dá para pôr a conversa em dia. 

Depois do "Life", já fui ver o "Perdido em Marte" e "O Estagiário" - muito diferentes, mas ambos bons. Tem sido uma óptima forma de escape - nos dias menos bons ou em que sinto que preciso de me alhear da realidade, começo logo a pensar no filme que vou ver nessa noite. Nas últimas semanas tenho passado mais tempo a ver as programações, as horas e as próximas estreias, porque sinto que reacendeu em mim uma paixão antiga. Já tinha saudades!

13
Mai15

Eu, um macacão e um amor relâmpago

Tenho o meu feedly a abarrotar de posts para ler - e tenho a consciência que, até quinta-feira da próxima semana, vai ser só piorar.Vou vendo apenas alguns posts que me chamam à atenção, enquanto estou à espera que as aulas comecem ou faço tempo na faculdade.

Numa dessas minhas escapadelas dei com os olhos num post do Daily Cristina. Este não é, de todo, um dos meus blogs favoritos - sigo porque acho piada, porque me dá alguma inspiração, mas não passa disso. Numa altura com pouco tempo não é algo que veja prioritariamente. Mas naquele dia, na imagem pequenina que aparece a acompanhar os títulos, percebi que havia naquelas fotos algo de especial.

Era a Minha praia. E um dos meus hotéis de eleição, onde passei, de facto, as minhas últimas (boas) férias. Reconheço-os à distância, quase que sentindo-os como uma extensão de mim. Depois de me passar toda a inveja de ela estar ali e eu não, reparei no macacão que trazia vestido - e aí, meus amigos, foi amor à primeira vista! Daqueles mesmo assolapados. Para além de ser um macacão (paixão já há muito reconhecida por mim), tem umas cores de bradar aos céus - e todo ele grita verão, sol e frescura, tal como eu gosto. 

Reparei que era da Sahoco, uma marca que costumo encontrar numa loja que adoro, na Foz (a Fashion Lovers, sempre com umas montras cheias de coisas lindas!). Apressei-me a mandar uma mensagem para lá, a suplicar para que, se chegasse o macacão, me informassem para eu o poder experimentar. A resposta surgiu pouco depois, dizendo que tinha chegado no dia anterior e que até já tinham vendido um - e só restava outro! Corri para a agenda para tentar arranjar meia hora no meu dia para poder ir lá e trazer o objeto da minha paixão para casa. Isto era quase uma mensagem do destino a dizer-me que aquela peça tinha de ser minha!

Dito e feito. Experimentei, serviu e hoje já veio comigo para casa. Sou normalmente uma compradora muito racional e esquisita, mas desta vez deixei isso um de lado. É um bocadinho mais curto do que aquilo que costumo gostar, um bocadinho mais decotado do que costumo usar e claramente mais caro do que aquilo que costumo pagar. Mas são raros - mesmo muito raros - estes meus momentos de paixão assolapada. Achei que, desta vez, podia dar a abébia. Porque amores como este são difíceis de encontrar.

 

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29
Fev12

Your eyes speak for you

Os olhos denunciam qualquer um. Ou porque piscam demasiado ou porque estão demasiado fixos. Porque têm uma expressão triste ou, pelo contrário, feliz.

Aqui há uns tempos disse a alguém que não precisava de ver beijos ou abraços para saber que alguém estava apaixonado; e que verdade é esta. Eu quase que sou bruxa e denúncio os casais do futuro.

Um dia destes começo a cobrar.

 

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11
Jan12

A paixão já estava lá

Por vezes admiro-me só ter chegado à conclusão que queria letras neste ponto da minha vida.

Era eu miúda, andava no quarto ano, quando criei um jornal de parede. Era ver-me a entrevistar as funcionárias, a reportar incidentes e a escrever pequenos artigos sobre coisas que na altura me pareciam bem.

Depois, lá para o sexto ano, criei outro jornal, em conjunto com uma colega de turma. "Simple", chamava-se. Esse ainda teve umas doze edições, e já custava alguns cêntimos para pagar o número de cópias que fazíamos. Lá dentro, constavam artigos sobre bandas, animais, escritores, anetodas e outras tralhas que tais.

Pouco mais tarde, inundada por medos e receios, devido a incidentes na escola, suponho ter começado a escrever coisas, aqui e ali, em blogs hoje perdidos na blogosfera.

Hoje em dia (e já desde há dois anos para trás), tenho um blog, que tem vindo a mudar de registo ao longo dos tempos, e que para meu orgulho tem seguidores permanentes e que participam no seu desenvolvimento. Para além do mais, tenho uma secretária cheia de revistas, livros, papéis e fotocópias de crónicas ou passagens bonitas.

 

Enfim, ao fim e ao cabo, estava mesmo à frente dos meus olhos. Provavelmente, eu é que não queria ver.

27
Nov11

A diferença entre o amor e a paixão

A paixão é como uma doença. A paixão é efémera; é fervura, é cabeça quente, é irracionalidade. É não perceber - é fazer, é ser, é não pensar - é gostar, só porque sim. Porque algo nos liga aquela/a de quem gostamos, como um fio condutor. A paixão passa, e não dura muito. Há quem goste, há quem não goste. É uma perda de controlo sobre nós próprios, na minha opinião - é darmo-nos completamente a outrem sem, às vezes, termos noção disso.

O amor é uma maturação dos sentimentos acima descritos. O amor é mais racional. No amor pensasse e sente-se; as cicatrizes são profundas. Dói mais. Dura mais. Mas tem mais valor. É a dádiva total e completa - e desta vez, com noção disso. É altruísmo, é dar sem às vezes receber. É sorrir porque o outro está feliz, mesmo que não seja connosco.

 

Estar apaixonado por alguém é muito diferente de amar alguém. Digo eu, miúda de 16 anos, que nada percebo disto. Mas, enfim, quem percebe?

 

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