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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

10
Nov14

Legionella chegou ao Porto

E, segundo dizem, os pacientes não têm ligação com Vila Franca de Xira. A minha veia hipocondríaca está a vir ao de cima e já não estou a achar piada nenhuma a isto, embora saiba que o bicho não gosta muito de gente da minha faixa etária.

Por estes dias já ninguém quer saber do Ébola - não nos tocou a nós, ainda parece uma realidade distante. Já esta... os casos proliferam e o pior é que não se descobre de onde vem. Tenho para mim que o pessoal das águas vai cobrar menos este mês, pelo país fora: as pessoas vão deixar de tomar banho, beber água da torneira (embora, supostamente, seja inofensivo) e coisas que tais. Não vai ser divertido.

12
Ago14

Desenraizados

Em Agosto o que mais se ouve é francês e outras línguas europeias, os carros que mais se cruzam por nós têm "F"'s e "L"'s nas matrículas. Agosto é o mês dos emigrantes, que retornam a casa para verem as famílias, para comerem as iguarias, para matarem saudades das vistas, dos cheiros, das praias, do nosso céu. E talvez sejam bem recebidos por parte das suas famílias>, com abraços calorosos, mas o mesmo não se pode dizer do resto do população - o que acaba por ser hipócrita, tendo em conta que, neste momento, quase todas as famílias portuguesas devem ter um ou mais indivíduos no estrangeiro a ganhar a vida (eu incluída). 

No fundo, como em tantas outras coisas, gostamos que os nossos venham, mas os outros não. Digam o que disserem, não achamos lá grande piada que pessoas que já deixaram Portugal há não sei quantos anos invadam as cidades do dia para a noite, que andem a passear os BMW's e Mercedes que conseguiram comprar lá fora, que falem línguas que não o português para os filhos como se eles também não tivessem num país que, por cultura, também é deles. Não quer dizer que todas as pessoas que vão viver para fora sejam assim: mas o estereótipo é esse. E não é muito famoso por estas bandas.

Porque a verdade é esta: os portugueses que vivem no estrangeiro nunca serão iguais aos de lá - e são sempre tratados de forma diferente pelos nativos, só para não dizer que são mesmo discriminados; mas os portugueses que saem de Portugal durante décadas também já não são iguais aos portugueses que cá vivem, e são vistos de forma diferente, quase depreciativa. No fundo, ao saírem, nem são de um lado nem são do outro. Em emigrações longas, as pessoas passam a ser de nenhures. São do mundo, porque já não são bem de ninguém, nem de um sítio, nem de um lugar que os acolhe em pleno.

Agosto é o mês dos desenraizados.

24
Abr14

Dia da defesa nacional

Ontem lá fui eu cumprir o meu serviço militar (que, nos dias de hoje, se resume a um dia muito pacífico). Vontade? Nenhuma. Mas fez-se, apesar de ter apanhado uma seca descomunal e uns raios de sol demasiado intensos tendo em conta a roupa que tinha vestida.

Para quem ainda não foi, que não se assuste: acho que há pouca informação sobre o assunto e a malta ainda tem muito presente o antigo dia da defesa nacional onde havia actividades radicais (mais "tropa") e onde, à custa disto, faleceu uma jovem. Agora são palestras (ontem foram seis, já estava com bichinhos carpinteiros para sair dali!), um almoço muito fraco, ver as armas e o equipamento (a parte mais gira) e ver o içar ou o arriar da bandeira - pelo menos foi assim que se procedeu ao sítio onde eu fui, em Gaia. Os militares são simpáticos (algum giros!!!) e só um dos que apanhei é que achou que nós estávamos mesmo na recruta - de resto, sem problemas.

Como já disse, a parte que mais gostei foi mesmo em pegar nas armas e ver os canhões e essas coisas mais pesadas. Há um lado de rapaz muito presente em mim e essa é uma das vertentes: sempre gostei dessas coisas, de estudar as guerras, de perceber como tudo aquilo se processa. Dito isto, acabei por me dar muito bem com os militares que estavam atrás das bancadas, que de muito boa vontade me puseram as armas na mão, me disseram como se disparavam, o que tinham de especial e todas essas coisas giras (provavelmente para vós não são, mas enfim). Peguei numa G3, toquei numa sniper, em revólveres e outras coisas que tais. Depois, ao mostrarem o colete à prova de balas, eu estava a brincar com o amigo que foi comigo, dizendo para ele ir experimentar - os militares, ao me verem rir, disseram "olha, aquela menina tem cara de quem quer experimentar!" (isto é karma de família...) e eu lá fui vestir uma peça de roupa que pesa só uns quinze quilinhos. Não é tão mau como parece, pelo menos quando se está parado - a correr a história não deve ser assim tão bonita. A cerimónia final é mesmo o arriar da bandeira, com todo aquele teatro das trompetes e dos militares com as armas a responderem aos comandos. É giro, muito teatral, mas sem muitos efeitos práticos.

Resta dizer que, se fosse obrigada a escolher, ia sem dúvida para a Força Aérea. Primeiro porque sempre gostei de aviadores, segundo porque acho que tem pinta andar no ar e ser piloto e, claro, porque era o militar que a representava que tinha mais pinta e mais sentido de humor dos que lá andavam. Por muito que digam o contrário, eu acho este dia importante: penso que nos devem ser dadas a conhecer as outras opções a nível de carreira e a forma como são constituídas as nossas forças armadas. O pior disto é que eles aproveitam este dia para nos despejar todo o tipo de informação em cima (para além das três palestras sobre cada uma das "forças", ainda tive uma sobre as drogas, a GNR e a proteção civil). É contraproducente: eu já não ouvia nada e só queria era sair dali. Ainda assim, e com algumas coisas a apontar (a comida também podia ser melhor...), acho que é um dia que todos devemos ter, por muito chato que seja.

20
Jan14

Sobre a tragédia do Meco (ou como puxar a brasa à minha sardinha)

Antes de mais, e antes que me interpretem mal, queria deixar bem claro que aquilo que sucedeu no Meco me tocou mais do que o custume. Posso dizer-vos que durante todos aqueles dias em que não se descobriram os corpos, eu pensava naquilo. Mexeu mesmo comigo, não sei porquê: há tantos casos trágicos, todos os anos, nas mais variadas vertentes, e acho que nunca nenhum me chocou tanto. Talvez por os jovens serem da minha idade, por ter sido no mar que eu gosto tanto, não sei...

A verdade é que especulação sobre este caso é coisa que não falta, assim como polémicas. Não percebo nada (e acho que ninguém percebe, tamanha é a salgalhada). Tenho acompanhado o caso e ficado chocada com o silêncio por parte de toda a gente (embora ache e perceba que o único sobrevivente é aquele que pode ficar mais calado, apesar de ser aquele que de certeza mais sabe; ainda assim, o estado de choque deve ser valente). Mas enfim, não é sobre isso que escrevo.

O que queria dizer é que podem haver males (que é como quem diz, tragédias) que vêm por bem. Não sei se é verdade ou não, mas diz-se que tudo aquilo podia fazer parte de uma praxe. E eu só digo: espero bem que sim!!! Desejo que a morte daqueles miúdos seja "vingada", que aquilo tenha sido uma praxe, que venha tudo para praça pública e que as praxes sejam discutidas como deve ser. E, não menos importante, abolidas! Já é altura de tal acontecer - e não duvido que muitos reitores e gente com poder esteja farta destas "brincadeirinhas" nada inocentes. Se queremos um país mais civilizado e evoluído, esse é um dos passos a dar. Há praxes que são autênticas seitas; as praxes promovem as massas, o pensamento igual, tudo aquilo que uma universiade não devia ser; as praxes são um bullying consentido, é autorizar a humilhação e a submissão por parte de pessoas que se acham com mais poder por terem mais "créditos" no lombo. E é "formar" pessoas para uma razão má: porque muitas dos que estão lá a ser humilhados só o fazem porque sabem que uns anos depois poderão ser eles a humilhar. E isso é triste, vergonhoso e só revela aquilo que as pessoas são por dentro, à semelhança das praxes: uma merda. 

04
Dez13

Fraco, Crato, fraco!

Eu nunca desgostei do nosso ministro da educação. Já o conhecia antes dele ir para o cargo, pois ele dava explicações de matemática num programa de ciência que dava aos fins-de-semana, algures na RTP, se não estou e erro.

O que ele fez ou deixou de fazer até agora não me apetece comentar. Só e apenas aquela história dos exames dos professores.Eu cá não vejo problema nenhum nos professores fazerem um exame: no fundo, não devem ter nada a temer, certo? Se eles ensinam assim tão bem,os conhecimentos devem estar lá. E há imensas profissões com testes do género, porquê que os professores hão-de ser excepção? Médicos, polícias, etc. também o fazem! E se eu digo bem de tantos professores que fizeram parte da minha vida, também sou capaz de me opor a toda esta birra (como outras tantas) que eles estão a fazer.

Mas pior que as birras deles foi a cedência do nosso querido ministro, após tanta polémica! Fala, fala, fala e, no fim, cede. Não há pachorra para isto, ainda para mais quando as medidas que iam tomar eram as mais corretas! Agora já se põe com "se's" da treta, literalmente a aliviar a pressão que estava sobre ele. Há dias em que acho que não há maneira de pôr este país em ordem. Hoje é o dia.

07
Out13

A primeira buzinadela

Já aqui disse que sou uma paz d'alma a conduzir, pelo menos para quem não vai dentro do meu carro (esses são capazes de se assustar de quando em vez e de ouvirem um ou outro apontamento de irritação como "a sério que não vais tirar a carroça daí, amiguinho?" ou "isto faz-se? Por amor da santa!"). Deixo passar, espero, não reclamo de forma a que os outros oiçam e partam para uma murraça... nada, nadinha. Mas há uns três dias alguém me tirou do sério.

Acho que já não estava particularmente bem humorada, mas no meio da anarquia que é o trânsito, uma pessoa fica ainda pior. Eu, apesar de não reclamar vivamente (sim, eu tenho medo de um potencial louco que saia do carro e me desfaça em pedacinhos), fico passada, possessa, lixada e raivosa por ver , especialmente, carros estacionados em segunda e terceira mão e parados no meio da rua. É uma autêntica falta de respeito! Fazem das estradas parques de estacionamento sem o mínimo esforço e a polícia não mexe uma palha! (Enfim, não vou continuar, só de pensar no assunto já estou a ficar nervosa.)</span>

Continuando: eis que, depois de passar tantos obstáculos, chego ao cruzamento da minha rua e está um carro, literalmente, no meio da "boca" da rua, que só por si já é apertada! No meio, obliquamente, a acabar de pôr os quatro piscas, como quem diz "não tenho mais sítio nenhum para estacionar e preciso de ir buscar o meu filho ali à creche, vou deixar o carro aqui no meio da rua, que depois até é mais fácil de tirar"! MAS O QUE É ISTO???? Passei-me, passei-me, passei-me. Quanta lata é preciso para fazer uma coisa destas? Juro que os quatro piscas já estavam ligados e que o condutor já se preparava para deixar a carripana no sítio onde o carro decidiu ficar. E, como tal, vai de carregar na buzina. Isto não há paciência nem boa vontade que aguente esta balbúrdia, falta de respeito e civismo que se vive no trânsito. Juro que fico com os nervos em franja só de escrever.

29
Set13

Votar ou não votar, eis a questão

Na União Soviética votava-se. Diziam eles que aquilo era uma democracia, porque de facto os populares podiam escolher aquele com quem mais se identificavam. Esta é a ilusão 1, a premissa que nos dá a noção de que aquilo poderia ser, de facto, perfeito. Mas por detrás disto, estão duas grandes verdades:

 

  1. A maioria dos candidatos eram escolhidos pelo partido - regiam-se por aqueles ideais pelo que o país já estava a ser dirigido e não havia, por isso, grande volta a dar.
  2. Havia votos, sim. Havia pessoas a votar, que remédio. Mas a votação era à mão no ar e, se alguém mais ousado pensasse sequer em votar em quem não devia, estava eternamente marcado.

 

Contei-vos isto para demonstrar a ilusão que é a democracia. Eu gosto, a sério que sim: eu gosto de poder escrever aqui as minhas opiniões, gosto de poder dizer mal do Passos Coelho, embora não o faça frequentemente, gosto de termos (alguma) liberdade de escolha, gosto de poder ir votar e dar a minha opinião. Mas, para mim, a democracia, também como o comunismo, adivinha-se uma utopia, principalmente numa altura em que o dinheiro começa a escassear. E, para mim, é tudo a mesma merda. Eu olho para os cartazes dos candidatos à minha região e penso que são montes de caca mas com embrulhos diferentes: todos à espera de uma oportunidade para ganharem às nossas custas.

Se calhar a culpa é minha, que deixei de acreditar nas pessoas, naqueles sorrisos sonsos, naquele suposto olhar de sinceridade dos políticos e das suas mulheres que aparecem em cada cartaz. Se calhar sou eu que já perdi a esperança que isto vá ao sítio. Podia votar em branco, podia votar no Mickey Mouse, mas acho que não. O meu protesto não é só contra a falta de identificação para com os candidatos, mas também por todo este sistema de merda - e, para isso, mais vale não ir lá.

Confesso que a decisão de ir/não ir ainda não está 100% decidida. Só aí uns 98%. Se fosse votar, votaria por um partido e não por uma pessoa, porque mal conheço os seus nomes; não me dei sequer ao trabalho de ler os panfletos cheios de palha e as tretas do costume - fazem-me lembrar aqueles flyers das associações de estudantes, que diziam sempre que iam implementar uma rádio escolar e outras coisas que tais e a única coisa que faziam até ao fim do ano era uma festa de "arromba". Eu quero votar no dia em que souber que o meu voto vai fazer a diferença, em que vou acreditar nele a apoia-lo, porque me identifico com algo ou alguém que me poderá representar; eu vou votar quando houver escolhas válidas. Provavelmente, irei votar quando tiver um medo terrível que mais um palhaço - ainda maior do que os outros - esteja em perfeita iminência de subir ao poder. Hoje não é o dia.

 

P.S.1: Escusam de me atirar pedras de que quem não vai votar não pode ir para manifestações (que eu não vou) nem pode reclamar - eu reclamo na mesma, porque tenho tanto direito de opinião como os outros.

P.S.2: A decisão de não ir votar baseia-se também no sítio onde vivo onde, em geral, sou muito pouco participativa - limito-me a viver aqui e pouco mais, toda a minha vida é feita fora desta cidade. Se votasse no Porto, por exemplo, a história seria diferente e eu já teria ido, muito provavelmente, às urnas. 

15
Set12

Primeiro, a manifestação

Hoje como passei a tarde na baixa, pude passar pelos Aliados e dar uma vista de olhos na manifestação. Não que fosse pela minha vontade - não queria estar lá no meio, não queria ser um mais um número a contar para as 100 mil pessoas que lá estiveram.

Como disse num outro post, estou solidária com o povo português. O desemprego é alarmante, a fome começa a espalhar-se... enfim, tudo. A falta de poder de compra, o medo, a falta de perspectivas de futuro. Os cortes que todos tivemos de fazer nas nossas vidas e as díficuldades que muitos estão a passar. Mas há algo que me revolta nisto: a incoerência das pessoas.

Quero que me expliquem o que fazer. O que querem fazer, quando sabem que o país não tem dinheiro e estamos super endividados e precisamos de pagar o que devemos? Estão lá a gritar (estão? muitas das pessoas estão super bem dispostas e em pleno convívio) para o Passos Coelho ir embora - esse, que está a servir de bode expiatório de todo o povo - mas não têm nem uma solução à vista. Querem que o governo vá abaixo, mas não pensam que se formos realizar novas eleições mais dinheiro será gasto e o próximo que for para lá (que muito provavelmente seria o... Passos Coelho) teria de fazer exactamente a mesma coisa!

Mas o melhor disto tudo é mesmo pensar na quantidade de pessoa que lá estava e que votou no Sócrates! Esse, que nos roubou até onde pode e, ainda por cima, à descarada. Provas em cima de provas, casos em cima de casos, mas... Sócrates a primeiro ministro! Enterrou-nos ainda mais, assinou o contracto que colocaria a austeridade em termos inacreditáveis e... saiu, deixando o trabalho difícil nas mãos de outro.

Não fui à manifestação porque embora esteja preocupada com o meu futuro, não acho que estando ali que o vou resolver. Não acho que é por o governo ir abaixo ou o Passos Coelho ir embora que tudo vai ficar melhor. Nós, como sempre, só olhámos para o nosso umbigo - nem sequer conseguimos ver que se continuássemos por onde íamos, ficaríamos ainda pior e aí seriam os nossos filhos a pagar e a sofrer o dobro que estamos a sofrer agora.

A crise é geral, o sofrimento é geral. Lamento que os deputados tenham reformas vitalícias e benefícios por tudo quanto é lado; lamento que sejam tantos e que não façam a ponta de um corno. E desejo, muito sinceramente, que o próximo passo do nosso primeiro ministro seja esse - embora saiba perfeitamente que mexer com o poder dos grandes, para além de ser difícil, é arriscado (principalmente tendo em conta que os "companheiros" de partido não dão qualquer tipo de backup, porque estão na mesma a sugar-nos o dinheiro a nós).

As pessoas queixam-se, porque não são aqueles que querem ver no poder - esquecem-se que vivemos na tão desejada democracia, e foi o povo que os colocou lá (e, na minha opinião, foi das melhores coisinhas que fez nos últimos tempos). Toda esta incoerência põe-me doida, e foi por isso que de lá saí o mais rápido que pude. Tenho pena de todos os que estão a passar mal (porque essas pessoas, infelizmente, existem), mas sei que o leque de saídas é cada vez menor e alguma coisa tem de ser feita para sair do buraco que nós próprios ajudamos a escavar.

 

11
Set12

Sobre o nosso PM e o "forrobodó"

Preparem lá as pedrinhas para me atirarem, que posts como estes acabam sempre em apedrejamento. No entanto, estou no meu blog, e sinto-me no direito de expressar o que acho.

Bem sei que o país está a passar por uma fase difícil, todos nós (e levante a mão quem não o fez) fizemos cortes na nossa vida quotidiana de modo a pouparmos alguma coisa e pagarmos aquela conta no final do mês; é difícil, o desemprego é escandaloso, há pessoas super atrapalhadas e que não sabem o que fazer da vida. Todos conhecemos alguém que está por um fio, que tem o IVA por pagar ou que vai pôr a empresa na falência. Todos. Mas há uma grande verdade por detrás disto: durante anos, consumimos - seja quem for - mais do que podíamos; gastamos o que não tínhamos, e agora estamos endividados até à ponta dos cabelos e o dinheiro tem que nascer por algum lado.

Mas enfim, não querendo entrar em politiquices ou em questões económicas, das quais só tenho umas luzes demasiado vagas para poder ter uma opinião formada (embora, graças a deus, tenha uma família que me ensina imenso e com quem aprendo diariamente), só quero dizer uma coisa quanto àquela foto que anda a circular no facebook (e, segundo vi ontem, no telejornal - o que eu acho vergonhoso!), sobre o nosso primeiro ministro e sua mulher, a assistir a um concerto depois do último anúncio dele feito ao país. Criticam, porque ele está no forrobodó (estava? eu só o vejo a sorrir) depois de fazer um anúncio bárbaro como aquele, e eu pergunto-me: mas querem o quê? Que vá para casa chorar? Que ande aí a espalhar a tristeza e uma onda de negativismo? Que deixe de ter uma vida porque é o primeiro ministro de um país em falência, e por isso tem de entrar no espírito da coisa?

Por amor da santa. Muito sinceramente, quem não gostava de estar na pele dele era eu. Porque, como dizia o outro, se soubessem o que custa mandar, preferiam obedecer toda a vida. E mandar, nestas ocasiões, deve ser do pior que há.

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