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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

31
Mar14

Noites menos felizes

Desde miúda que a morte me aterroriza. Aliás, ia para além da morte: pensava quando o mundo acabasse e na possibilidade de não existir mais vida em lado nenhum e aquilo que ficaria... que era nada. Mas não é "nada" como pensamos vulgarmente: é nada, mesmo nada, nada, zero, nada. Um nada impressionante e demasiado grande para uma miúda daquela idade conseguir digerir, e portanto acabava frequentemente a chorar quando pensava nestas coisas. Porque eu sempre soube que, em principio, quando morrer, tantos outros ficam na Terra - o problema é quando houver uma catástrofe qualquer e tudo desaparecer e... nada. Nada. Tudo nada. 

Confesso que ainda hoje esse pensamento me consome, embora muito menos vezes e sem choro à mistura. Esta última vaga de "pensamentos" surgiu nestes dias, à noite, e tem-me roubado muita paz: não penso propriamente no fim do mundo, mas no fim do meu mundo. Tenho medo de morrer, basicamente - ou que um dos meus morra. Um pensamento parvo, eu sei, que ninguém deve ter em mente - e que eu não tenho, normalmente, mas que à noite me invade, não sei bem porquê (suponho que seja do stress, de tudo o que me anda a moer por dentro e dos livros que ando a ler). Tenho medo de morrer sem ter sido feliz, de não ter feito toda uma série de coisas que acho que marcam uma vida, sem olhar para trás e sorrir, sem deixar uma marquinha - por pequena que seja - no mundo (um livro, um livro bastava). E, acima de tudo - mais do que não saber o que está do lado de lá - tenho medo de ter sido eu a provocar essa minha infelicidade, de me sentir culpada por ela.

Enfim, têm sido noites pouco produtivas, pouco felizes e pouco fáceis de digerir. Espero que passe rápido, tal como os meus pesadelos vão e voltam sem avisar. Que hoje caia redonda na cama e que tudo isto tenha sido de ontem e que fique lá, sem me perturbar novamente.

06
Jul13

Late night swim

Há dois dias pus um desabafo meio deprimido no facebook do blog (sim, isto foi uma dica propositada: vão lá fazer um likezinho) - que não actualizo com estados com muita frequência mas que, quando faço, são profundamente sentidos. Basicamente, e para quem está alheado da realidade facebookiana, eu falava na razão pela qual estas noites quentes me entristeciam: porque não tinha ninguém com quem as desfrutar. O meu desejo, tal como lá referi, era poder ter carta, ou um namorado com carta, ou um irmão que ainda cá morasse com carta ou, pelo menos, alguém acordado nesta a casa a horas menos decentes, com quem pudesse ir lá para fora aproveitar aquela noite magnífica. Mas a verdade é que não tinha nada disso e, como tal, enfiei-me na cama para, que com o passar das horas, o meu humor não se deteriorasse ainda mais.

Mas ontem, ao ver que a noite era similar há que eu tinha perdido, combinei um café com o pessoal do costume e trouxe-os cá para casa, para fazer algo que já não fazia há uns poucos anos: ir para a piscina à noite. Era tradição faze-lo na noite de S. João mas, com o passar dos anos e por termos crescido (e ficado mais chatos, consequentemente), acabamos por deixar este hábito de lado e já há muito que eu não punha um pé na piscina depois de anoitecer. A água tem estado um caldo autêntico e passamos perto de duas horas lá metidos, entre conversas e as guerras de água do costume.

Isto, para mim, é que é verão - e eu sabia que este ia ter algo de especial. E é tão bom ter companhia no que, para mim, é o horário nobre. As noites ainda hoje me fascinam.

 

(Desculpa R. por ter roubado a tua foto descaradamente!)

07
Mar13

Vai ser bonito, vai

A luz está a ir abaixo de vinte em vinte minutos sem razão aparente - algum aparelho, entre os milhentos de cá de casa, está a causar isto.

Pelos motivos que já expliquei aqui, a continuar assim, espera-me uma noite terrível. Boa noite para vocês também, sim?

09
Dez12

Coisas estranhas acontecem à noite

Ontem foi o primeiro dia em várias semanas que me deitei antes da meia-noite (para ver televisão, sabia bem que não ia adormecer) e que acabei por dormir a horas mais-ou-menos decentes. Foram umas 10 horas bem passadas.

Hoje, quando acordo e passo pelo hall do meu quarto, que tem espelhos de uma parede à outra, reparo que algo que está mal: a camisola que tenho vestida não é a do pijama - ou seja, não é a que vesti ontem à noite! Nisto, dá-me um flashback e tenho uma ideia para lá de vaga de pôr um pé fora da cama, tirar a camisola do pijama e chegar ao armário e arrancar outra. A questão é que não me lembro de ter visto a camisola que neste momento tenho vestida em algum lugar. Não a conheço e acho que nunca a vesti. Nunca ouvi falar da marca. E a mãe está tão às escuras quanto eu.

Cá para nós, esta foi uma das camisolas que eu herdei dela, que pus para o armário e raramente uso (visto que é de gola alta e eu não tenho usado gola alta). Mas, pensando por essa ordem de ideias, as camisolas que estavam arrumadas em cima desta estariam desarrumadas e numa bagunça - mas não. Lindinhas e alinhadas que só elas.

Acho que mais vale esquecer o assunto.

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