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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

05
Ago13

A questão da matemática

Durante aqueles dias terríveis em que pensei que o meu exame de português iria dar - no máximo - para um doze e que a minha entrada para a faculdade estava mais que comprometida, não conseguia pensar em nada de positivo. Não sabia o que havia de fazer da vida se não entrasse no único que curso que, de momento, me atraí - se entrasse noutro qualquer ou, pura e simplesmente, decidisse ter um ano em aberto.

Essa fase já passou, estou mais segura da minha entrada na universidade, mas agora é que começo a pensar nas vantagens que esse gap year poderia ter para mim. Acho que ia aprender alemão; talvez fosse matar saudades de Londres e também do meu irmão; mas, muito provavelmente, ia dar o nó na ponta solta que mais me dói: a matemática.

É verdade que eu lido muito mal com a frustração e há um recanto vazio em mim por ter deixado a matemática de lado. Sinto que investiram tanto em mim sem pedir nada em troca, que acreditaram na minha pessoa e que me atribuíram capacidades que só muito, muito tarde vim a descobrir que tinha... e no dia em que eu passei do 8 ao 80 (ou, como quem diz, de tirar um 6 ou um 7 a matemática, passar a tirar 17), abandono o curso de ciências.

Passou mais de um ano que isto aconteceu: na altura, senti um certo alívio por me livrar daquele fardo que, embora soubesse que conseguia ultrapassar, me estava a cansar demasiado; no entanto, à medida que o tempo foi passado, o cansaço foi dando lugar a um sentimento de "vingança", a uma necessidade de não deixar as coisas a meio, de provar a mim e aos outros que era capaz, de que apesar de ter ido "para o lugar dos burros", eu sou tudo menos isso.

Da mesma forma que nunca devemos dizer nunca, acho que também não nos podemos certificar em ter muitas certezas: mas se pudesse arriscar, diria que enquanto este fardo não me abandonar, eu não descanso. Ainda vou acabar licenciada e a estudar matemática de 11º ano nos tempos livres. Há malucos para tudo.

09
Fev12

Da merd* do teste intermédio

Era bastante mais díficil do que todos os outros que fiz. Estou de consciência tranquila por um lado, porque sei que trabalhei para estar preparada - e estaria preparada, se me saísse um teste como os dos anos anteriores. O teste era maior (com mais exercícios de desenvolvimento) e complexo (estou para ver a opinião da minha professora de matemática, por acaso..) Ainda não falei com ninguém a quem o teste tenha corrido bem (e eu tenho uns quantos crânios na minha turma).

Principalmente agora, depois de ver a correcão, estou perfeitamente ciente que a positiva é impensável. Enfim, é mais uma para a coleção.

É triste, por um lado: tive uma série de vitórias interiores ao longo destes dias (sendo que fazer os "mostra que"'s foi a maior delas), e estava confiante que este teste me iria correr melhor e que finalmente conseguiria adquirir alguma vontade de fazer mais e melhor a matemática.

Eu tentei. Agora vou só ali lixar o Nuno Crato (e, já agora, dizer-lhe que se os exames tiverem este nível de díficuldade, lhe tiro a tosse) e já volto.

02
Fev12

Das coisas que (nunca) se aprendem

Há coisas que eu acho que nunca irei conseguir aprender... tal como trigonometria e a gramática portuguesa.

Não vale a pena estudar à última da hora e rever as últimas coisinhas: não há últimas coisinhas, porque nunca entra nada. Uma coisa é certa: antes dos testes de português, lá vou eu ver as funções sintácticas (em vão) e as orações (em vão, obviamente). Chego ao teste, e dependendo da sua estrutura - escolhas múltiplas é olhar para o colega do lado; verdadeiros ou falsos é tentar rezar da maneira que sei, de forma a tentar de que aquilo que eu escrevo para lá faça algum sentido, para que a professora não perceba o quão má eu sou a gramática - lá me vou desenrascando da melhor maneira possível. No último teste tirei 19. Mas estou com um mau pressentimento em relação ao teste de amanhã.

Quanto à trigonometria, todos os meus miolos fritam, as minhas mãos suam, o meu pescoço começa a doer e os meus pés começam a mover-se de um lado para o outro do nervosismo. Nicles, nada, nicles. Aquilo que sei, não consigo aplicar. É provavelmente a razão da minha maior frustração e nervosismo neste momento.

 

Em dias bonitos e em que estou bem-disposta (tipo hoje), até digo a mim mesma "Carolina, tu vais conseguir aprender gramática". Já trigonometria nem por isso (nem nos dias bonitos e de boa disposição me deixa de apetecer rasgar aquela merd* toda, o que é uma pena).

 

(e sim, eu falo a sério quando digo que dentro em breve vou perceber alguma coisa de gramática. dêem-me tempo. e uma boa dose de paciência.)

11
Jan12

Do teste

O teste... fez-se. Estar sozinha foi bom. Tinha uma sala só para mim, podia fazer e dizer os meus raciocínos em voz alta (entretanto, podia também repreender-me em voz alta).

No entanto, ficaram na mesma exercícios por fazer, uma insatisfação interior e... um desânimo geral. Já sei; calma, calma, muita calma. Mas hoje não estou nos meus dias.

10
Jan12

Wish me luck

Amanhã tenho teste de matemática, e vou faze-lo sozinha, numa sala aparte, por sugestão da psicóloga.

Ao longo dos tempos desenvolvi um bloqueio, que só não actua quando estou sozinha. Hoje em dia, com a matéria actualizada e a perceber alguma coisa daquilo, faço exercícios em casa com algum à vontade. Tive explicações e trabalhei - e trabalho - para o conseguir. Ainda assim, na presença de alguém que julgo ter expectativas sobre mim, bloqueio nas coisas mais básicas. No teste, com a professora a fazer [alguma] pressão sobre os alunos, ou na explicação, com a explicadora a olhar para o que estou a fazer, não consigo desenvolver algo tão simples como uma equação. Digo o raciocínio, oralmente, e não o consigo passar para o papel.

E pronto, vamos lá ver o que sai dali amanhã. Não vou dizer a minha típica frase "medo, muito medo". Hoje estou mais numa de "esperança, muita esperança".

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