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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

22
Dez17

Uma loja de porta aberta 1#

The Feeting Room, onde a moda se saboreia lentamente

 

No início eram os sapatos. Depois o caminho do lifestyle começou a falar mais alto e apareceram as roupas, as revistas, as esculturas, as pinturas e o estacionário: tudo o que um cliente precisa para se vestir, de cima a baixo, e ainda levar na bagagem algumas experiências, cultura ou até o estômago quente forrado com um café.

O papel do The Feeting Room é mesmo esse: ser tudo um pouco e reinventar o conceito de retalho. “A inovação não está só no produto mas também no modelo de negócio”, diz Guilherme Oliveira que, em conjunto com Edgar Ferreira, forma a dupla que fundou e gere o projecto.

“Percebemos que havia uma lacuna nas marcas portuguesas: existem muitos produtores de qualidade que não chegam sequer ao mercado português ou não estavam disseminados”, explica Guilherme que quis, com o seu sócio, “criar uma plataforma não só de venda mas também de promoção das marcas”. O The Feeting Room vê-se por isso como uma incubadora e curadora de projetos, com quem desenvolve eventos, ajuda na comunicação e, acima de tudo, proporciona a oportunidade de estar em dois sítios premium: no Largo dos Lóios, Porto, e no Chiado, em Lisboa.

São muitas as marcas diferenciadoras que recheiam ambos os espaços, capazes de satisfazer os gostos de uma ampla plateia de clientes. A ideia baseia-se na co-criação de valor: “há um co-branding positivo entre todas, que se entreajudam a vender muito mais. Não se canibalizam – potenciam-se”, afirma Guilherme.

Uma boa relação qualidade-preço, a intemporalidade e qualidade das peças e a história dos projetos são pontos essenciais para figurar nestes espaços: “no retalho tradicional, o sumo e a identidade da marca acabava por se perder no processo dos intermediários e aqui não”, afirma Edgar, explicando que os funcionários têm formação sobre as marcas de forma a manter vivo o seu ADN. Por isso é que “tu cá, tu lá” é, provavelmente, a forma certa de descrever a relação do The Feeting Room com os seus parceiros, deixando também para trás a relação de distância do comércio tradicional: “temos um contacto direto com eles, damos um feedback de rentabilidade, de coolness e de feeting”, revela Edgar Ferreira.

Apesar do frenesim da moda, do movimento constante nas ruas e da procura incessante de novas marcas e novidades, no The Feeting Room as coisas querem-se slow: quer seja pelos momentos no The Coffe Room – um spinoff da própria loja portuense, que tem no seu piso superior um espaço de café onde os clientes podem desfrutar do espaço, enquanto conversam ou lêem uma revista –, quer pela filosofia inerte às roupas que vendem (onde o slow fashion já tomou lugar) ou até pela organização do espaço, feita de forma espaçosa e ordenada, sem apertos ou o caos instalado. Tudo sem pressas, enquanto se respira e absorve moda, enquanto o mundo continua a correr lá fora.

 

The-Feeting-Room.jpg

21
Dez17

Uma loja de porta aberta (ou "o tipo de artigos que gosto mesmo de escrever", ou ainda "o início de uma nova rubrica")

Uma das coisas que mais gosto de ler são revistas ou artigos recheados de sugestões e produtos. Adoro conhecer novos gadgets, marcas novas, roupas giras, ideias inovadoras – não meramente os seus preços, como aparece nas revistas de moda, mas o que está por detrás de tudo aquilo. Há quase sempre boas histórias e boas justificações escondidas atrás das boas ideias, de bons produtos, de bons projetos e de bons espaços e conhece-las é um dos meus maiores hobbies.

Acho que a única forma de ser feliz no jornalismo era a fazer isto: dar a conhecer projetos, start-ups, empresas e ideias inspiradoras, fazendo inspirar os outros. É um modelo que me atrai e, se também gostam, aconselho vivamente a que comprem o Observador Lifestyle – que para além de estar graficamente incrível e de ser feita por aquele que é, para mim, o melhor jornal online deste país, foi quem me deu a ideia para este texto, que não é bem um texto, mas o início de uma rubrica.

Já foram várias as pessoas que me pediram para mostrar algumas coisas que eu escrevo no âmbito do meu trabalho. Eu nunca mostrei (com uma exceção, se a memória não me falha) não por ter vergonha ou por não querer que vejam, mas por achar que muito daquilo que escrevo e faço não tem interesse para um público “comum”; para além disso, a maioria dos caracteres que saem das minhas mãos são notícias breves e internacionais que já leram em tantos outros sites, que em nada denotam a minha capacidade ou estilo de escrita.

Mas ao folhear essa revista do Observador lembrei-me que há uma rubrica do jornal onde trabalho, que está sempre a meu cargo, que talvez alguns de vós possam gostar de ler. Por ser um bocadinho ao estilo daquilo que falava acima – dar a conhecer projetos bonitos – é talvez o meu espaço preferido no jornal, onde posso ser mais “eu” enquanto escrevo, trazendo sempre conteúdos exclusivos, porque vou sempre conhecer os sítios e falar com os seus proprietários. Trata-se de um espaço onde eu dou a conhecer lojas diferentes – maioritariamente localizadas no Porto -, contando a sua história e um bocadinho do que se pode encontrar lá. Assim matam um bocadinho e a curiosidade e eu tenho a hipótese de ter algum feedback, coisa que normalmente não obtenho com facilidade. Parece-vos bem? Em breve mostro o primeiro texto.

(Até lá, vão comprar a revista do Observador antes que esgote.)

 

DSC_0513.JPG

03
Out16

Uma mochila "pequenina" às bolinhas azuis*

Cruzeiro_TlmMae-46.jpg

 

mochila.JPG

 

 

Não sei se repararam que em todas as fotos que partilhei sobre o cruzeiro havia sempre dois denominadores comuns: primeiro as sapatilhas, sobre as quais já falei aqui e segundo, a minha mochila das bolinhas. Muitas vezes não se nota muito bem, só mesmo ao nível dos ombros, até porque não tenho nenhuma foto absolutamente espetacular onde ela se veja mesmo bem, mas a verdade é que merece a menção honrosa: foi uma companheira incondicional em todas as viagens que fiz nos últimos meses e valeu cada cêntimo que paguei por ela. É a prova de que os amores à primeira vista também podem ser bons investimentos.

Comprei-a no aeroporto de Londres, da segunda vez que tentei apanhar o avião (se bem se lembram, perdi o primeiro - e a correria foi tanta que nem tive tempo para deitar o olho a nada). Dessa vez fomos com tamanha antecedência que deu para correr as lojas todas - e dei de caras com uma que nunca tinha entrado ou ouvido falar, chamada Cath Kidston. Tudo o que posso dizer é que é a loja mais gira, amorosa e fofa de todo o sempre. Trazia-a toda comigo. Malas, carteiras, bolsinhas, porta-moedas, coisinhas de bebé - tudo lindo, amoroso e de aparente boa qualidade (e, para Londres, até bastante em conta).

Tinha acabado de correr Londres com uma mini-carteira de um só ombro, o que não se tinha revelado nada prático - gosto sempre de andar prevenida com uma peça de fruta, um casaco e a máquina fotográfica (e, normalmente, uma objetiva extra), para além de todas as coisas do costume como o porta-moedas, pelo que tinha sempre de abdicar de alguma coisa para conseguir meter tudo na mala. Quando, no aeroporto, dei de caras com esta mochila, o meu coração ficou logo ali. Adoro bolinhas, adoro azul, adoro o corte da mochila. Por a caso estava a precisar de uma, até tinha andado a namorar umas Fjallraven Kanken (uma mochilas finlandesas, que conheci pela minha cunhada, que tem duas) em Oxford, mas achei-as demasiado caras e adiei a compra para outras núpcias. Esta tem um formato até semelhante, com o fecho na borda, virado para a frente (exatamente como queria!) mas com a vantagem de ser mais feminina, arredondada e de ter umas alças com mais suporte. Por outras palavras, é perfeita.

Tem um acabamento impermeável, óptima para todos os tipos de tempo, e uma divisória na parte de trás, onde dá para colocar o computador ou documentos. Tem imenso espaço para todas as tralhas com que gosto de andar e assim adquiriu o estatuto de companheira de viagem mais-que-perfeita, para qualquer lado que vá - para o outro lado do mundo, para o Gerês, para um hotel de 5 estrelas ou para o campismo. 

Vale a pena conhecer a Cath Kidston. Não tem loja em Portugal, mas tem loja online. Dêem uma espreitadela e fiquem a babar. Eu posso garantir que da próxima vez que puser os pés em terras de sua majestade vou diretamente a uma destas lojas desgraçar parte do meu recém adquirido salário.

 

*trocadilho fracassado com a música "Bikini pequenino às bolinhas amarelas"...

13
Out14

Já fui à nova Primark

Esqueci-me de dizer que, no meio desta confusão toda, já fui à Primark. É verdade. Até me apetece andar com umas camisolas à Rock in Rio a dizer "EU FUI!", tendo em conta que isso implica uma grande vitória da minha parte.

Ou não, que estou a exagerar e acho que esta nova primark que abriu é bem mais pacífica que a do Parque Nascente. Das duas vezes que lá fui - sim, duas, mas a primeira foi logo três dias depois da abertura, onde passei só para ver o ambiente porque tinha sessão de cinema logo a seguir - estava tudo relativamente calmo (embora estivessem sempre alguns polícias lá especados à porta). Na vez seguinte fui de manhã, lá pelas onze horas, e quando saí, aí sim, já estava a entrar um batalhão de gente pela loja fora.

O que tenho a dizer não é muito: comprei uma camisa, um básico preto (para experimentar a qualidade e ver se vale a pena comprar mais) e velas. Até agora, as velas estão a ser o melhor de tudo isso - cheiram bem, ardem pouco e são muito bonitas. Para além da quantidade (e qualidade) de gente que aquela loja tem, há um outro problema: as coisas mais giras são também as mais marcantes. Tudo o que é coisas estampadas, diferentes, casacões... são giros, mas muito identificativos. E eu sempre aqui contei o meu truque: tudo o que é básicos, podem até ser da feira (e são - aliás, os melhores básicos que tenho são mesmo da feira); peças marcantes é onde invisto, para poder marcar a diferença. 

Em suma, não está tudo tão mau como pensava. A loja é grande, tem muitas caixas, despacha rápido, e ainda não tive grande drama com estacionamentos no centro comercial ou com gente a mais por metro quadrado sem ser fora da loja (também tenho evitado fins-de-semana, e vou evitar ao máximo na altura do Natal). Prometem-se mais visitas. Quanto mais não seja para trazer um daqueles pijamas fofinhos ou aquelas velas. Ai, as velas! <3

15
Set14

Um post a pedido da sociedade

Devo admitir que quase nunca - ou mesmo nunca - fiz um post pela razão por que vou escrever este. Basicamente, e de forma indireta, foi a sociedade que mo pediu. Como, perguntam vós e de que raio estou eu a falar?

Então é assim: se bem se lembram, há uns meses escrevi que tinhamos apenas uns dias para ir ao NorteShopping em paz e sossego, sendo que a Primark iria abrir dali a dias. O anúncio desta nova mega loja no centro comercial já foi lançado há muito mas, não percebo bem porquê, atrasou-se imenso e foram faladas várias datas para abertura, todas meias vagas e indecisas. A data que eu aqui tinha falado acabou por não ser real mas a verdade é que, através das estatísticas do sapo, pude observar que a maior parte das pessoas que vêem parar ao meu blog através do google não é pelo nome do meu blog que procuram. Nem pelo meu nome. Nem sobre coisas que eu falo mais recorrentemente, como livros. É sobre quê, então? A abertura da primark; os termos de pesquisa mais comuns para o meu blog são "primark norteshopping", "primark norteshopping quando abre", "primark norteshopping abertura", "quando abre primark norteshopping"

Sendo assim, sinto-me no dever de informar os meus (in)fiéis seguidores (tendo em conta que as visitas que aqui vêem com esse propósito não encontravam, obviamente, a informação certa que desejavam e punham-se logo a léguas virtuais) que a Primark no NorteShopping abre amanhã, às 11 horas da manhã! Vai ser Natal outra vez, mas agora a meio do ano! Gente, e gente, e gente a correr para o centro comercial, e eu cá continuo na minha que, nos primeiros meses, não se vai poder pôr lá os pés. Já tratei de comprar aquilo que precisava mais urgentemente para não ter de me enfiar numa maré de gente (também conhecida como inferno).

E pronto, fico assim de consciência limpa. Já fiz a boa ação do dia. 

26
Jun14

50 euros na primark

Já andava para ir à Primark (ou fazer a minha terceira tentativa) há algum tempo. A verdade é que o segundo semestre foi demasiado atarefado para poder ir de manhã a algum sítio - ou tinha de acordar cedo, ou tinha de estudar, ou tinha um trabalho marcado ou estava demasiado cansada para me levantar e queria aproveitar o tempo para descansar mais um pouco. Pois que, para celebrar este início de férias, fiz-me ao caminho e lá fui eu ao Parque Nascente. Segui os conselhos todos que me deram aqui: ir de manhã, pela fresca; ver a roupa de desporto, que é impecável e pijamas.

A minha ideia era pegar em 50 euros e comprar o que conseguisse só com esse valor, sem gastar nem mais um cêntimo. Posso dizer que o cumpri, mas gastei pouco mais de metade do que tinha no bolso (o que, para uma mulher, é estranho - porque aquilo que disponibilizamos, gastamos: mas, no que diz respeito a compras, não sou o típico protótipo de mulher). Porque a verdade é que eu não consigo ver nada ali, mesmo sendo de manhã, mesmo estando tudo arrumadinho: são demasiadas tralhas, tudo muito junto, tudo muito misturado. Normalmente tenho uma boa visão das peças, mesmo que na cruzeta não fiquem bem: sou capaz de as imaginar vestidas e isso faz com que traga peças para casa que muito boa gente não pega, mas lá nem isso consigo fazer porque sinto-me "apertada", não tenho o espaço necessário. Para além do mais, vi uma ou duas peças que gostei mas que eram demasiado icónicas e identificativas - e eu, neste tipo de lojas, gosto de comprar peças mais básicas, giras mas que não chamem muito à atenção, que é para se alguém tiver uma igual não saltar logo assim à vista desarmada.

Resultado: duas t-shirts (uma que vou fazer um arranjinho), um saco de praia (fofinho que só ele) e uns auriculares daqueles que prendem por detrás da orelha, que já andava há procura há imenso tempo. Já não foi mau de todo. Prova superada (e ainda com euros no bolso).

28
Mar14

O pecado mora ao lado mas descarta-se rapidamente

Hoje ia cometendo um pecado. Fui atrás de umas calças a um shopping (as minhas calças preferidas rasgaram do uso, chorem comigo!), comprei-as, mas a minha mãe ainda quis dar umas voltas. Entramos na Zara e eu vi umas calças amarelas que me saltaram ao olho. Peguei nelas e disse à minha mãe: "eu vou experimentar, mas isto fica no segredo dos deuses, não podes contar a ninguém"

Seria a primeira peça da Zara que eu compraria em anos, mas ainda assim a minha consciência não estava limpa - porque eu critico e continuarei a criticar a política daquela loja, as suas peças e tudo o resto que possa criticar (sim, dá-me gozo, não o nego. Entretanto tive de fazer tempo, pois esperava o meu pai; quando ele chegou, perguntei-lhe se gostava das calças - disse que sim e começou a olhar para elas: o tecido, o acabamento e tudo mais. O tecido não era mau, mas odo acabamento não se podia dizer o mesmo: a bainha das calças estava picotada, as linhas desfeitas e mal cosidas (a costureira coseu aquilo mal mas pensou "oh, ninguém nota" e vai com calças meias descosidas para a loja), os orifícios dos botões a desfazerem-se. Ou se chorava da desgraça ou se ria do ridículo.

A verdade é que eu nem tinha olhado bem para as calças, já com medo do inevitável. Um dos bons desafios desta vida é ir a uma loja Zara e conseguir encontrar uma peça (UMA) que não tenha uma única linha puxada, por ali algures. Ou é na bainha das calças, ou é na costura lateral, ou é nos botões, ou... enfim! Inesgotável.

Como não podia deixar de ser, pousei a calça no sítio onde pertencia e vim embora, feliz da minha vida. Sem calças (da Zara, pelo menos), mas com a minha teoria de há anos mais validada do que nunca.

 

07
Mar14

Não tenho corpo de modelo

E sei disso porque, para o bem e para o mal, tenho espelhos em casa. Eu tenho umas ancas pronunciadas (não, os bikinis de lacinhos não me ficam bem); eu tenho as coxas gordinhas (não, as calças normalmente não me ficam folgadas naquela zona); eu nunca poderei ter uma barriga lisinha, porque por muito que emagreça tenho uma caixa torácica demasiado cheia (e não sei explicar melhor isto); eu tenho a barriga das perna gordinha e, para ajudar, tenho um pé inchado e nessa perna o inchaço também se faz sentir. 

É claro que eu posso usar super skinny jeans, crop tops, bikinis de alcinhas, calças de cinturinha baixa, leggings apertadas e saias lápis. Posso. Mas fica-me tremendamente mal. No entanto, é tudo isso que encontro numa Zara, Bershka ou Pull&Bear. Eu vejo-me grega para arranjar umas calças que não me fiquem justíssimas nas pernas, porque hoje em dia todas as calças acabam com uma largura pequeníssima; eu passeio-me nas lojas e vejo dezenas de camisolas curtíssimas em que parece que lhes falta metade do tecido; eu não consigo, pura e simplesmente, arranjar saias para o meu tipo de corpo (e, curiosamente, a única que gosto e tenho foi comprada em Inglaterra). E sou uma aberração? Não, não sou. Se sou a pessoa mais magra do mundo, um modelito para qualquer uma? Também não, mas garanto que há muita gente igual a mim.

E o que eu chamo a toda esta massificação de roupa curta, apertada e que pretende mostrar as formas e mais pele possível de todas as raparigas é: pressão. Pressão. As roupas não falam, mas é como se o fizessem. Diz a saia lápis para mim: "mas tu já viste essas ancas, que horror, vê mas é se perdes esse pneu aí de lado". Dizem-me as calças apertadas: "e essa barriga da perna? Mal caibo aí dentro, vê se mazé fazes dieta e mexes o rabo até ao ginásio". Por fim, fiz-me o crop top: "ahahahahah, querias usar-me, não é? Sou gira, certo? Mas não é para ti, claramente, com essa barriga saliente"

Pois, eu não sou uma aberração, não sou modelo, e felizmente tenho a capacidade de conseguir ignorar este "ruído silencioso". As lojas de roupa querem dizer-me - mais do que como me vestir - como é que eu e o meu corpo devemos ser. E eu odeio, odeio esta pressão ridicula. E não me admiro nada, nada, nada que tanta gente se sinta mal com os seus corpos (mesmo que não tenham nada de mal ou exagerado) e que daí advenham problemas bem mais graves. Porque ninguém gosta de ver a roupa justa ou comprar um número acima do que realmente é. 

06
Mar14

Restam-vos nove dias para ir ao norteshopping

E despedirem-se das vossas lojas favoritas. Façam compras, gastem o dinheiro que com certeza não vão gastar lá no resto do ano, vão dar um beijinho às vossas lojistas favoritas. Nove dias.

Sim, porque daqui a pouco mais de uma semana abre a Primark no NorteShopping. E a menos que queiram ser abalroados, atropelados e que queiram entrar numa luta por um lugar no parque de estacionamento, o melhor é ficarem em casa ou arranjarem outro shopping favorito. Para sempre, porque a primeira semana vai ser a loucura, mas no resto dos dias não vai estar muito melhor, tendo em conta que a Primark tem preço de saldos o ano inteiro (e toda a gente sabe como é que fica aquele shopping em tempo de saldos ou Natal).

Porque uma pessoa pode estar aqui a brincar, mas a verdade é que o NorteShopping não tem condições para albergar uma loja daquelas. Apesar de ser o shopping com mais gente (independentemente dos mil e um concorrentes que surjam), é também dos mais pequenos e onde uma loja destas vai trazer mais pessoas do que ele aguenta; num dia normal, por exemplo, arranja-se estacionamento no parque, mas é provavel que ainda se tenha de dar umas voltinhas e os lugares não são assim tão abundantes - com uma Primark e toda a loucura a ela associada vai ficar muito pior (e impossível).  E eu posso estar a precipitar-me, mas não creio. Aquele era o meu shopping preferido, o mais perto, o mais prático. E tenho para mim que me vou mudar de malas e bagagens para o MarShopping (esse sim, com condições para albergar uma loja destas). 

Adeus NorteShopping. Foi bom conhecer-te. Vemo-nos quando estiver num bom dia e quiser pôr os pés no inferno.

29
Dez13

Eu e a decoração...

Como disse, eu tenho uma certa queda para algumas áreas das artes. Seria impensável seguir esta área (também já me chegam de áreas para onde ir, valha-me!), porque sou um desastre a tudo o que diz respeito a desenho, pintura e essas coisas, mas sempre me interessei por decoração, por exemplo; sempre adorei conjugar cores, objectos e ver como funcionavam melhor no mesmo local; desde cedo que também me aventurei no mundo das bijutarias, nos colares, nas pulseiras, nos brincos e posso dizer que houve uma fase em que não me saí nada mal; também passei uma fase em que decidi comprar uma mini máquina de costura e, com os tecidos que tinha aqui em casa, andava com malas super simples feitas por mim e a minha amiga máquina; já do lado mais técnico, sempre tive uma óptima visão a três dimensões e a única vez que arranquei um 5 a Educação Visual foi quando tínhamos de fazer a planificação de qualquer objeto de três dimensões, passando-o para o papel.

Mas enfim, a decoração sempre foi a minha paixão maior. Muito por culpa dos Sims, diria eu - é melhor eu não dizer quantas horas da minha vida é que eu perdi a jogar aquele jogo, porque provavelmente ficariam escandalizados. Eu passava horas, horas, e mais horas a jogar - dias seguidos, sem parar! Hoje o mesmo não acontece (às vezes lá mato saudades, mas são assim umas quatro vezes ao ano), mas o amor pela decoração mantém-se. Quando tive aquela ideia de pôr duas prateleiras no meu quarto até dei saltinhos de alegria por poder decorar mais alguma coisa só a meu gosto, como queria e como gostava.

Eu acho até que se ganhasse o euro-milhões gastava o dinheiro em IKEA's, Áreas, Lojas do Gato Preto e Casa's - ir a uma destas lojas é quase um acto de masoquismo para mim. Eu trazia tudo! Gosto tanto de todas aquelas peças, e começo logo a imagina-las em certos sítios, e de como ficaria bem com o papel de parede x que tinha visto num outro sítio e... enfim! Uma tentação. É pena ser tudo tão caro e eu, geralmente, vir de mãos vazias. Ainda assim, sempre que surge uma oportunidade, tau!, lá estou eu prontinha a trazer para casa tudo o que possa adornar mais um bocadinho o meu lar doce lar. 

O Natal deu-me uma bela desculpa para navegar por todas estas lojas e eu entreti-me a tirar fotos àquilo que poderia trazer prontamente para minha casa. Não a tudo, mas a coisas que ia vendo aqui e ali e até achava giras para prendas de natal, caso me faltassem as ideias. Partilho-as aqui, só porque gosto de decoração e não queria que estas peças ficassem perdidas e tristes algures no meu telemóvel. E, já agora, porque uma das peças está nesta momento em cima da minha estante (yesss), graças à minha mãe que ma deu num dia que me estava a correr para lá de mal (obrigada mummy!).

 

Quem não gosta destes globos de neve, especialmente no Natal? (Área)

 

E um destes jarrões já cá mora! Foi amor à primeira vista! (Área)

 

Adoro, amo de paixão esta nova moda das plaquinhas com frases. Trazia tu-di-nho! (Casa)

 

Coisinhas para pôr velas fazem sempre falta, certo? Mesmo quando não se tem velas! (Casa)

 

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