Entre Parêntesis

Foi há três anos. E, desde lá, tanta coisa mudou que eu nem consigo enumerar. Ainda assim, lembro-me como se fosse ontem da forma como a "Speechless" me arrepiou dos pés à cabeça. Momentos.

Gosto de comprar roupa e cuidar do meu estilo, mas não sou pessoa de me apaixonar por peças de roupa ou sapatos ou o que quer que seja. Quando acontece, é algo muito raro e suponho que são vipes que me dão (ou então, é algo mesmo lindo de morrer).

Já toda a gente sabe que sou fã de Lady Gaga; há uns meses atrás, quando ela começou a nova tour de concertos, uma série de produtos de merchandising foram mostrados ao público. Um deles foi uma camisola - ou um camisolão - pelo qual eu fiquei completamente doida. Olhei para ela e imaginei-a em mim e achei que me ficaria perfeita. Não era para me pavonear e dizer que sou fã dela - tal como não o faço com o Twilight, nao o faço em relação a mais nada - mas achei-a perfeita, mesmo não sendo nada do outro mundo.

Na altura não a comprei porque custava os olhos da cara - e ainda custa. Vou esperar mais um pouco, a ver se isto tende a descer. Mas, mesmo passado meses, ainda penso no raio da camisola. Isto para além de amor à primeira vista, foi uma paixão assolapada (*suspira*).

Porque se já aqui postei dezenas de músicas, não podia deixar de postar esta. Porque à medida que a ouço, acho cada vez mais que condiz comigo. É uma balada e é da Gaga. Está tudo dito.

Ontem estava com a minha mãe, no carro, e a "Edge of Glory" da Gaga estava a passar no rádio. Informei-a, portanto, que aquela música era da Gaga (sim, porque a minha mãe também é fã) e que a música era do novo álbum. Do "novo álbum". "Novo". E pensei no que tinha dito. É "novo", mas saiu há quase um ano. E eu ainda me lembro da primeira vez que ouvi a "Born this Way" e uma série de outras músicas que ela foi lançando em primeira mão. Meu deus, o tempo passa incrivelmente rápido e nós nem damos conta...

É engraçado como a minha "relação" com a Lady Gaga foi evoluindo.

Lembro-me das primeiras vezes que a ouvi, na altura ainda nos Morangos com Açúcar (a Poker Face e a Just Dance, se não me engano). Não achava grande piada. Aquele estilo de música pop não me chamava muito. Entretanto o tempo foi passando, fui tendo meia dúzia de discussões sobre e ela e queria falar com conhecimento de causa. Independente da música, sabia que aquela mulher era um fenómeno. Meio ano antes de ela vir a Portugal, já eu tinha os bilhetes na mão, garantindo o meu lugar no concerto.

E foi lá que eu virei uma real fã. Desde o momento em que ela entrou em palco que vi o quão genial aquela mulher é. Jurei a mim mesma que da próxima vez que ela cá viesse, eu também ia - sozinha, acompanhada, de carro ou comboio.

A partir daí, segui-a atentamente. E hoje em dia, ela e as músicas do novo álbum (principalmente, mas não só), são uma fonte de inspiração e força (exemplo bastante concreto: sempre que vou ao dentista, Lady Gaga está a tocar nos phones).

É, sem dúvida, uma das minhas artistas de eleição.

"I want you to let go of anyone or anything that’s ever made you feel like you don’t belong, or don’t fit in, I want you to regret any person that’s ever made you feel like your not good enough or thin enough, or pretty enough, or can’t sing well enough, or write well enough, or that your never be great in your life, you just remember, your a god damn superstar and you were born this way."

Há um ano estava eu preocupada com a hipótese de não ter companhia. Há um ano estava eu prestes a ir para a capital, ver um dos melhores concertos de sempre. Faz hoje um ano que fiz a viagem Porto-Lisboa ao som do CD da Lady Gaga; que esperei umas 3 horas em pé em pleno pavilhão atlântico para a poder ouvir; que ouvi a You and I pela primeira vez; que saltei e gritei sem parar; e que cheguei ao hotel depois de uma descarga de adrenalina tal, que quando me vi na cama toda eu era cansaço.

Afirmei e continuo a afirmar que foi um dos melhores dias daquele ano. E sei que para o próximo concerto eu estou lá, com as letras das músicas todas na ponta da língua e pronta a gritar "Lady Gaga" a qualquer momento.

Devo admitir que me cansei das calças de ganga. Andei anos e anos a vestir única e exclusivamente este tipo de calças e acho que diversificar não faz mal a ninguém. Não tenho culpa que noventa e oito por cento da escola use jeans - é com elas; eu apoio.

Mas a mim apetece-me andar com calças camel ou verde escuras... e agora? Apetece-me combinar a roupa da forma que gosto. Ando "com cores estranhas"? Enfim, não se pode agradar a gregos e a troianos,. E como neste caso a personagem principal sou eu, sigo-me pelos meus gostos e aquilo que me apetece usar.

Se não gostam, olhem para o lado que de certeza estará alguém com ganga vestida.

Na Fox Life.

Há uma semana atrás, durante o caminho para casa, a minha sobrinha não se calou durante um segundo. Trauteou durante todo o caminho a Bad Romance, da Lady Gaga.

Chegadas a casa, obrigou-me a dar-lhe banho com as músicas da Gaga a passarem como som de fundo.

"Que músicas puseste?" - perguntou-me.

"Pus a Bad Romance, a Poker Face e a Papparazzi..". Entusiasmou-se. A Poker Face é a sua preferida.

Já com o banho tomado e a roupa vestida, disse-lhe para ir para a sala ver televisão.

"Deixa-me só acabar de ouvir esta música!!", pediu-me, entusiasticamente, dançando em cima da cama.