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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

19
Dez17

A praga dos jantares de Natal (ou a desilusão com os britânicos)

No último fim-de-semana estive duas noites em Inglaterra, onde fui buscar um dos meus sobrinhos para vir passar o Natal connosco. Já lá tinha ido uma vez em Novembro, mas nunca tão perto do Natal, o que me permitiu chegar a uma conclusão: se acham que marcar uma mesa em Portugal por esta altura do ano é um filme, nem vos passa o que acontece em Inglaterra. Eles são maluquinhos por jantares de grupo natalícios!

Não estou a gozar quando digo que achei mesmo que não ia conseguir jantar. Éramos quatro e fomos entrando em todos os restaurantes que vimos à procura de mesa. Um. Dois. Três. Quatro. Nada. “Fully booked, I’m sorry”. Estava tudo a abarrotar pelas costuras e eu a ver que iamos acabar no Domino’s para ir buscar uma pizza e comer no hotel. Por sorte, acabamos por entrar num restaurante italiano que tinha uma mesinha onde nos conseguimos encaixar, engolindo algo o mais rapidamente possível, para fugir daquele barulho infernal mal pudemos.

Porque para além de cheios de gente e cheios de barulho, os restaurantes estão cheios visualmente. Eles vestem-se a rigor! E não falo só daqueles corninhos de renas que nós pomos por brincadeira ou daqueles óculos com uns pais-natal: são mesmo fatiotas, de alto a baixo, com direitinho a sapatinho de vela vermelho e tudo. Fatos de Pai Natal, tuxedos pintados nataliciamente, camisolas de malha com desenhos de pinheirinhos, flocos e bonecos de neve, gingerbreads, bengalinhas e tudo o que mais têm direito... Isto para não falar das coroas de papel que toda a gente usa, por saírem sempre em forma de brinde nos típicos crackers - que, para quem não conhece, são uns “rebuçados” feitos em papel com uns brindes lá dentro, que fazem “crack” quando se abrem. Enfim, uma festa!

Isto para não falar dos bêbados. O meu quarto de hotel ficava no sexto andar e às tantas da manhã eu ainda ouvia gritos, risos e garrafas a cair no chão - cujos vestígios, partidos em mil pedacinhos, ainda se notavam bem na manhã seguinte. Já me tinha apercebido disto, mas a cultura de cair-para-o-lado-de-tanto-beber ainda está mais implementada lá do que cá, o que é absolutamente decrépito. No restaurante onde ficamos, um rapaz caiu para o lado em cima da mesa e um dos amigos puxou-o de tal forma que ele varreu os pratos e os copos cheios de cerveja para o chão, qual cenário de filme. A melhor parte? Deixaram-no ficar ali, caído, enquanto foram fazer qualquer coisa - nem um ficou lá! - e, quando voltaram, passaram por cima dos vidros, da cerveja e das pizzas como se um tapete de pétalas de rosa se tratasse.

E eu adoro Inglaterra, sempre disse que se um dia tivesse de emigrar era para lá que iria e, confesso, durante alguns anos o meu homem idílico era um rapaz com british accent - lembram-se daquela velha máxima "don't worry if you're single, God is saving you for a British boy"? - mas, de cada vez que lá ponho os pés, sinto-me mais distante daquele estilo de vida. Adoro as cidades (isto que vos conto foi em Bristol, a sul de Londres) mas a forma de estar de quem lá vive não coincide com a minha - ou, pelo menos, com aquilo que pensava dos ingleses. Talvez fosse uma ideia irrealista. Talvez seja eu que estou mais intransigente a cada dia que passa. Ou então talvez seja apenas a época natalícia a dar com toda a gente em doida. Tudo é relativo: até a praga dos jantares de Natal, para os quais nunca mais vou olhar da mesma forma depois desta experiência. Aqui em Portugal somos uns autênticos meninos.

10
Mai16

3 dias em Londres (+ 1)

Já há 9 anos que não ia a Londres. Fui lá quando nasceu o meu primeiro sobrinho inglês, depois de o ter visitado em Bristol, e apenas fiquei três dias. Lembro-me relativamente pouco dessa viagem - sei que da primeira vez que vi a cidade no táxi que me levou do aeroporto para o centro de Londres, uma sensação de tristeza e desilusão me invadiu perante todo o cinzento que via à minha volta e que a cidade me transmitiu. Na altura, esperava outra coisa - e apesar de ter gostado da viagem, aquele "baque" inicial permaneceu comigo.

Curiosamente, apesar disto ter acontecido e de Londres não ter sido um amor à primeira vista, foi a cidade que mais saudades me deixou. Mal voltei a Portugal, quis voltar a Inglaterra. E sempre soube que se um dia fosse de erasmus ou tivesse de ir trabalhar para fora, este seria o meu destino de eleição (mesmo com o tempo horroroso que eles lá têm, que sei que me deixaria um tanto ao quanto deprimida).

E embora a vontade de lá voltar tenha sido imediata, isso só aconteceu este fim-de-semana - e, e propósito para me contrariar no que ao mau tempo diz respeito, S. Pedro deu-me um condições meteorológicas dignas de um país tropical. Cheguei a apanhar 27º, debaixo de um sol potentíssimo, enquanto que aqui em Portugal chovia "cats and dogs", como eles dizem. Nesse aspeto não podia ter sido mais perfeito - em todos os outros, podia ter-se dado um jeitinho. 

O meu pai deixou o tablet no avião à ida para lá e, à vinda (como já devem ter visto nas minhas redes sociais), perdemos o avião graças a uma sucessão de atrasos inacreditáveis. Na altura não teve piada, mas hoje acho interessante olhar para trás e perceber a cadeia de acontecimentos: o almoço demorou uma eternidade a chegar e, quando saímos, demos de caras com a estação de metro mais próxima fechada, pelo que tivemos de fazer uma caminhada de 15 minutos até à mais seguinte; a linha de metro onde entramos tinha uma bifurcação e, para nosso azar e desinformação, seguiu para o lado que não queríamos - tivemos de voltar para trás uma paragem para podermos de novo seguir caminho; o comboio expresso para o aeroporto parou a meio do percurso, o que resultou num atraso de mais de meia hora; o sítio onde tínhamos de apanhar o avião era na área norte do aeroporto, por isso ainda tivemos de apanhar um shuttle para nos levar da parte sul para a parte norte; na segurança a minha mãe esqueceu-se de tirar os líquidos para fora e o meu pai a lâmina de barbear (que normalmente não é preciso tirar, mas que em Londres sim) - tiveram de esperar que as malas fossem revistadas e, mais uma vez para nosso azar, havia mais malas a serem paradas do que a andar. Por fim, quando chegamos à área das partidas, já o nosso avião não se encontrava no quadro.

Poupo-vos a todos os procedimentos que envolvem a saída de um aeroporto pelo sítio que não era suposto. Resta-me dizer que levei aquilo com descontracção e com a certeza de ter mais uma experiência nova na bagagem, que nem toda a gente se pode gabar - lembrei-me muitas vezes da sorte que tenha em não ter um trabalho onde me despedissem por faltar e por ter capacidade financeira para poder passar mais uma noite na capital inglesa e para comprar outro vôo de volta a casa sem ter preocupações de maior. O nosso grupo de "retornados" era de 15 pessoas, todos com vôos da EasyJet que partiram por volta daquela hora e que, presumo, também foram afetados pelo atraso do comboio maldito - e alguns deles não estavam claramente na nossa situação. Para mim, já que aquilo tinha acontecido, já só queria aproveitar as horas restantes que Londres tinha para me oferecer. E assim fiz. 

Apesar de todos os percalços e peripécias - que, pelos vistos, é uma espécie de "sina" minha, porque nunca escapo a estas coisas - foi muito bom voltar a Londres. E é engraçado pensar como a minha percepção da cidade mudou, desde há 9 anos para cá - já não a vejo como a cidade cinzenta e triste que me lembro, mas carregada de histórias para contar e pessoas para me mostrar; e até uma luminosidade incrível, que sei que pode não corresponder totalmente à realidade, mas que está marcada na minha memória.Não me perguntem como nem porquê, mas sinto que esta cidade faz parte de mim; sinto que flutuo nela, que tudo me é natural lá. Adapto-me bem em Inglaterra - sei que muito por culpa da língua, que não forma nenhuma barreira para mim - e pretendo voltar em breve. Voltar sozinha é uma possibilidade que está em cima da mesa, uma vez que é uma experiência que quero muito ter e que sinto que seria perfeita em Londres.

Restam-me as boas memórias, as compras que fiz (posso mostrar, se quiserem - porque embora tenha ido com a mala vazia, veio bem mais carregada...) e, claro, as fotos! Os nossos roteiros não saíram muito dos turísticos e, desta vez, não visitei museus. Passei por Oxford Street, fui ver o Mamma Mia ao Novello Theater, fui a Leicester Square, ao Palácio de Buckingham, a Camden Town e Chalk Farm, a Picadilly Circus e à loja dos M&M's e tirei umas fotos em cima do Tamisa e com vista para o Big Ben e para o London Eye. Ah, e já que o meu hotel ficava mesmo colado a King's Cross, fui (demasiadas vezes) à loja do Harry Potter - não tirei foto à entrada da Plataform 9 3/4 porque as filas eram verdadeiramente intermináveis - mas a vontade de ir ao museu do HP aguçou-se ainda mais e está definitivamente no próximo plano de viagem.

Já fiquei com saudades. Começo a achar que Londres detém mesmo uma parte de mim.

 

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07
Mai16

Precisava de espairecer...

 

Por isso fugi para Londres este fim-de-semana (ou, se preferirem uma versão alternativa e pouco comum, fugi para o calor). Hoje esteve um dia quente, em que aparentemente todos saíram à rua para aproveitar os raios de sol. Trouxe a mala mais vazia de sempre, na expectativa de vir cheia de coisas que não encontro em Portugal - materiais e imateriais. E sim: roupa e paz de espírito encontram-se na lista.

Até já!

30
Jan15

Verbo do dia: engordar

O que tenho feito em Bristol? Engordar. 

Há uma coisa que eu adoro em Inglaterra e é a pior coisa possível para dietas: padarias! Não sei se sempre tive sorte (ou devo chamar-lhe azar?), se é o meu irmão que as escolhe a dedo, mas têm pão maravilhoso. Aqueles pães grandes, estilo pão alentejano, de comer e chorar por mais! 

Por outro lado, esta deve ser a casa em toda a Inglaterra - e talvez do mundo - em que mais se consome manteiga. Há sempre manteiga, prontinha a ser consumida, logo aqui em cima da mesa. E a juntar com aquele pão de bradar aos céus... significa quilos de torradas comidos num só dia. Receio que as três semanas da minha dura dieta (que já tinham surtido resultados vários e tão positivos) se tenham arruinado num só dia nesta casa do demónio. Aqui não há os meus iogurtes do continente, não há a maça cozida que já tenho previamente pronta em momentos de desespero, não há a sopa a que estou habituada nem as gelatinas que não engordam. E o que há? PÃO COM MANTEIGA!

Para piorar a coisa, só pus o nariz fora de casa para sacudir a toalha da mesa (porquê? porque tinha migalhas do pão com manteiga!). De resto, vagueei simplesmente entre a mesa, o sofá e a cozinha. Não saímos de casa, sequer. Hoje foi só para ver o menino, adorar o menino, tirar fotos ao menino, dar colo ao menino, encher de beijos o menino. Basicamente, tirar a barriga de misérias de bebés recém-nascidos, essa espécie adorável que eu adoro de coração.

Mas enfim, tenho de parar. A continuar assim, domingo não entro na porta do avião.

30
Jan15

As peripécias das minhas viagens ou como é bom ver o nosso sexto sobrinho pela primeira vez

Estou em Inglaterra, gente minha! Aterrei ontem à tarde, enquanto a neve caía (omg!, vi nevar pela primeira vez!), para visitar o mais recente rebento da família que nasceu na quarta-feira. É lindo, moreninho (ao contrário do irmão que é loirinho) e super perfeitinho, com aquele cheiro a bebé delicioso que lhes é tão característico. Já tirei a barriga de misérias e já passei horas com ele ao colinho, a embalo-lo e a dar-lhe quilos de mimo.

Mas antes disso tive que cá chegar - e não foi bonito. Já percebi que, a menos que viaje sozinha, alguma coisa corre sempre mal (se calhar, mesmo viajando sozinha, há coisas que não correm bem). Resumindo, foi assim: tínhamos planeado chegar a Lisboa bem cedo, para não haver percalços com filas, voos e etc. À hora estipulada eu estava pronta, com a mina malinha feita, e esperava a minha mãe - nisto ela chama-me e diz "a mala está partida". Eram horas de sair, mas lá fui eu buscar duas malas - uma para ir no porão, carregada de comida até ao tutano (coisas como perceves, croissants, nestum, marmelada, alheiras, salpicões e mais estavam incluídos na panóplia) e outra para levar a roupa da minha mãe. Enfiamos tudo lá para dentro em tempo record (julgava eu), conseguimos fecha-las (milagre #1) e seguimos viagem. 

Já na fila do aeroporto para despachar a mala de porão, comecei a olhar para as pessoas que estavam a ser atendidas. A certa altura vi uma senhora, com uma mala de mão igual à nossa, a ver-se enrascada para meter a sua mala naqueles suportes de ferro que determinam o tamanho máximo das malas de mãos (e, neste caso, ver-se enrascada é sinónimo de começar a partir "à martelada" - com a mão - os suportes e as rodas da mala). Soube que estava em maus lençóis e comecei a dizer à minha mãe "vamos ter de trocar tudo de uma mala para a outra - a que ia de porão vai na mão e viceversa". Custou um bocadinho a entender. Éramos as próximas a ser atendidas e aquela mala não se ia enfiar no suporte e...! Nisto, a minha mãe troca - com uma rapidez digna do Faísca McQueen - tudo de uma mala para a outra, sem eu sequer perceber como. O problema foi fechar, mas o nosso desespero era tão latente que até outros passageiros nos vieram acudir (milagre #2). Fomos simpaticamente atendidas, despachamos a mala carregada de comida e, como remate final, a senhora diz-nos "depois, quando fizerem o embarque, têm de meter as vossas carteiras nas malas, uma vez que só podem ir com uma mala de mão". Acho que até nos saltaram os olhos das órbitas. Eles só fazem isto quando lhes apetece? Tinha uma mala relativamente pequena a tiracolo, só com o meu porta-moedas, documentos e um livro de bolso. Já viajei várias vezes pela Easy Jet, em que tinha uma mala de mão e uma carteirinha comigo e não houve qualquer alarido. Ontem - logo ontem, com as malas a arrebentar pelas costuras e pesadas como tudo - deu-lhes para aquilo.

Até fiquei zonza. Sentei-me nos bancos, a tentar pôr as carteiras dentro das malas, mas mal me conseguia baixar - estava a ver que ia desta para melhor em pleno aeroporto. Deixei a dieta de lado e emborquei uma BigMac que me salvou a vida. E aí sim, abrimos as malas, fizemos uma série de acrobacias que nos pareciam impossíveis e, com algum suor em cima, conseguimos fechar as malas (milagre #3). Vamos esquecer o facto de eu ainda ter aberto a mala outra vez, para tirar o tablet.

No avião a viagem foi calma, pus a leitura em dia e um bocadinho de sono. Depois chegamos, estava a nevar (mal pus um pé fora do aeroporto parou, mas foi mágico na mesma) e passado meia hora estava em casa, com o bebé ao colo. Esse sim, foi o quarto milagre e o maior de todos, e que faz com que tudo isto valha a pena (mesmo todas estas chatices das viagens que me perseguem). Não consigo pôr aqui a foto, mas podem ver nas que eu partilhei no instagram, aqui ao lado direito. Agora tenho de ir, que já sinto o chamamento para o melhor colinho do mundo, sim?

18
Nov13

O Michas

No meio desta confusão toda que tem sido a minha vida nesta últimas três semanas, sinto que me tenho descurado o blog. Acho que é mais psicológico que outra coisa, tendo em conta que até tenho publicado, mas é o que eu sinto, pronto, e uma pessoa não pode fazer nada. A verdade é que tenho tido tanto tema para escrever, tenho tido tantas ideias, mas nem sequer consigo ter o tempo que queria para viraqui teclar (neste momento estava previsto na minha agenda estudar economia, mas não resisti à tentação). A faculdade é uma prioridade, mas escrever está ao mesmo nível. Sei que não são uns minutos aqui que vão fazer com que as minhas notas mudem; e são estes minutinhos que tornam o meu dia melhor. A questão é que, neste momento, tenho tantos temas por desenvolver que vou apontado no telemóvel que esses "minutinhos" se transformam em "minutões". Mas enfim, eu dou conta do recado, mal esta avalanche de trabalho - ainda provocada pelas viagens - passar.

(A minha introdução não era para ser assim tão grande, mas agora fica). Eu queria mesmo era falar-vos do Michas. O Michas é o gato da minha cunhada e, para além do meu irmão e do meu sobrinho, foi quem me fez mais companhia na minha estada por Inglaterra. Para mal dos pecados dos meus pais, alimentou ainda mais a vontade de eu ter um bichano destes. Meu deus, era tão fofo! Aquilo era de facto, um gato, mas agia como um cão. Eu chamava, ele vinha; eu batia com a mão no sofá, ele saltava; eu metia-o no meu colo e ele lá adormecia. Ele é a personificação do paraíso dos gatos, basicamente. Eu sei que, no dia em que tivesse um gato, ele iria ser o oposto disto e iria apanhar um grande balde de água fria, mas uma pessoa continua a enganar-se a ela própria. Foi ele que dormiu comigo, que substituiu a minha almofada de sementes e que tanto me aqueceu. Tornou também os meus dias lá mais especiais. Confesso que só não o trouxe porque já não cabia na mala. Aposto que tem saudades dos meus mimos, também. Estamos quites.

 

 

Escrevi muito enquanto lá estava. Enquanto isso, era aquecedida e com direito a este ron-ron especial. 

 

 Na nossa primeira noite. Dormi, literalmente, com um gato:

 

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