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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

13
Dez15

As loiças da Vista Alegre

Eu acho que sou, de facto, uma criatura um bocadinho rara; tenho corpo de vinte aos, mas alma de sessenta.

Sempre que passo em frente à montra da Vista Alegre babo-me para cima da maioria das peças. Tivesse eu dinheiro e espaço para tanta loiça e trazia a maioria dos serviços para casa. Adoro aquilo, acho-os a todos lindos e dignos de exposição. Na verdade, acho que mesmo que os comprasse, comer sobre aquelas obras de arte era coisa que não tinha coragem para fazer.

Mas enfim, tenho a impressão que quando digo isto a pessoas da minha idade, ficam a olhar para mim com cara de "mas esta miúda pensa que tem quê, 70 anos?". Acho que o pessoal hoje em dia vai mais para o minimalista, como aquelas linhas do IKEA com cores básicas mas com formas diferentes do normal; talvez o próprio selo "Vista Alegre" seja visto como algo antiquado e fora de moda, e só a ideia de herdar serviço dos pais, como antes se fazia, para a maioria das pessoas é um pesadelo. Mas, para mim, não. Desde que sejam bonitos - porque há sempre coisas bonitas e feias, independentemente do preço ou da marca - eu não me importo de herdar ou comprar seja o que for.

A verdade é que eu já pus mesmo em equação começar a pedir para o Natal peças de uma coleção para, daqui a uns anos e com casa formada, ter uma coleção linda e completa. Entretanto, porque não me apetece receber sempreee a mesma coisa no Natal e porque gosto de tantos servilos que não tinha a certeza do que escolher, decidi adiar a decisão. Mas um dia será o dia, e eu vou ter um daqueles servicinhos lindos na minha casa. Escrevam o que eu vos digo.

 

 

02
Mai15

Habemus bebé real!

Sempre gostei de monarquias, de reis e rainhas, príncipes e princesas da vida real. Então em Inglaterra, adoro toda aquela aura e magia que existe à volta da família real - gosto tanto que até tenho uma mini estátua da Rainha Isabel II numa das minhas prateleiras que, quando apanha sol, faz o aceno real (podem ver o vídeo aqui).

Mas, bem, hoje é um dia especial! Nasceu a segunda filha de William e Kate! Não é que, com esta segunda gravidez, tenha ficado tão entusiasmada como da primeira - acho que a cobertura dada pelos media também foi muito menor. Não houve tantas fotos queridas, tanto acompanhamento e especulação como houve na primeira vez - ou então fui eu que não prestei tanta atenção.

Ainda me lembro do dia em que nasceu o baby George e o trouxeram à porta da maternidade para o mostrar ao mundo - foi uma das poucas vezes em que me caiu a ficha e percebi o privilegio que é ter internet e todas estas novas tecnologias. Eu, que uso isto quase desde o início da minha vida, dei por mim a pensar como era maravilhoso estar a ver um live stream deles a saírem da maternidade, falarem e mostrarem o bebé... tudo em direto. Eu estava a ver aquilo ao mesmo tempo que toda a gente que estava lá, in loco: todos os admiradores, ingleses, fãs, fotógrafos, jornalistas. E, no entanto, estamos a uns milhares de quilómetros de distância. Antigamente só saberia no dia seguinte, pelos jornais, ou à hora marcada do noticiário da rádio. Hoje, vemos tudo em direto, ao minuto. Quão incrível é isso?

Por agora, deste lado, espero ansiosamente fotos da nova bebé. Dizem por aí que se chamará Charlotte, mas giro, giro era se fosse Diana. Vamos ver e tentar um obter livestream de qualquer canto do mundo para poder ver a apresentação oficial da nova bebé real ao mundo onde acabou de aterrar. Já vos disse que adoro estas coisas?

20
Abr15

Hoje não tenho tempo para posts

Estou demasiado ocupada a estudar para um teste de programação que tenho amanhã - e que vou reprovar. Ainda assim, posso dizer-vos que metade do meu dia foi passado assim, em reportagem e com a câmara às costas, com dezenas (ou centenas?) de turistas a sorrirem-nos, tirarem-nos fotos e a dizerem-nos olá em todas as línguas possíveis e imaginárias. 

Deixava o estudo de parte, mas de facto preciso de mais dias felizes (e solarengos) como estes na minha vida.

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26
Out14

Um cheiro do outro mundo

Tenho uma relação muito especial com os cheiros, provavelmente porque os sinto a (quase) todos. Dizem-me muitas vezes, em tom de brincadeira, que fui um perdigueiro noutra vida. Sempre que é preciso detetar um cheiro (calham-me quase sempre na rifa coisas más) sou chamada ao barulho. E se por um lado é bom, por outro é mau, porque há certos sítios que não consigo simplesmente frequentar - perfumarias, algumas lojas, algumas casas, onde o enjoo ou o vómito é quase imediato.

No evento de Zumba, ao contrário do costume, estava a cheirar-me muito bem. Não conseguia perceber de onde vinha - as pessoas à minha volta eram sempre diferentes, porque o pessoal movia-se muito - mas, de quando em vez, lá vinha aquele aroma que me tocava na alma. Literalmente, apetecia-me chorar de emoção, porque é um cheiro que me diz algo que não sei bem detetar mas que me toca profundamente. Nunca me aconteceu tal coisa. Era assim uma mistura de sabão com algas, uma coisa tão boa, tão crua, tão caseira, tão cheia de maresia. Achei que era alguém a espalhar o perfume novo ou o novo creme.

Mas não - e só dei conta na manhã seguinte onde, logo após abrir os olhos para mais um dia, o senti de novo. E era eu. Era eu que cheirava assim. Só depois me lembrei que, com a pressa e a vontade de não ocupar muito espaço na mala, peguei numa das muitas amostras de shampôs que aqui tenho, "roubadas" de hotéis onde vou. E cheira tão, tão, tão bem e leva-me a um lugar qualquer que desconheço mas que adoro de coração. E isto foi das coisas mais estranhas que me aconteceu nos últimos tempos.

13
Out14

Os cachecóis-manta do meu coração

Tenho muito pouca roupa de meia estação: por um lado sou muito de extremos - ou tenho muito frio ou muito calor, portanto meios termos não valem muito a pena; por outro o meu guarda-roupa faz-se muito à volta dos básicos, que conjugo com algumas peças para dar vida - e os básicos ou são t-shirts finas ou camisolas de manga comprida. Mas este tempo não me tem facilitado a vida e não ando propriamente com vontade de estourar o dinheiro que tenho em roupa de meia estação, por isso encontrei a solução mais que ideal - é "mais" porque para além de ser ideal é linda, espetacular e que eu a-do-ro.

Lembram-se de o ano passado ter pedido ao Pai Natal uns cachecóis-mantas? Pois que não tive sorte e não me calhou nenhum no sapatinho. Na altura comprei um quase de borla, nuns saldos que apanhei, e este ano já comprei outro na Zara (sim, leram bem) - tinha amarelo e, dada esta minha recente paixão, não resisti - e a minha ofereceu-me há dias outro lindo de morrer. E ainda bem, porque têm sido os meus salvadores: limito-me a vestir um básico (t-shirt ou manga comprida, dependendo dos dias) e ponho aquilo por cima. Quando abre o sol, tiro-o, quando começa a escurecer e a vir aquele vento maléfico, enrolo-me nele e já está. Têm sido os meus melhores amigos e a única razão porque ainda não estou de cama com uma gripe (porque a constipação já se instalou há algum tempo). Por outro lado, no Inverno mais rígido também são para usar, para nos aquecermos ainda mais naqueles dias em que parece que o gelo se instalou definitivamente nos nossos corpos.

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Este já vem morar cá para casa:

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Todos da Zara. (Sim, a Zara, no que diz respeito a cachecóis, ganha a olhos vistos). 

03
Set14

Setembro em bom

No início das férias custava-me um bocadinho dizer que estava ansiosa por Setembro - é mau esperarmos por o mês de regresso, o mês de volta ao trabalho, às manhãs ensonadas. Mas era verdade: queria que Setembro chegasse - e mais tarde, com o desenrolar daquilo que haviam de ser as minhas "férias", acabei por dize-lo mesmo aqui, que já só desejava que as aulas chegassem rapidinho.

Eis a razão: Setembro é um mês recheado de bons eventos. Começando, claro!, pela Feira do Livro (de 6 a 21), que este ano volta aos lindos jardins do Palácio de Cristal. O ano passado, depois de muita confusão, a feira acabou por não se realizar, o que foi uma tristeza: mas este ano, ao que parece, voltou em bom, com debates, música e, claro, uma vista para lá de espetacular. Estou a pensar desgraçar-me por aqueles lados, em visitas várias (a ver se é este ano que tenho uma autógrafo de alguém!), e usar algum do dinheiro que tinha posto de parte para as férias que acabei por não fazer. 

Em Setembro também temos a feira medieval aqui pertinho (Leça do Balio, de 11 a 14), onde faço excursões várias com família, amigos e só comigo mesma. É altura de encher o bucho com os últimos pães com chouriço do ano, de me rir com os árabes, de comprar mais um colarzito e me babar para cima daqueles crepes cheios de nutela, que gosto mais de olhar do que efetivamente comer.

Por fim, e não menos importante, o NOS em D'Bandada (dia 13), que vai acontecer durante a tarde e noite pelas ruas, cafés e lojas do Porto, com muitos artista - uns mais conhecidos que outros - e boa música. Estou à espera que saía a programação detalhada, mas debaixo de olho está o Miguel Araújo (quero tanto!), Capicula, Rita Redshoes e... o que calhar, que há dois anos ouvi uns concertos bem giros de gente mais desconhecida que valeram bem a pena.

Por isso, gentes do Porto, este mês não há desculpa para não sair de casa. (por favor lembrem-me isto quando tiver uma das habituais crises de bicho do buraco)

 

 

 

 

 

26
Ago14

O dia em que a Ella chegou à rádio

Talvez não se lembrem - ou se calhar nem sequer conheciam o blog - mas há coisa de dois anos falei aqui numa rapariguinha que andava a seguir no X-Factor inglês, do qual saiu vencedor o cantor de "Impossible", James Arthur. Ela chamava-se Ella Henderson, cheguei a fazer uns três posts sobre ela, completamente apaixonada pela sua voz. Voltei a ouvi-la algumas vezes, quando me davam as saudades, seguia-a no facebook à espera de boas novidades, mas a paixão arrefeceu. Mas estive sempre de olho nela, à espera que dê-se o salto que lhe faltava, porque sempre acreditei.

E, meus amigos, o momento chegou. Quando vinha da Régua, no meio daquelas estradas nacionais, dei por mim a ouvir "Ghost" na Rádio Comercial. Fiquei boquiaberta, mas feliz. Por coincidência, dias antes, saiu a versão de estúdio - e completa - da música que ela cantou na primeira audição do programa e que me fez apaixonar à partida por ela: a "Missed". Foi ouro sobre azul, já anda em repeat mode há dias. 

Esta é a prova de que não é preciso ganhar estes programas de talentos para se ter sucesso; porque quem é bom, é bom, e não há nada nem ninguém que vá mudar isso. Esta miúda nasceu para cantar.

 

12
Jul14

Qualidade de vida

O ano passado a minha mãe comprou um barbecue para pôr no jardim, para fazermos os nossos grelhados sem termos de comprar aqueles grelhadores fanhosos, que apodreciam depois de não sei quanto tempo. Toda a gente estava contra, mas a minha mãe levou a dela avante - e a verdade é que, o ano passado, aquilo usou-se um par de vezes e pouco mais.

Mas este ano, depois de não termos feito nem S.João, nem S.Pedro e de não termos nem um dia de verão depois de um inverno rigoroso, mal estes dias bons voltaram, pedi encarecidamente à minha mãe por umas sardinhas. Normalmente é o meu irmão ou os meus tios que as fazem em mini-festas que por aqui organizamos, mas desta vez não havia parentes que nos safassem: tínhamos de ser nós. E assim foi. 

A minha mãe aprendeu a fazer as brasas, fez-nos umas sardinhas de chorar por mais e a partir daí não mais parou. Tem sido sardinhas, febras, picanha, entremeada, costeleta... tudo no churrasco, ao ar livre, com a mesa mesmo ali ao lado para comer mal sai da brasa. E depois fica-se na conversa, enquanto a noite se põe e o sol se esconde no horizonte. As noites têm sido maravilhosas, a acompanhar com a comida que não tem ficado atrás.

Queixamo-nos muito, mas no fundo são estes pormenores que dão cor à nossa vida. E, se pensar bem, a minha vida está recheada deles. 

 

 

06
Jul14

Para quem não gosta de ficar "colante"

Sou muito esquisita com cremes. Durante o ano, os únicos cremes que uso e os cuidados que tenho com a pele são no rosto (tenho um post para fazer sobre isto há meio século, matem-me esta preguiça), e no verão - com sorte - ponho creme hidratante no corpo. Mas detesto aquela sensação de ficar "colante", de não poder vestir roupa logo a seguir - ainda por cima nós, que andamos sempre cheias de pressa! -, de ficar toda besuntada por tempo indeterminado.

Mas enfim, nesta estação do ano sacrifico-me por uma pele mais luminosa e bonitinha - sempre com cremes que me dão ao longo do ano. Nunca comprei cremes na vida, são-me sempre oferecidos: e, apesar não os usa muito, dão-me jeitão. Chego a esta altura e vou ali ao armário ver o que tenho em stock: mas este ano ninguém me ofereceu nada - devem ter percebido (mal) que eu não gosto de cremes (e que, portanto, não os usaria), e trocaram-nos por qualquer outra coisa. Posto isto, tive de me fazer ao mercado e ver o que poderia comprar.

Tinha visto há dias um anúncio de uns cremes hidratantes da vasenol, que prometiam hidratar a pele durante não sei quantas horas e que se podia vestir a roupa logo de seguida. Era mesmo isto que eu precisava! Comprei, ainda a duvidar e a pensar que era publicidade enganosa, mas não: seca mesmo rápido, hidrata e tem um cheirinho bem bom (pelo menos o de cacau)!

Fica a dica para quem, como eu, é anti cremes "besuntantes". A vasenol arranjou aqui uma fã (e, como sempre, partilho aquilo que é bom convosco).

 

 

04
Jul14

A cor da estação

A expressão que tanto se usa "se todos gostassem do mesmo, então o que seria do amarelo?" nunca fez tão pouco sentido para mim. Porquê? Porque eu estou com uma paixão gigante pelo amarelo. Neste momento, com sorte, pintava uma parede do meu quarto em amarelo canário, para verem o tamanho desta minha obsessão mais recente.

Eu tinha, sem exagero, uma peça desta cor no roupeiro - e que, por acaso, nem usava muito, não pela cor mas por causa da forma da camisola. Neste momento, contam-se umas 5: sim, quer isto dizer que 90% das compras que fiz este último semestre (que não foram muitas) incluiam, de alguma forma, a cor amarela. Isto já contando com os dois colares amarelinhos e umas sandálias, que também trouxe para casa.

Acho que é uma cor feliz, jovial, que irradia alguma excentricidade, que faz um look "sorrir". Sei que, em conjunto com as saias (mais compridas e mais curtas - transformei há dias umas calças largueironas numa saia, depois mostro), foram a maior mudança dos últimos temos vivenciada pelo meu roupeiro. Uma coisa é certa: o meu armário deixou o seu lado taciturno, e está definitivamente em modo verão, em modo de aproveitar cada dia que passa. O amarelo faz-me bem.

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