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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

21
Out18

Assim nasce uma estrela e se consagra outra

 

Só os mais antigos aqui no blog (ou se calhar ninguém... é o mais provável) se lembrarão que em tempos eu fui uma grande fã da Lady Gaga - de tal forma que fará em Dezembro oito anos que a fui ver ao antigo Pavilhão Atlântico (ah, belos tempos em que este tipo de espaços não tinham nomes de marcas!). Hoje em dia continuo a gostar dela mas estou longe de seguir o seu trabalho como fazia na altura, em que ouvia todas as músicas e via todos os seus outfits estrambólicos. Acho-a uma artista completa, com "A" grande, e por isso não podia perder este momento que, acho eu, será um marco importante na sua carreira: o "A Star is Born".

Confesso que não foi só por ela que fui ao cinema (coisa que não fazia há tantos meses)! O facto do Bradley Cooper ser o responsável pela direção do filme só fez com que tivesse ainda mais vontade de ir, e não me arrependi. Nem sequer sei o que me prendeu mais ao ecrã: se a prestação dela se a arte dele. Ia escrever esta frase dizendo que não sabia o que me surpreendeu mais - mas a verdade é que não saí surpreendida; fui com as expectativas altas, esperava muito de ambos, e nenhum me desiludiu. Mas, a ter que escolher, realçava-o a ele: que não só desempenhou brilhantemente o seu papel - e o que ele canta! -, como tem claramente um olho espetacular para estar por detrás da câmara.

Nos últimos anos - na verdade, desde que fui realizadora num programa de televisão da minha faculdade - comecei a prestar muita atenção aos ângulos, àquilo que se via e não se via quando a câmara apontava para um determinado sítio, à beleza não só da cena em si mas também da forma como ela nos é apresentada. De tal maneira que nos últimos tempos tenho filmado e editado vários vídeos, porque é uma arte que cada vez mais me apaixona, principalmente pela forma natural como tudo se forma na minha cabeça: quando vou no carro a ouvir rádio e me apercebo que é aquela música que vai ter de servir de pano de fundo, quando olho para o perfil de alguém e sei que vou ter de o apanhar naquela perspetiva, quando se forma uma sequência de imagens na minha cabeça que eu sei que tenho de respeitar.

Por isso, ver todos os pontos de vista que o Bradley Cooper "desenhou" para nos contar esta história soube-me a um rebuçado bem doce. Não é uma realização linear: os planos são muito pensado e bem criados. Ora temos grandes close-ups da cara, ora temos uma visão completa de uma divisão; ora vemos a Gaga de perfil, ora vemos ambos de costas. Mas nada disto é gratuito: tudo tem uma intenção, onde moram pequenos pormenores que fazem por ser vistos, mas que para quem estiver absorvido pela história do filme podem passar despercebidos. Destaco, por exemplo, todas as cenas em cima do palco, que têm algo de mágico - no movimento, na cor, na intensidade do som. Agora é esperar para ver o que o Bradley faz a seguir.

A história retrata um bocadinho daquilo que está por detrás do estrelato: o sucesso repentino de alguém (que acontece, ainda para mais hoje, com todos estes fenómenos virais) em contraste com a queda de uma estrela, aliada ao álcool e às drogas (que, infelizmente, também é o pão nosso de cada dia). Fala ainda da perda da identidade própria de um artista para poder agradar às massas, dos estragos que o mais pequeno detalhe pode fazer na carreira de alguém e, claro, de uma história de amor entre duas pessoas que estão em fases totalmente opostas das suas vidas. Acho que a Lady Gaga, provavelmente por já ter passado (e testemunhado) muitos destes processos, encaixa no papel de Ally que nem uma luva. Sobre os dotes musicais dela ninguém tinha dúvidas (e que belo soundtrack resultou deste filme!), e agora resta só saber o que virá a seguir: será que noutro filme que não retrate uma vida similar à dela (no sentido de uma carreira musical) ela se sairá tão bem? Eu acho que sim. Talvez tenha mesmo nascido uma estrela. A outra já existia, só passou a brilhar ainda mais.

28
Jan17

La La Land, ou o caminho para os sonhos

Acabo de ver o La La Land, o filme que estava mais curiosa para ver nesta corrida para os Óscares. Confesso que este ano, para além do que já vi, não há assim muitoooo que me puxe e este era definitivamente a falta mais grave na minha lista.

Sobre este filme não sabia muito e as minhas expectativas baseavam-se na quantidade de globos de ouro que ganhou no início do mês. Não vi reportagens ou críticas, apenas o trailer - que, confesso, não me atraiu por aí além. Mas roubou muitos globos, vai levar muitos Óscares, é um musical, tem Emma Stone e, não menos importante, Ryan Gosling.

Por falar em Gosling: casava-me. E acreditem que eu não digo isto muitas vezes. É um ator incrível, com uma vibe incrível, com um estilo incrível e com uma cara... como dizer... incrível. Mas a verdade é que da Emma se pode dizer o mesmo, ou até mais, uma vez que, neste caso em específico, acho que ela é melhor em termos de dança e cantorias. Adorei os dois e, relativamente aos atores, estamos falados. Agora falta a história.

Não gosto quando as pessoas dizem não gostar de filmes "light" - ou, pior, quando julgam quem os aprecia; não gosto de filmes feitos para críticos, feitos para o óscar e, ao mesmo tempo, feito para plateias vazias ou cheias de intelectuais. E nisso, La La Land é uma chapada de luva branca. É light, é bonito, é colorido, mas é poderoso. É um filme sobre sonhos, mas também sobre escolhas; sobre esse mix onde tudo e nada pode acontecer, sobre essa coisa que todos temos mas tantos acham inatingível e sobre o caminho para lá chegar, que pode ser duro e implica consequências. Eu acho que La La Land é sobre esse duro contraste: o sonho e a ação; o conceptual e a realidade. E, acima de tudo, sobre escolhas. Porque todos temos sonhos mas para lá chegarmos o caminho pode ser tudo menos de sonho - e até lá, acontece a vida. Crescemos, tomamos opções e os caminhos alteram-se para chegarmos ao derradeiro objetivo. 

Penso que para além de La La Land ser um filme esteticamente lindo, com uma banda sonora fantástica, de ter dois atores principais de arromba e ter uma mensagem bonita por detrás, acaba - mais do que com uma moral - com uma pergunta retórica importantíssima: será que às vezes, para chegar ao sonho, não nos esquecemos de viver e saborear o caminho? É que esse caminho pode ser tão ou mais importante que o sonho e, de tão obcecados que estamos com a meta final, perdemos a parte melhor da viagem. 

 

15
Nov16

Nós, os fãs insaciáveis

Eu acho que nós, fãs acérrimos de alguma coisa, somos quase como uns viciados em droga - chegamos a um ponto em que, se nos derem mais um bocadinho só para matar as saudades, e mesmo que saibamos que não nos vai fazer bem, consumimos porque é mais forte que nós. 

É isso que sinto em relação ao Twilight e ao Harry Potter. É claro que eu sei que nada vai ser como dantes, que nada vai ter o mesmo sabor, que nada bate aqueles anos completamente aéreos que vivi. Também sei que a idade é diferente, assim como a minha maturidade e forma de olhar as coisas - opá, cresci, essa coisa inevitável da vida. Mas mesmo sabendo de tudo isto, não consigo deixar de voltar a estes dois mundos que, numa altura em que sentia que o mundo real não me percebia - ou, aliás, me rejeitava - me receberam de braços abertos, sem "porquês" ou contestações. 

Abro os livros para lhes sentir o cheiro e ver as suas páginas tocadas e amareladas. Revejo os filmes, penso coisas como "esta cena é mesmo muito parva" e páro tudo nos segundos precisamente antes das minhas cenas favoritas. Digo em voz baixinha as falas todas que sei de cor, canto as músicas e elogio pela milionésima vez as bandas sonoras. E depois, no fim, ignoro o nó na garganta que teima em ficar, não importa os anos que passem. 

E depois, de vez em quando e no meio desta nostalgia, tanto a Stephenie como a J.K. Rowling lembram-se de lançar mais uma coisas para o mercado e fazer dourar a pílula para todos aqueles que, como eu, têm esta doença incurável de se apaixonarem por livros e filmes. E eu sei, racionalmente, que isto são truques de marketing para rechear aquelas contas que já estão a rebentar pelas costuras; sei que cresci e que por ter crescido as coisas já não soam tão bem, tão mágicas, tão especiais; sei que vou chegar ao fim dos filmes, dos livros ou o que quer que seja e que aquele bichinho que achávamos que íamos amainar por termos "alimentado" continua ali, voraz como sempre, e a gritar aos teus ouvidos que "não é a mesma coisa, não é isto que eu quero, não era assim que isto devia saber!". Lá está, quase como uma droga que nunca nos sacia, que nunca sabe bem o suficiente - e da qual queremos sempre, sempre mais e de que saímos sempre, sempre insatisfeitos.

É por isto que li aquela reedição do Twilight com as personagens trocadas, que comprei os outros livros da J.K., que tenho todos os DVD's e outras 21 mil tralhas. E mesmo sabendo que nunca é suficiente, também é por isso que em breve vou ter o novo livro da Stephanie na estante e que estarei sentada num cinema a ver o "Fantastic Beasts And Where to Find Them" - que, até aqui, tinha dito veemente que não ia ver porque, na realidade, ainda não me tinha despertado interesse. Mas hoje dei por mim a ver a premiere do filme, em direto e em livestream, tal como nos bons velhos tempos - e veio tudo de volta a mim, incluindo aquela vontade incrível de desfrutar, nem que seja por um pequeno segundo, destes mundos.

É simplesmente mais forte que eu. No fundo, acho que não passa de uma simples utopia humana: queremos voltar sempre aos sítios onde fomos felizes - mesmo que esses sítios sejam meros cenários imaginados por alguém, com personagens tão ricas e tão boas que, na verdade, nunca poderiam ser reais.

08
Mar15

Sim, eu fui ver o Fifty Shades of Grey

Eu admito: a minha intenção era ir ao cinema sozinha e passar pelos pingos da chuva para ninguém dar por mim. Era como se aquela noite não existisse e só eu soubesse que ia ver o Fifty Shades of Grey. Mas depois uma série de coisas se interpuseram no meu caminho: 1) se ir ao cinema sozinha já é estranho só por si, ver este filme sem companhia é ainda mais estranho do que ver todos os outros ao mesmo tempo - até para mim seria ultrapassar as fronteiras razoáveis do forever alone'ismo; 2) por feliz acaso, acabei por "colecionar" uma série de pessoas que também gostavam de ver o filme, por isso acabei por juntar o útil (não poder ir sozinha ver este filme em particular) ao agradável (estar com pessoas, coisa rara nesta minha vida solitária); 3) saí da sala de cinema com tantas ideias na cabeça e coisas que queria dizer que achei mau demais que a minha opinião ficasse no segredo dos deuses. E pronto, cá está o post. Eu, Carolina, me confesso: paguei para ir ver Fifty Shades of Grey ao cinema. E o pior de tudo é que... gostei! (os desapontados podem agora começar a sair do blog)

Devo dizer, antes de mais, que não me considero uma fã nem do livro, nem da história, nem dos atores, nem da forma como a obra nasceu (imaginar a Bella e o Edward naqueles papéis dá-me simplesmente náuseas). Li grande parte do primeiro livro por ter uma curiosidade imensa sobre do que se tratava (na altura do boom, num verão há dois anos, se não me engano) mas fui lendo tudo entre outros livros que lia, pelo que me cansei e nunca o declarei como oficialmente "lido". Mas ainda me lembro da primeira vez em que peguei nele e, ao abri-lo numa página à sorte, me calhou precisamente uma das cenas de sexo mais pesadas. Não estava propriamente preparada para aquilo - nem para o conteúdo, nem para os detalhes das descrições, nem para nada (porno, em qualquer uma das suas formas, não é de todo algo que aprecie) e disse que nunca mais pegava no livro. Até ao dia em que, mais mentalizada, lhe peguei e fui lendo, conhecendo asim - pelo menos - toda a linha da história e, claro, passando por todas as cenas mais quentes a que o livro tem direito (que, por acaso, são demasiadas). 

Mas apesar disto tudo, com tanto trailer mostrado, tanta música boa, tantos clips que passavam na televisão, foi-me impossível resistir à curiosidade de ver o filme do momento. Estava curiosa em relação à insossa da atriz (vi uma entrevista dela num daqueles talkshows americanos e fiquei com pena do entrevistador, tão más eram as respostas que ela dava), em relação à forma como iam dar a volta não tornando aquilo num filme só sobre sexo, sobre o tipo de espectadores que iriam estar na sala de cinema e tantas outras coisas. 

E, sinceramente, acabou por me surpreender pela positiva (ou talvez eu estivesse à espera de algo intragável)! É estranho dizer isto (estou há uma semana a pensar como dizer isto de uma forma soft, não ferindo susceptibilidades e para não pensarem que é outra pessoa a escrever isto senão eu) mas é um bom filme para ir para a cama a seguir. E não é para dormir. Talvez por isso é que eu devia ser a única pessoa solteira daquela sala, e tudo o resto saiu em debandada e de mãos (bem) dadas pelo corredor fora.

No fundo, o filme mostra um bocadinho mais do que os outros ditos "normais" (maminhas, rabos e uns movimentos mais explícitos - algo não aceitável em filme para maiores de 12) mas nada de chocante. As cenas são quase todas romanceadas e muito focadas no prazer dela, pelo que torna tudo menos "carnal". Aquilo que mais me chocou nos livros - a necessidade de castigar que o Christian tinha - está pouquíssimo presente, o que ajudou a que gostasse bem mais do filme do que julgava à partida. Ainda assim, não, eu não quero um Christian para mim, ao contrário do que parece acontecer com a maioria do mulherio por esse mundo fora (o que me leva a este texto que escrevi há uns largos meses).

No que diz respeito à atuação, tolerei bem a Dakota, até porque a sua personagem também é insossa e - aparentemente - com muito pouca personalidade (algo que depois vem contrastar com as imposições que faz e o terreno que vai ganhando em relação ao Christian, o que me agrada bastante). Quanto ao Jamie, ficou dentro das expectativas. Nenhum deles é intragável, mas também não são prodígios. Há sexo quanto baste, romance qb e algumas cenas giras pelo caminho (as que mais me ficaram na memória foram as viagens de helicóptero e aquela espécie de OVNI estranho de que não me lembro o nome). E, claro, uma das melhores bandas sonoras de todos os tempos. Engraçado como estes filmes "de treta", que faturam milhões mas que nunca são grande coisa em termos de representação, têm sempre bandas sonoras deliciosas. Nem que seja só pela música: que venham os outros dois.

03
Fev15

The Theory of Everything

Vi o "The theory of everything" e fiquei verdadeiramente abismada. Não pela história (que não conhecia bem, mas que não me era totalmente estranha) mas sim pela atuação abismal do Eddie Redmayne.

O filme tem umas cores lindíssimas, a Felicity Jones é espetacular e muito bonita, a história é inspiradora e dá-nos vontade de nunca desistir, independentemente dos obstáculos que a vida nos ponha à frente. Há sempre solução. São duas horas tristes - porque a degradação da personagem principal é evidente - mas, ao mesmo tempo, tão bonitas e com tantas lições de moral por detrás. Não desistir. Amar, sempre, mesmo que isso implique amar mais do que uma pessoa ao mesmo tempo (e esta parte em particular fez-me pensar). E continuar, até não dar mais, porque há mais vida para ser vivida.

Andei a pesquisar e percebi que a história do filme foi um bocadinho adulterada (e suavizada) em relação ao que realmente aconteceu, mas não deixa de ser uma história valiosa, com uma interpretação que deve - e tem - de valer o ouro (como quem diz "óscar") para o Redmayne. Stephen Hawking tem ALS (sim, aquela doença que agora todos nós conhecemos graças ao "ice bucket challenge" que esteve em voga no verão mas que antes todo o mundo desconhecia) e embora não conheça ninguém com esta doença em específico, conheço outras com doenças degenerativas do género. E é incrível a forma como o ator captou os pormenores (da boca, dos pés, a posição do pescoço, a forma de falar, a forma de mexer os dedos) de pessoas com este tipo de incapacidades. É... abismal. Para quem não conhece, talvez sejam coisas que passem ao lado no meio daquele "todo" que é a personagem e o seu grande leque de incapacidades. Mas para aqueles que convivem ou já conviveram de perto com este tipo de realidades, não consegue deixar de ser tocante. 

Saí de lá a sentir-me grata pela vida que tenho, inspirada pela força dos outros e a fazer uma vénia a uma das melhores interpretações que vi nos últimos tempos.

 

theory_of_everything_ver2_xlg.jpg

 

04
Nov14

A corrida para os Óscares já começou

Passei estes meses todos de "verão" a ver as listas de filmes nos cinemas e nada me atraía - porque a silly season não é só na televisão e nos jornais, mas também acontece (e em força!) ao cinema. Agora chega a esta altura e é só grandes filmes a estrear, já a preparar a cerimónia dos óscares - logo agora que não tenho quase não consigo sequer parar para respirar!

Já há muito tempo que ando a tentar implementar a regra de ir uma vez por semana ao cinema (ou, no mínimo, ver um filme em casa) mas  o plano tem-me saído completamente furado. Ando a consumir tão poucos filmes que até tenho vergonha - e, acima de tudo, muita pena, porque o cinema sempre foi uma das minhas paixões desde miúda.

Estas semanas vou tentar arranjar tempo, à noite (roubando horas ao sono, que remédio), para ir ao cinema e começar a despachar potenciais candidatos aos óscares. A começar pelo "Gone Girl", passando pelo "Fury", o "Trash", o "Interstellar" e o "Selena" (ainda por estrear). Pelo caminho também gostava de ver o filme português "Os Gatos não têm vertigens" e talvez o último filme dos Hunger Games que está quase a chegar às salas. 

Olhando bem para a lista que acabei de escrever, talvez seja melhor começar a despachar-me, ou vou chegar a Fevereiro (altura da cerimónia) com a maioria dos grandes filmes por ver.

 

 

 

02
Nov14

Acabou-se a procura por legendas

Desde há uns anos para cá que sei e falo muito bem inglês mas tenho de admitir que sou preguiçosa. Não gosto de ler livros sem ser em português e prefiro ver filmes e séries com legendas - não porque não perceba, mas porque sinto que não desfruto na totalidade. Goste de perceber tudinho, de me apaixonar por inteiro, de não ter de entender o significado por meias palavras - principalmente nos livros, onde isso é importantíssimo.

Mas o que venho aqui agora dar é uma dica para todos aqueles que são preguiçosos como eu ou não percebem tão bem as línguas faladas em filmes e séries. Há muita gente que anda sempre muito desesperada atrás de legendas, e a descarrega-las de sites duvidosos onde elas vêm com vírus atrelados; mas eu, felizmente, nunca me defrontei com esse problema. Isto porque tive sorte e quando comecei a ver filmes e série no computador descarreguei o programa certo. Chama-se BSPlayer, tem uma versão grátis muito boa, lê quase todos os tipos de ficheiros (vídeo e aúdio - espetacular para aqueles ficheiros estranhos que mais nenhum programa abre) e, last but not the least, tem um serviço de legendas automático. Ou seja: quando abro um episódio de uma série, o programa começa logo a correr três bases de dados que lhe estão associadas à procura de legendas na língua selecionada - e normalmente encontra, mesmo que sejam muito fanhosas. Por acaso costumo ter sorte e apanho legendas com tradução portuguesa (de Portugal), mesmo que seja pouco tempo depois dos episódios saírem - três ou quatro dias é a maioria das vezes suficiente.

Por isso acabem já com o problema de encontrar legendas, de as programar para o tempo certo e dos termos brasileiros que teimam em nos perseguir. Não têm de quê! ;)

08
Out14

O que seria de nós sem música?

Eu não sei a resposta, mas sei que me faria muita, muita, muita falta, porque sempre que estou em casa estou a ouvir música. Desde jazz a rap, passando por pop e por instrumentais que não se enquadram em nada em específico. Amo música. Tenho a certeza que este meu cérebro tem centenas - se não milhares - de músicas guardadas, desde o meu tempo de miúda. Basta ouvir os primeiros acordes e parece magia. Seria sem dúvida menos feliz sem música.

E eles - os do vídeo - também (até porque, se ela não existisse, não teriam a fortuna que têm). Um vídeo com a Lorde, Chris Martin, o Pharrel, o Stevie Wonder, a Florence Welch, os One Direction e o meu querido Jamie Cullum? Ele existe. E está tão perfeito que cada uma das partes é a minha favorita. 

Para além do facto da música - "God only knows" - me lembrar sempre do filme que já vi mil e quinhentas vezes, o "Love Actually", que por sua vez me lembra sempre o Natal. Tendo em conta este tempo de chuva torrencial e dias feios, com esta música - e vídeo - espetaculares, acho que posso considerar aberta a época (e o espírito) natalícia. Liguem a lareira e tragam a árvore e está feito!

 

 

18
Jun14

"A culpa é das estrelas" (ou como chorar rios numa sala de cinema)

Fui ontem ver o "A Culpa é das Estrelas". Tanto praguejei, tanto quis, tanto festejei, que acabei por ganhar bilhetes para ante-estreia, e posso dizer que já não queria tanto ver um filme desde o tempo do Twilight. Este post vai ser livre de spoilers - e se não for, eu avisarei nas partes devidas, portanto podem ler sem medos.

Comecemos pelas atuações: tanto a Shailene como o Ansel Elgort interpretam os seus papéis muito bem. Já é sabido que sou não fã dela, mas tenho de lhe tirar o chapéu - acho que está melhor neste do que no Divergente (suponho que dramas sejam mais a praia dela); já do Elgort, estava de pé atrás - ele não era nada daquilo que eu imaginava (queria-o mais bonito), mas a caracterização está a roçar o perfeito. Os trejeitos, o ser convencido, charmoso... está tudo lá. Valeu a pena perder-se um bocadinho da beleza para ter isto. Os dois relacionam-se muito bem, e por isso acho que a coisa resultou. De frisar também a personagem que faz de Isaac, que é perfeito - está muito, muito bem feito, o rapaz encaixa no papel a 100%.

Eu ainda tenho o livro bem fresco, e posso dizer que não faltam muitas cenas e que seguiram à risca alguns diálogos; gostei muito do facto de terem sido muito fiéis e de terem tentado pôr tudo como estava no livro. Há cenas epicamente perfeitas, mas vou deixar-vos ver para me contarem quais foram as vossas preferidas.

Respondo a uma pergunta em uníssono: sim, chorei muito. Muito mesmo. Admito que estava com uma carga emocional pesada já nos ombros, que já me apetecia chorar desde há uma semana atrás e que provavelmente descarreguei tudo naquelas duas horas, mas chorei tanto que cheguei a casa cheia de dores de cabeça. Mas vi pessoas piores. E 90% das pessoas a saírem da sala a enxaguar as lágrimas, homens incluídos (os que estavam ao nosso lado bem tentavam disfarçar mas - lamento, rapazes! - não conseguiram). 

A banda sonora complementa perfeitamente o filme. Ajuda a rir quando é para rir, e a chorar como uma madalena quando é para chorar. A única crítica que posso fazer ao filme é o facto de, após a reviravolta (se é que me entendem), o filme ser demasiado prolongado. É demasiado sofrimento. Por mim acaba ali, pegava nas tralhinhas e ia embora - mas não, choro e mais choro (e eles ainda cortaram algumas cenas). Sei que foi para se manter fiel e mimiimi, mas custou-me. Custou-me tanto que eu até ponderava ir vê-lo outra vez e não sei se vou, porque seria um puro ato de masoquismo. Este filme toca-me de uma maneira peculiar (não pelo cancro ou pela morte) e não sei se tenho forças para aguentar com tanta emoção de novo.

Quando a vós, meninos e principalmente meninas, corram amanhã para o cinema e aproveitem. É um grande filme, de um grande, grande romance.

 

P.S.: Não se esqueçam dos lenços. São tão essenciais como o bilhete para entrar no cinema.

13
Jun14

Pára tudo!

Acabo de ver uma promo absolutamente linda, deliciosa e irresistível do "A Culpa é das Estrelas" naqueles espaços publicitários que dão antes dos vídeos do YouTube e... a estreia foi antecipada para 19 de Junho! Oh meu deus!

Sabem onde vou estar no dia de 19 de Junho, não sabem? E em que estado vou estar, certo?

Ahhhh, estou ansiosa. Daqui a menos de UMA SEMANA!

 

(perdoem-me o entusiasmo, mas isto já são demasiadas horas de estudo para exames e um desespero latente de fazer/ver algo que realmente gosto)

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