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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

01
Mai20

11 anos de blogs em 45 minutos de conversa

2020 tem sido uma caixinha de surpresas. Acho que ninguém, enquanto tocavam as doze badaladas, sabia aquilo que se avizinhava. Eu estou longe de ser exceção. Também fui abalroada pelas notícias do vírus, também me vi imbuída numa sensação de letargia tremenda quando me apercebi que havia muita coisa que ia pelo cano. É fácil deixarmo-nos invadir pela sensação de má sorte que toda esta situação nos leva. Apesar dos dias maus, tenho tentado olhar para estes quatro meses de forma diferente. O que correu bem já ninguém me tira. As conquistas já não as esqueço. E as surpresas boas guardo-as com carinho.

Receber um email da equipa do Sapo foi uma dessas coisas boas - tudo isto antes da bomba da pandemia ter arrebentado sobre nós. Esse email resultou numa conversa com pouco mais de 45 minutos que está disponível desde a última quarta-feira para todos ouvirem. Falou-se sobre o início do meu percurso por estas bandas (numa altura em que ainda nem sequer sabia que gostava de escrever), as várias fases deste meu diário aberto que viria a dar origem ao Entre Parêntesis, a importância da escrita na resolução de alguns problemas interiores, os meus objetivos a longo prazo e até um bocadinho sobre o meu processo de escrita. 

Foi das poucas ocasiões em que, ao voltar a ouvir aquilo que disse, não me senti envergonhada. Uma das coisas boas deste blog é que revela uma das minhas facetas mais puras - e é essa faceta que está presente nesta conversa com o Pedro, com quem adorei falar e reviver alguns momentos do passado, que recordo com saudade.

Para quem tiver curiosidade - nem que seja para saber como é a minha voz e de detetar o meu sotaque portuense - a conversa está disponível aqui, no Blog da Equipa do Sapo (a quem eu agradeço, mais uma vez, este convite que me deixou tão feliz). Posso nunca vir a ser um blogger de sucesso - mas, caramba, até já participei numa espécie de podcast (algo que está mais na moda do que as calças de cinta subida)! Já faz de mim uma pessoa feliz. 

 

ConversaDeBlogs.JPG

 

 

28
Out14

Entrevista: "A Maçã de Eva"

Cheguei a falar aqui de uma entrevista que tinha de fazer para uma cadeira da faculdade e da forma como estava em pânico por ainda não ter ninguém para entrevistar ou sequer um tema definido em mente. As duas semanas anteriores foram stressantes, porque não sabia sequer se ia conseguir arranjar alguém do meu agrado para entrevistar - e quando consegui vi o tempo tão apertado que até me deram suores frios. 

A ideia era fazer uma entrevista temática a alguém que quiséssemos, mas que tivesse algo a dizer, um papel importante em qualquer campo. Eu não estava confortável no papel de entrevistadora - nem espero fazer isto muitas vezes, que cada vez fujo mais do mundo do jornalismo - mas sabia que tinha de ser feito: e se assim era, tinha de virar a questão a meu favor. Escolhi por isso um tema que me é muito próximo: os blogs. Deixei a vergonha de lado e enviei emails aos mais variados bloggers do nosso país, na esperança que algum me respondesse e estivesse na disposição de responder a algumas perguntas de uma inexperiente como eu. Para melhorar a situação, todos os bloggers que escolhi eram de Lisboa, o que me "obrigou" a uma deslocação à capital - que podia ser um sacrifício mas, como é óbvio, não foi.

Entretanto a resposta surgiu, pouco depois de ter mandado o meu email desesperado, por parte da Ana Ros, escritora do blogue "A Maça de Eva". Para minha sorte - porque me facilitou imenso o trabalho de pesquisa - sou seguidora da Maçã há uns três ou quatro anos, pelo que a entrevista foi quase que um pretexto para poder falar com uma das minhas bloggers favoritas. 

Foi estranho para mim, tive de sair MUITO da minha zona de conforto, mas valeu a pena - não sei se valeu enquanto entrevista, mas de certeza enquanto experiência pessoal. Dei o meu melhor - que espero ter sido o suficiente! Mais uma vez, não posso deixar de agradecer à Ana, que me salvou a pele numa das situações de maior pressão que tive até agora na universidade. Foi duro, mas valeu a pena: foi sem dúvida o trabalho que até hoje mais me encheu as medidas. Sem mais delongas, a entrevista.

 

“Não consigo fazer do blogue uma profissão”

DSC_0222.JPG

Aos 35 anos e com quase oito anos de blogue no curriculum, Ana Ros fala-nos, de um ponto de vista muito pessoal, do lado bom e mau da blogosfera. No mundo virtual é conhecida como Maçã, por ser a autora do blogue de sucesso “A Maçã de Eva”. Em 2014 - ano de mudanças - deixou o anonimato e concretizou um sonho antigo: ter a sua própria marca de sapatos, a ROS | LISBON.

 

Saiu do anonimato há pouco tempo e, com o lançamento da marca, apareceu em algumas revistas. Fez-lhe confusão?

Nunca pensei nisso, sabe? Já fui reconhecida na rua, mas as pessoas não têm muita coragem de vir ter comigo. O que acontece frequentemente é andar na rua a tratar das minhas coisas, não me lembrando sequer que alguém me pode reconhecer. Depois acontece receber um email e leio coisas como “Maçã, eras tu no Continente, agora?”. Sim, estava às compras, era eu! E isto sim, acontece-me. Diretamente as pessoas não têm coragem de me abordar.  Antes de me revelar houve um episódio engraçado: em Vilamoura houve uma pessoa que me identificou pela roupa! Só pela roupa! Eu faço sugestão de compras [no blogue] e ela viu que eu tinha as calças, o top e a mala que já tinha sugerido e perguntou-me se era eu. De facto, a probabilidade de me encontrar em Vilamoura era muito pequena – aliás, ainda menor, porque eu vinha para Lisboa e decidi, antes de iniciar a viagem, ir comer um gelado. Foi uma coisa rápida, nem estive lá muito tempo. De resto, não tive grandes abordagens – as que tive foram, claro, de gente simpática. Coisas muito, muito estranhas. Não é que leve a mal! Mas as pessoas ficam nervosíssimas – e não percebo porquê! [risos]. É esquisito, sou a mesma pessoa todos os dias, não mudei nada – e há pessoas que dizem: “ai desculpe, estou tão nervosa...”; e eu penso “mas porquê?!”. Essa é mesmo a parte mais estranha. Ainda por cima acho que sou tão “easy going”, não se justifica! [risos]

 

Mas tem opiniões fortes, nomeadamente em relação aos filhos e aos animais...

Eu não acho que sejam opiniões fortes. São as minhas opiniões, simplesmente – não são mais válidas que outras.

 

Mas tendo em conta as repercussões que podem ter...

Sim... Há pessoas que preferem ter a resposta neutra, que calha bem a todos, não ofende ninguém. Eu não tenho paciência para isso, não sou pessoa para o faz de conta. Não tenho coragem; sinto-me falsa.

 

 

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