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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

14
Dez17

O poder das power naps

Dezembro está a matar-me. Acho que enquanto me lembrar não torno a meter-me em empreitadas nesta altura do ano. Tenho a minha vida pensada, planeada e contada ao minuto e tento fazer o milagre de cumprir os prazos a que me propus (ou que, no caso do trabalho, sou obrigada). Um conjunto de eventos e acontecimentos aglomeraram-se nesta altura e eu nunca senti esta época passar tão rápido. "Não respiro" desde Novembro e, pior, sinto que este tempo de festas que tanto adoro me está a passar ao lado, porque nem tenho tempo de olhar em meu redor.

Mas enfim, agora não há muito a fazer. Espero que o Natal em si seja fenomenal e que o meu projeto esteja milagrosamente concluído nessa altura e que melhore ainda mais este dia especial. Mas até lá preciso de sobreviver ao meu próprio cansaço, o que não está fácil.

Eu preciso de dormir umas oito horas por noite para me sentir bem no dia seguinte e evitar cair no sofá para uma sesta durante a tarde. Não sei se isto é uma fase ou um padrão que se irá manter na vida adulta, mas o que eu sei é que antes dormia menos e aguentava-me bem durante o dia. Mas pronto, uma pessoa vai envelhecendo, já não é o que era, e agora preciso de umas horas reparadoras para me sentir em condições. (Um aparte: é estranho, mas na minha cabeça o facto de uma pessoa dormir muito é pouco algo dignificante, de que se tem orgulho, quase como se a pessoa fosse muito mais ativa por ter mais tempo e dormir menos. Como quem diz: durmo menos que tu, sou menos preguiçoso, e faço ainda mais! Lembro-me de, lá pelo oitavo ano, adorar dizer as horas que dormia – que eram poucas – porque me sentia muito crescida. Sou só eu que tenho/tinha este estigma parvo?.)

Mas o tempo não estica e eu tenho roubado horas ao sono para conseguir fazer tudo o que preciso. Isto resulta, no dia seguinte, em cansaço e, como bónus, em mau humor e numa Carolina muito mais emocional. E eu sei que aquilo é sono, mas não consigo evitar ter determinadas reações. Mas se não há tempo para dormir de noite, muito menos tempo há para descansar de tarde, pelo que só tenho uma saída: as power naps. Depois do almoço encosto-me quinze a vinte minutos e quando acordo sinto-me incrivelmente melhor.

Já naquela altura em que dormia pouco esta era uma técnica a que recorria – sonos desfasados, quando tinha tempo e sono para isso. Movia os meus tempos de sono quase como blocos e encaixava-os na parte do meu dia em que me era mais conveniente. Nestes dias tenho aproveitado a hora de almoço para descansar e tentar utilizar aqueles minutos que, apesar de preciosos, não são em quantidade suficiente para eu de facto fazer algo significativo. Por isso durmo – e bem! – e tem-me sabido pela vida. É estranho como apenas 20 minutos chegam para nos restabelecer parte da energia, pelo menos pensando a curto prazo.

É um bocado chato porque custa adormecer e, quando isso acontece, parece que acordamos logo a seguir, por o tempo ser tão curto. E isto faz com que acordemos estremunhados e aparentemente ainda mais cansados mas, depois de passarem aqueles primeiros cinco minutos, eu sinto-me muito melhor que antes. Para mim, é absolutamente milagroso. E cheira-me que até ao dia de Natal, vão ser os meus únicos minutos de descanso durante o dia.

03
Dez16

E adormecer que é bom... nada

Ando cansada, com os horários todos trocados. Agora tenho uma vida de "velha": deito-me cedo e acordo cedo e, muito sinceramente, é assim que gosto. Deixei a minha veia de notívaga nos tempos do secundário e agora prefiro usufruir de um dia cheio do que dormir até às 11 da manhã. 

Isto foi uma rotina que me obriguei a ter desde o início deste ano, quando comecei a estagiar. Percebi rapidamente que estar muitas horas seguidas em frente ao computador me desgastavam imenso e que precisava de dormir mais para compensar o cansaço mental; comecei a deitar-me gradualmente mais cedo até perceber que já não precisava de dormir durante a tarde para conseguir estar bem acordada e desperta. Atualmente mantenho a mesma tática - apesar de já estar habituada a estar muitas horas em frente ao PC, adoro deitar-me cedo e acordar naturalmente pouco depois do sol nascer - aliás, acordar sozinha às horas que preciso é o meu "sonho". Ainda para mais agora tenho o ginásio, que tento frequentar antes de ir trabalhar, o que me obriga a madrugar ainda mais que o costume, por isso as noitadas são impensáveis se não quero andar aí aos caídos.

Mas a semana passada apanhei um susto que me alterou todo o esquema e, desde aí, durmo menos e ando cansada, porque este corpo não é de pouco sustento ao nível das horas de sono. Passava pouco mais da uma da manhã e eu estava sozinha em casa (coisa raríssima), já deitadinha confortavelmente na minha cama, quando o alarme toca. Eu não tenho medo de estar sozinha, quer de dia quer de noite, mas também não sou pessoa de reagir: pelo contrário fico um bocadinho petrificada enquanto o meu cérebro gira a 300 à hora em busca de alternativas e soluções. E foi isso que aconteceu: passei de um sentimento de relaxamento total para um estado de alerta absoluto, como se me tivessem injetado gelo pelas veias. 

Fiz os procedimentos normais, mas sem nunca perceber se de facto estava a ser assaltada. Calcei umas botas, alarmei de novo a casa e sentei-me na cama, à espera de ter uma ideia genial sobre o que fazer... quando o alarme toca de novo. E aí não foi só o alarme que tocou mas também todas as sirenes de pânico no meu corpo, que me devem ter injetado uma quantidade absurda de adrenalina pelas veias. Chamei a polícia. Tornei a sentar-me à espera que eles chegassem - e pensava, pensava, pensava, enquanto ouvia o silêncio e tentava detetar quaisquer sinais de anormalidade. Estava tudo normal a não ser o meu batimento cardíaco, as minhas pernas e as minhas mãos, que tremiam qual estado gravíssimo de hipotermia. Racionalmente eu sabia que devia estar tudo bem: não havia sinais exteriores de que algo estivesse mal, mas o meu corpo não me deixava relaxar. 

A polícia veio, foi-se embora, eu deitei-me em total estado de vigia e o alarme toca outra vez. Desligo. E finalmente quando estou a conseguir relaxar, ainda sentada e com as luzes todas ligadas, o filho da mãe toca outra vez. Depois não tornou a tocar, mas tive um chorrilho de mensagens e telefonemas que não me deixaram dormir.

E desde esse dia que não consegui dormir decentemente. Quando adormeço até corre bem, mas o problema é mesmo chegar aí: agora não me apetece deitar com as galinhas, não quero estar na cama à espera que o sono chegue, naquele estado em que há uma semana fui arrancada tão violentamente. O meu cérebro uniu o sono àquele sentimento de susto que vivi naquela noite, de tal forma que eu agora não tenho vontade de ir dormir, por muito sono e cansaço que tenha. Estou a ver-me grega com isto e o meu sono, as minhas olheiras, os meus tiros ao ginásio e as minhas sestas durante a tarde são a prova disso.

 

P.S.: No final era tudo falso alarme, descansem. Eu também gostava de descansar se esta história me saísse da cabeça.

08
Abr14

Um karma lixado ou uma mensagem divina

Eu tenho uma sina, uma praga, um karma ou o que raio lhe queiram chamar. Começou há uns quatro anos atrás, quando me iniciei nestas andanças dos blogues, facebooks, amigos virtuais e coisas que tais e persegue-me desde então. 

Então é assim: mais de metade das vezes que eu planeio sair do computador (que é como quem diz: já me estou a despedir das pessoas com quem estou a falar ou a cinco segundos de clicar no botão "shut down") alguém vem falar comigo. A momentos da minha saída, tau!, lá ouço o barulhinho característico do facebook ou do gmail ou do skype a avisar-me que alguém quer comunicar comigo. É inevitável. E eu ainda por cima não consigo ignorar, por isso acabo por ficar aqui e responder. E a hora em que vou para a cama vai ficando adiada e adiada...

Mas o pior é que isto acontece-me sempre (aí não é 50% vezes, é mesmo 100%) que eu planeio ir dormir mais cedo. Decido que vou dormir às 22.30h, por exemplo (o que, para mim, é extremamente cedo). É certinho e sabido que antes das 23.15h não saio daqui, porque alguém se vai lembrar de falar comigo às 22.28h. Não percebo. Começo a achar que isto, mais do que um karma lixado, é uma indirecta do divino dizendo-me que ando a dormir demais. Mas, só para a informação de todos os interessados (sim, deuses, estou a falar convosco), eu não ando a dormir em demasia - por isso deixem esta pobre alma descansar, que eu bem preciso, sim?

04
Nov13

Dormes: pagas

Às vezes dá-me uns sonos diabólicos a meio do dia. Aqui há um ano davam-me mais, pois tinha demasiado tempo livre para desfrutar, mas entretanto a maleita passou-me. Principalmente depois do almoço dava-me um sono impossível de suportar, qual tse-tse que me havia ferrado, e eu tinha de me encostar no sofá a tirar uma bela - e longa - sesta. 

Hoje deu-me uma dessas. Depois do almoço caí no sofá e ninguém me conseguia tirar de lá - nem sequer o peso na consciência do trabalho todo que tenho pendente. Não conseguia, era mais forte que eu. E nem sequer foi um bom sono, reconfortante e relaxado: eram barulhos por todos os lados, movimentação, até que decidi mudar-me de malas e bagagens para a minha cama. E foi aí que me apercebi que o meu pescoço doía a cada passo que dava. Entrei em negação e dormi mais um bocadinho, bem direitinha, à espera que passasse.

Acordei há pouco. Com dores no pescoço, enjoos e dores de cabeça. Já nem uma sesta se pode tirar neste mundo sem ter consequências (e como se o peso na consciência já não fosse o suficiente)...

23
Abr13

Últimos minutos do dia

Eu normalmente deito-me entre a meia-noite e a uma da manhã, mas demoro outro tanto tempo a adormecer - salvo se estiver completamente derreada. Isto porque essa fracção de tempo em que estou meia a dormir, meia acordada é o momento em que a minha cabeça entra em turbilhão - passa por todos os problemas e preocupações até as ideias mais criativas que já tive, incluindo 80% dos textos que aqui escrevo.

Nesses longos minutos, o corpo já não responde muito bem; se quiser mover um braço, já tenho de fazer um esforço extra, porque tenho plena noção de que essa parte de mim já está mais adormecida. Mas a cabeça não pára - revejo o meu dia, irrito-me por ter dito uma coisa quando devia ter dito outra que se adequaria melhor a uma situação, faço planos, lembro-me de que fiquei de escrever um texto e começo a escreve-lo mentalmente... enfim, muita coisa.

É incrivel como os últimos momentos do meu dia, quando estou mais cansada e desgastada, acabam por ser os mais produtivos.

23
Mar13

A política das mensagens à noite

Desde miúda que a minha mãe me ensinou que não se deve ligar para as pessoas depois das 22h, e isso ficou bem interiorizado em mim. Sempre que ligam cá para casa depois disso, das duas, uma: ou é um louco mal-educado ou uma emergência. O mesmo se passa com o meu telemóvel: se receber uma chamada tardia, o meu coração dispara de preocupação. Mas tudo muda em relação às mensagens.

O meu telemóvel recebe e envia mensagens durante as 24 horas que o dia tem, de forma completamente despreocupada. Desde há 4 anos atrás - altura em que me a minha vida social se agitou um pouco, felizmente!, - que recebo mensagens às 2,3,4,5 da manhã, e não me importo minimamente. Muitas das vezes até respondo, graças aos meus sonos estranhos. Como durmo por secções e tenho muitas fases em que acordo durante a noite, respondo às mensagens que me mandam (também a horas "indecentes") na altura em que calhar - e não é por mal, não é com a intenção de acordar ninguém. Mas se me mandam mensagens em horários estranhos, suponho que não se importem de também as receber no mesmo regime, ficando o meu cérebro a "pensar" que há pessoas com os sonos tão trocados como eu. Porque, no fundo, há sempre a esperança de existirem outras aves raras com os mesmos problemas que nós.

 

P.S.: Essas aves "raras" existem, portanto não são assim tão raras. Eu cá conheço algumas, o que me faz sentir muitooooo melhor!

07
Mar13

Vai ser bonito, vai

A luz está a ir abaixo de vinte em vinte minutos sem razão aparente - algum aparelho, entre os milhentos de cá de casa, está a causar isto.

Pelos motivos que já expliquei aqui, a continuar assim, espera-me uma noite terrível. Boa noite para vocês também, sim?

28
Fev13

Sou uma pessoa estranha

Estou outra vez numa fase em que me custa imenso adormecer. Deito-me, muitas vezes exausta, e mal me estendo na cama parece que uma força que não tinha antes se apodera de mim. Dormir, nicles. E aí começo a pensar na morte da bezerra, nos testes, na minha família, naquilo que tenho que fazer, num post que quero escrever, num tpc que me esqueci de fazer e coisas que tais - ou seja, na sua maioria, as preocupações normais de uma jovem. Mas ontem foi diferente: não sei porquê mas, de um momento para o outro, uma música surgiu-me na cabeça:

 

 

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