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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

13
Fev16

E o curso de fotografia chegou ao fim

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(ontem, na inauguração da exposição)

 

Parece que foi ontem que contei aqui que me tinha inscrito num curso de fotografia - na verdade foi há meio ano, mas com tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo, parece que os meses voaram. E ontem acabou. Inauguramos a nossa exposição coletiva de fotografia no Hard Club, com casa cheia, mesmo estando um autêntico dilúvio lá fora e um trânsito muito complicado nas ruas do Porto. 

O balanço final é super positivo, com zero arrependimentos e muito orgulho em tudo o que aprendi e evoluí. A minha única queixa e tristeza provém de algo que ninguém pôde controlar: fui operada numa altura crucial do curso, em que já tínhamos todos os conhecimentos para tirar boas fotografias e onde devíamos melhorar com o treino. Como estive praticamente um mês em casa (entre pré-operação e pós-operatório), a prática de fotografia foi severamente prejudicada; a maioria das fotos que tenho, tanto na exposição como no meu trabalho final, foram tiradas aqui em casa, porque não havia mais sítio a que pudesse recorrer. Sinto que a minha evolução, principalmente comparada com a dos outros colegas, foi bastante menor do que devia - e não nego que tal me entristece, embora saiba que não tenho culpas no cartório. A parte boa é que agora tenho toda uma vida para praticar e evoluir da forma que sempre sonhei, desde o início!

Quanto ao curso, só tenho boas referências, informações e recordações para partilhar. O Hugo Lima é um óptimo formador, que sabe muito sobre o que ensina e sempre disponível para nos ajudar; o curso está muito bem construído e dividido, pensado ao pormenor para acompanhar a evolução dos alunos e até a estrutura de pensamento que devemos ter enquanto estamos a fotografar. Apesar de só ter ido a uma saída em grupo (são originalmente duas e este ano tivemos direito a uma extra), gostei muito de aprender a ver as coisas de outra forma, de um ângulo mais "fotográfico". 

Por outro lado, há também as relações pessoais que se desenvolvem e que, espero, fiquem por muito tempo. Dei-me mesmo muito bem (coisa rara em mim) com um par de pessoas e adorei partilhar a experiência com outras tantas: todas apaixonadas pela fotografia, com vontade de aprender e partilhar conhecimento. Apesar de existirem sempre algumas empatias, não houve "grupos" (ao estilo da faculdade) e toda a gente se dava com toda a gente, o que foi algo mesmo muito agradável de vivenciar. E o próprio escape de, todas as semanas, termos uma aula diferente, com pessoas diferentes das que estamos todos os dias, é mesmo muito saudável.

Aconselho todos os que tenham este gosto pela fotografia e possibilidades (tanto temporais como financeiras) a fazerem este curso. Acreditem que, por tudo o que se aprende e se experiência, é um curso muito em conta! E vale muito, muito a pena! Se tiverem curiosidade em ver os resultados obtidos por nós neste curso, podem sempre passar no Hard Club e ver a nossa exposição - eu sou suspeita, mas acreditem que está muito gira! A exposição está patente até dia 7 de Março, todos os dias, desde as 10.30h até às 00h - e a entrada é livre e gratuita! Eu já tenho saudades. 

 

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 (foto da Lígia Rocha, colega de curso, no único passeio fotográfico a que fui - com a minha mochila, tripé e máquina fotográfica!)

02
Dez15

É uma questão de abrir a pestana

“Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.”

José Saramago

Eu acho que já tinha sensibilidade para fotografar antes de ir para o curso. Técnica, agora vejo, não tinha absolutamente nenhuma! Mas a verdade é que hoje em dia, e tendo em conta a qualidade das máquinas e as suas capacidades de tirar fotos incríveis em modo automático, a sensibilidade conta muito - embora não seja tudo, porque hoje em dia, a fotografar em manual, sinto que tiro fotos trinta vezes melhores do que há quatro meses atrás.

Mas apesar de já ter sensibilidade, acho que não estava suficientemente atenta ao mundo, algo que sinto que está a mudar gradualmente. Tirava fotos em festas, em momentos especiais ou que sabia que iam ser marcantes mas, fora isso, registava outras coisas mais espontâneas com a câmara do telemóvel. E, diga-se de passagem, não eram assim tantas: uso muito fotos para lembretes, para tirar fotos às capas de livros que me parecem interessantes e sobre os quais quero investigar; tiro algumas selfies nos dias em que me sinto particularmente bonita (e posso adiantar que não são assim tantos) e outras vezes a comida, aos meus cães ou coisas random do género. Mas não estava atenta aos pormenores da vida, às coisas bonitas, aos enquadramentos que me podiam dar boas fotos - e hoje estou. De tal forma que o meu instinto agora é andar sempre de máquina às costas, pronta para qualquer eventualidade e para captar os momentos mais bonitos do meu dia.

A parte menos boa é que, ultimamente, tenho visto algumas "photo oportunities" em situações que não posso fotografar: acontece muito enquanto estou a conduzir. Hoje, por exemplo, estava a vir para casa e passei numa zona mais alta da VCI (para quem não é do Porto, é uma das artérias principais da cidade, ao estilo da 2ª circular ou a CRIL em Lisboa) de onde se via um pôr do sol absolutamente magnífico. O sol estava super nítido, estilo bola de fogo bem quente e delineada a cair no horizonte, com todas aquelas cores impossíveis de nomear. Apeteceu-me encostar o carro, sacar da máquina que estava ali no assento ao lado e captar o momento - mas não pude. Da mesma forma que não pude apanhar o momento em que uma ave de rapina (parecia-me um falcão, mas sou tudo menos especialista nesta área) pousou num rail da Via Norte, logo após ter visto esse pôr-do-sol magnífico. Não sei se estava ferido (não pareceu) ou se desceu para caçar alguma coisa que estivesse no mini-jardim que separa os dois sentidos desta via, mas que é algo raro de se ver, lá isso é - e não há dúvidas que daria um fotografia espetacular, não estivesse eu a conduzir a 80 kms por hora.

Isto para dizer que é tudo uma questão de abrir a pestana e de observar o mundo à nossa volta - com olhos de ver! Hoje percebo que o facto de só querer e estar mentalmente disposta a fotografar naqueles dias especiais ou marcantes fazia com que não estivesse atenta a tudo resto em todas as outras alturas - alturas essas onde, inevitavelmente, as melhores oportunidades surgem, porque é precisamente quando nós não estamos à espera que as melhores coisas acontecem. Olho aberto e câmara às costas, é essa a receita mágica.

18
Nov15

A minha companheira de fotografia

Uma das primeiras coisas que percebi quando comecei o curso de fotografia foi de que precisava de uma bolsa para a máquina em forma de mochila. Tinha uma de pôr no ombro, mais para o comprido, onde se punha a máquina na divisória central - de forma "suspensa", logo a parte de baixo ficava desaproveitada - e tinha mais dos espaços laterais, muito pequenos e apertados. Não havia, por isso, muito sítio onde meter as coisas que quisesse transportar e tinha a grande desvantagem de estar apoiada num só ombro - e tendo em conta que já sabia que ia fazer grandes caminhadas para tirar fotos, não queria chegar ao fim do passeio toda "torta" por estar com o peso de um só lado. O professor, logo na primeira aula, foi muito claro em relação a tudo o que eram sacos de transporte: o segredo está em experimentar, sempre! E como devemos seguir os conselhos de quem sabe, foi isso mesmo que fiz.

Fui à Fnac e procurei por opções. Já estava preparada psicologicamente para gastar quase uma centena de euros nisto, porque todo o que envolve material fotográfico é caríssimo. Reparei que 90% das mochilas expostas não eram bem mochilas: só tinham uma alça, que cruzava o corpo de forma diagonal; não eram tão más como a que eu tinha mas, ainda assim, não era aquilo que procurava. Pedi ajuda à funcionária - super prestável, vale a pena ir à Fnac do MarShopping comprar material fotográfico, só tenho ouvido coisas positivas - e ela falou-me numa outra mochila, que não estava exposta porque saía muito bem e que, pela descrição que eu lhe dava, ela achava que eu ia adorar. E não é que estava mesmo correta?

A mochila é perfeita. Não é muito grande nem muito pequena; não é pesada; tem divisórias amovíveis, para podermos adequar ao material que queremos levar; tem um bolso na parte da frente, onde cabe a agenda e o meu caderno de fotografia e na parte de dentro tem mais três bolsinhos, onde cabem as chaves, os óculos de sol e outras coisas mais pequenas; e, não menos importante, era a mais barata de todas! 40 euros, por uma mochila fotográfica deste género, é uma verdadeira pechincha!

Já ando há três semanas a passea-la (e não só nos dias em que tenho aulas de fotografia) e tem sido uma companheira espetacular, não podia estar mais feliz com a minha compra. A minha intenção, ao comprar uma mochila, era também evitar andar com duas malas quando fosse fotografar: ou seja, não andar com a minha carteira de sempre, onde meto o porta-moedas, chaves, telemóveis e etc. e a outra com o material fotográfico. Assim, com a mochila, evito andar com duas malas a pesarem-me e a perturbarem-me na liberdade de movimentos. Guardo tudo lá dentro, muito bem acondicionado, meto a mochila às costas e estou pronta para todos os quilómetros que me apresentarem. Aconselho vivamente!

 

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 Podem ver mais detalhes no site da fnac.

 

(mais sobre o curso de fotografia em breve!)

28
Out15

As fotos são o que fazemos delas

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Uma das coisas que estou a aprender no curso de fotografia é a valorizar a fotografia; valorizar o momento em que se tira, pôr nela a nossa carga de conhecimento e sentimento necessários para que aquela captura seja boa, seja única e que fique para sempre e não fique no meio de umas 30 que tiramos de uma só vez a uma mesma coisa para garantir que uma delas sai bem, numa espécie de tentativa e erro consecutiva e exaustiva. No fundo é passar para o digital aquilo que tenho tentado fazer com a minha polaroid, onde aplico a mesma filosofia e tento deixar para trás esta nova moda de tirar foto a tudo, a toda a gente e em todos os momentos da nossa vida.

Houve duas pessoas que me entusiasmaram desde cedo para o mundo da fotografia e é também por causa deles que hoje estou a tirar o curso: são elas o meu irmão e o meu pai. Sempre os vi de máquina na mão, querendo registar os melhores momentos das nossas vidas. São fotógrafos diferentes, mas inspiram-me cada um da melhor forma: o meu pai mais clássico e o meu irmão mais artístico, como não podia deixar de ser. Foram várias as vezes em que me tentaram explicar termos como "tempo de exposição", "abertura de diafragma" e etc., mas eu sentia-me sempre um bocadinho burra e que o conhecimento que eles me tentavam passar nunca chegava a bom porto. Agora, finalmente!, já começo a perceber tudo isto.

A foto acima foi tirada no dia em que comprei a minha nova máquina, comprada de propósito para este curso. Na altura o meu irmão ainda cá estava e, mais uma vez, deu-me uma mini-lição sobre pormenores técnicos da fotografia, utilizando a máquina em modo manual e uma objetiva sem a possibilidade de foco automático. Aqui sim, foi uma questão de tentativa e erro, para ir vendo os resultados que íamos obtendo. Enquanto ele fazia testes e apontou a máquina para mim, só tive tempo de desfazer o puxo atabalhoado com que ando sempre aqui em casa e sorrir. Saiu a foto acima - desfocada, com falta de luz mas que eu adoro, de coração. Porque foi ele que ma tirou, porque foi no momento certo e tem uma história por detrás. Porque as fotos são o que fazemos delas.

21
Ago15

Novidades fresquinhas

Inscrevi-me num curso de fotografia! Vai ser um curso de três meses, a começar em Setembro e a acabar no Natal.

Era uma coisa que eu já queria há algum tempo. Sempre gostei de fotografia, sempre adorei andar de máquina na mão, mas cedo percebi que entendia pouco do que estava a fazer. Tanto o meu irmão como o meu pai sempre adoraram fotografar e falavam-me várias vezes do diafragma, do tempo de exposição e coisas assim... mas os conceitos nunca entraram. Queria mesmo, mesmo aprender com quem sabe mas, como sempre, há a eterna tentação de adiar pelas trinta razões que a nossa cabeça arranja.

Mas, para mim, chega. Já há uns meses que andava a matutar no assunto e inscrevi-me no curso do Hugo Lima, o fotografo oficial do Primavera Sound e do Paredes de Coura. Comecei a ouvir falar nele no início do ano, quando estávamos à procura de convidados para o Fora da Caixa e ele acabou depois por aparecer num programa de outra turma, o que me deu o empurrão para saber um pouquinho mais sobre ele. Depois, no Primavera, enquanto "chateava" os fotógrafos no fosso, tive a oportunidade de me cruzar várias vezes com ele - e depois ver as fotos maravilhosas que tirava. Só me inscrevi no curso hoje, mas acho que desde essa altura que tenho a decisão tomada.

Foi também essa a razão que me levou a comprar uma máquina nova - isso e a hipótese vaga de começar a gravar alguns vídeos (a ver vamos). A minha antiga estava com o flash avariado e não filmava e aproveitei que a Nikon D3200 estava a bom preço para a trazer para casa. Acho que lhe vou dar bom uso e, finalmente, perceber para que servem todos os botõezinhos da máquina! Vão-se preparando psicologicamente para a avalanche de fotos que aí vêm =)

 

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