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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

28
Mar19

Existe excesso de método e de organização?

Se falarem com a minha mãe é provável que ela vos diga que eu sou um nadinha desarrumada. Eu diria que tenho dias, até porque não consigo viver com as coisas desalinhadas e fora do sítio durante muito tempo. Mas uma coisa é inegável: eu sou organizada. Adoro ter um sítio para tudo, arranjar soluções lógicas para guardar cada coisa num respetivo local. Tenho montes de caixas, caixinhas, caixotes, sacas, saquinhas, sacolas e tudo o que sirva para compartimentar espaços e deixar tudo no seu devido lugar.

Custa-me um bocadinho admitir isto, mas cá vai: organizar as coisas com método e lógica é algo que me dá prazer. Não só por gostar de saber onde estão os objetos mas também porque gosto de pensar em formas inteligentes de as arrumar. Há só um pequeno senão: por vezes meto-me em empreitadas tão grandes, tão complexas, que é preciso muita força de vontade (que, às vezes, perco) para as terminar, acabando as coisas por ficar em banho-maria durante demasiado tempo. Aliás, basta olhar para os meus objetivos para este ano e perceber que dois dos pontos têm que ver com organização (a elaboração do álbum de vida dos meu avós, que implica scannar e catalogar todas as fotos tiradas ao longo da sua vida, e a própria reorganização das minhas fotos, algo que já comecei e que prevejo que me vá demorar um ano inteiro a concluir). 

Só há uns dias é que percebi que isto de organizar tudo é uma mania já antiga. Relembrei os tempos em que fazia colares, pulseiras e outras bijutarias e cheguei à conclusão que passava mais tempo na minha bancada a organizar as coisas (pôr as peças por cores, colocar etiquetas nas gavetas, fazer uma utilização optimizada do espaço, pôr os diferentes tipos de mosquetões em saquinhos vários, etc.) do que propriamente a conceber peças.

Sabendo disto e pensando que me enfio em projetos que prevejo que demorem um ano a serem concretizados, ontem passou-me uma ideia terrível pela cabeça: será que há um limite para o método e para a organização? Existe isto da "organização em excesso"? Ou seja: organizar tanto que às vezes não compensa o retorno e as vantagens que traz, acabando por ser trabalho, tempo e até material gasto em vão?

Eu, organizadora assumida, gosto de pensar que não. Que a longo prazo, o tempo que poupamos a não procurar as coisas compensa tudo o resto. Mas suponho que dependa das perspetivas e da forma de ser de cada um de nós. Eu acho que já não tenho cura: só a ideia de me livrar das minhas caixinhas e etiquetas me dá suores frios, por isso prefiro perder tempo a organizar tudo, não me vá dar um fanico. Se me der, ao menos morro descansada: quem ficar a arrumar as minhas coisas saberá onde está tudo. Isto dá ou não dá paz a uma pessoa?

 

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05
Nov17

O meu organizador de anéis

Este blog não é para desarrumados ou desorganizados. Tenho uma leve noção da quantidade de coisas que aqui publico relacionadas com formas de arrumar e organizar objetos (reais ou virtuais) e, por isso, peço desculpa se isto for uma autêntica seca para a maioria das pessoas. Acho que se houvesse um blog só a falar sobre formas de organizar tralhas eu seria a primeira subscritora: estou sempre à procura de formas mais eficazes de ter tudo arrumado, ocupando o menor espaço possível, e por isso é que às vezes posso abusar do assunto aqui. Muitas vezes são soluções que eu nunca antes tinha encontrado e que acho que podem ser úteis a outras pessoas - por isso, se já estiverem em overdose de posts-sobre-arrumações, peço desculpa em avanço.

Hoje, mais uma vez, trago um achado do ebay. Uma das minhas gavetas mais caóticas é a das bijuterias/adornos. Tenho lá os óculos de sol e os relógios e depois todas as coisas mais pequenas como colares, pulseiras, brincos e anéis. Quem me conhece sabe que os anéis são, de longe, a minha peça favorita para usar no dia-a-dia - tenho muitos (demasiados, confesso) mas vou sempre alternando e formando novos conjuntos. Normalmente, com a pressa, deixo-os em cima de um prato que tenho junto à porta de saída (mesmo prontos a pegar, pôr no dedo e sair) e passado uma semana está tudo lá ao molhe, já não consigo distinguir os anéis um do outros e acabo por pegar sempre nos que estão em cima (e, por isso, usar sempre os mesmos).

Fui à procura de soluções e encontrei a mais óbvia: um arrumador de anéis, daqueles que se vêem nas lojas ou nas feiras de artesanato, mas muito mais barato do que aquilo que é costume. Custou-me três euros, e o toque em cima é muito semelhante ao veludo - a parte de baixo é que é claramente fraca e barata, feita de cartão, daí o preço tão em conta. Mas se for para o manter dentro de uma gaveta, para além de servir perfeitamente, ainda faz um brilharete - e ajuda imenso a dar um ar arrumado à gaveta do demónio. 

Deixo a foto abaixo. Para comprar basta clicar aqui.

 

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12
Jan17

Arrumações do demónio

Há três coisas que tenho de fazer periodicamente, que odeio e que juro sempre que não volta a acontecer [e depois faço na mesma]. Acontecem porque faço igualmente três coisas, mesmo não devendo e embora me chicoteie mentalmente sempre que as tenho de desfazer. São elas: 1) gravar documentos no ambiente de trabalho com a desculpa "não tenho tempo para arrumar no devido lugar"/ "é para apagar logo a seguir por isso não tem mal gravar aqui" / "está mais à mão para ter no blog"; 2) deixar acumular emails no gmail, ao ponto do meu telemóvel anunciar que tenho 1278 emails por ler e ter outros dois mil para arrumar pelas 54 pastas que tenho, com a desculpa "não tenho tempo para ver este email agora" / "este tem de se ver no computador porque é um powerpoint" / "este é muito grande e não tenho paciência" / "quando chegar a casa depois do trabalho trato disso"; 3) e por fim, uma combinação destas todas: arrumar tudo nas devidas pastas - incluindo aquelas coisas que já estão naquelas outras pastas criadas em desespero de causa, chamadas "PARA ARRUMAR".

E sim, estão a pensar bem: estou no meio de uma dessas arrumações do demónio. Já estou a arrancar cabelos e a pensar "porque raio é que eu deixo isto acontecer sempreeeee?!" e a fazer promessas que sei que vão ser em vão - o que não impede que eu as faça - tais como "NUNCA mais na vida deixo isto chegar a este estado de sítio". Porque a verdade é que isto chega a um ponto em que eu própria já não consigo conviver com o meu computador - não há sítio por onde passe que não tenha lixo e coisas por arrumar e eu começo a dar em doida. Chego a estar a trabalhar, gravar alguma coisa numa pasta caótica e me apetecer parar tudo só para arrumar a dita cuja.

Mas esse é o problema das arrumações: quando uma pessoa começa a arrumar - e se quer as coisas bem feitas - acaba por ter de mexer em tudo. Põe-se uma coisa noutra pasta, essa pasta também está num caos, começa-se a arrumar, passa-se a outra que está igualmente desarrumada... e nisto passam-se dias. E ainda há outro problema: aquelas coisas que simplesmente não têm sítio e não há pastas onde as meter. Enfim. É um drama.

Sei que devia ter uma regra qualquer para impedir isto - sei lá, obrigar-me a limpar as pastas e o ambiente de trabalho todos os domingos ou algo assim parecido. Mas acho que vou falhar com a minha palavra. Juro que não sou uma pessoa desarrumada e até gosto muito de organizar coisas - mas não consigo ultrapassar esta questão. Aí umas três vezes por ano isto acontece: e durante todas elas eu digo mal da minha vida, passo horas de desespero enquanto arrumo tudo e depois, estúpida, faço igual. Há dias em que me odeio. Arrg!

27
Set16

Como arrumo os meus postais?

Ainda mais do que os colares (que já falei aqui), os postais foram das coisas que mais dores de cabeça me deram. Tenho muitos postais e não sabia onde e como os arquivar. Andei pelo ebay à procura de alternativas e coisas feitas a pensar nesse problema e não encontrei nada que gostasse; vi ideias no pinterest, perguntei a pessoas que também fazem coleção... nada. Ou ideias pouco práticas (o pinterest é particularmente rico nestas...), caras ou de que não gostava.

No meu caso o problema não estava nos postais do postcrossing, que arquivo consoante o país de envio em capinhas especiais para o efeito. Só aí tenho 600 postais, por isso todas aquelas alternativas janotas de os pendurar na parede e coisas que tais não funcionam muito bem; arquiva-los em capas não é uma opção que adore, porque só se vê a parte da frente do postal (na parte de trás está outro, para otimizar espaço), mas aprendi que nesta matéria não há alternativas perfeitas. 

O problema estava em todos os outros que já tinha antes de fazer postcrossing ou que fui adquirindo ao longo do tempo: os que comprei em viagens, outros antigos (e escritos) que comprei em leilões, ou ainda muitos que me foram oferecendo, ora porque compraram especialmente para mim ou porque tinham em casa uma coleção antiga a que já não davam valor. Muitos não eram de locais ou assuntos fáceis de catalogar, pelo que estavam aqui a monte até lhes arranjar uma alternativa - até porque alguns são especiais ou têm notas engraçadas por detrás e não queria que ficassem entalados numa "mica" para todo o sempre.

Em mais um destes fins-de-semana de arrumação decidi que a confusão generalizada em matéria de postais não podia continuar e, mais uma vez, socorri-me da loja dos chineses para comprar uma caixa de madeira fina para os guardar a todos. Alguns são de cidades e regiões, pelo que consegui pô-los por ordem alfabética; outros não são de nada em concreto e estão simplesmente lá. Também tenho alguns que estão numa espécie de álbum que não quero estragar, pelo que esta solução foi perfeita para isso.

Não é nada de especial, é talvez a opção mais óbvia e prática, mas pareceu-me a melhor. Tentei organizar a caixa da forma mais racional e lógica possível e, até agora, tem resultado bem. Estas caixinhas, para além de leves, práticas e baratas, podem ser decoradas e pintadas - eu não tenho via artística para isso e gosto de as ver assim, em modo simples, mas é mais um ponto a favor delas. Ficam as fotos.

 

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25
Set16

Como arrumo a minha bijutaria?

Eu posso não ser a pessoa mais arrumada do mundo, mas sou definitivamente organizada (sim, porque são coisas diferentes!). Aliás, acho que tenho uma certa panca pela organização. Percebi isso há vários anos, quando ainda fazia colares e outro tipo de bijutaria. Eu tinha uma espécie de "banca de trabalho", com várias caixinhas, saquinhos, mini-armários... enfim. E tinha muitos materiais de trabalho: mosquetões, peças de vidro, peças de feltro, botões, arame, alicates, etc.. E dava por mim a organizar tudo isso das mais diversas formas, muito mais do que a fazer colares - punha as peças por cores, as coisas para colares num sítio, para pulseiras noutro, sendo que dentro dessas gavetas ainda tinha saquinhos catalogados. Uma panóplia de coisas que nunca mais acabavam, porque há sempre formas diferentes e melhores de se organizar o que quer se seja.

Hoje em dia já não faço colares (só às vezes) e a minha banca de trabalho há muito que não existe. Mas a minha veia de organizadora compulsiva continua. Tenho dedicado os meus fins-de-semana a arrumar coisas e, logicamente, isso implica organiza-las. E há certos objetos que é um drama organizar e que eu ando há anos há procura de soluções viáveis. Um desses dramas era a bijuteria: onde é que posso meter as centenas de coisas que tenho ocupando o mínimo de espaço e mantendo-as organizadas, sem formarem nós cegos entre elas? Ao longo dos anos optei por várias soluções, umas melhores que outras, e no último fim-de-semana fiz mais uma remodelação neste campo. 

A primeira medida foi dar metade daquilo que tinha. Tinha muito colares feitos por mim que já não usava, outros que já não gostava. E anéis? Tudo o que era made in Parfois&Companhia foi morar para outra paragem - já me mentalizei de que não vale a pena gastar dinheiro, por pouco que seja, em anéis que não têm (pelo menos) banho de prata. Eu sou daquelas pessoas que usam anéis até à exaustão, que tem paixões e amores efusivos por eles, e os anéis da Parfois não se podem usar durante mais de duas horas, a menos que queiramos andar com os dedos manchados durante dias. Para além do mau que é andar com os dedos todos negros, os próprios anéis ficam horríveis, por isso é um desperdício de dinheiro. Para além desses, tinha outros também feitos por mim que já não gostava e ainda outros que já não me serviam e que optei por dar.

Com tudo o que restou (e que ainda foi muita coisa) optei por ir comprar umas caixas de madeira (daquela muito fina e leve) aos chineses. Conheço uma loja gigante aqui perto de casa que tem caixas de todos os tamanhos, formas e feitios a preços muito apetecíveis, que já me tinham sido úteis noutras situações (depois partilho), e que são perfeitas para o efeito. Também já tinha umas de acrílico, compradas na Área para outro efeito (na altura por uma pequena fortuna, acho que o preço deve manter-se - e digo já que não compensa!), e que também improvisei para pôr as minhas pecinhas. Assim fiquei com muitas divisórias, de diferentes tamanhos (não precisava de divisórias grandes quando tinha colares que eram só um fio de prata), e algumas com tampa, o que previne do pó. Como vão ver, a maioria está na gaveta do meu armário e só duas das caixas, por serem demasiado altas, é que ficaram de fora. 

Até hoje, e de todas as soluções que tive, esta parece-me ser sem dúvida a melhor. Ficam as foto abaixo para terem uma ideia.

 

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