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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

08
Jul20

O dia da perda de um amigo de quatro patas

O adeus ao Tomé

Há dias que não nascem para sermos felizes. Às vezes sabemo-lo como dado adquirido, outros sentimo-lo, noutros estamos simplesmente às escuras e, durante o decorrer daquelas 24 horas, damos de caras com qualquer coisa que nos faz querer não nos termos levantado na cama nessa manhã. Mas os dias são para se viver - mesmo os tristes.

E hoje é um deles.

Hoje disse adeus ao guardião mais antigo de minha casa. O Tomé faria 11 anos em Novembro, estando connosco há mais de uma década. Nasceu com um problema na anca e os quase 70kg que carregava todos os dias (não por ser gordo, mas por ser enorme) não ajudaram a que tivesse uma vivência fácil nos últimos tempos. Chega uma fase em que é difícil balançar o nosso sofrimento, por o vermos assim, com o sofrimento deles; eles não falam, não conseguem exteriorizar de forma precisa a dor que sentem, e nós deixamo-nos levar por uma pontinha de egoísmo que nos diz que "amanhã ele estará melhor", tentando adiar o inadiável mais um só dia - e fazendo o melhor possível, puxando por ele, cuidando dele e festejando as suas vitórias como se fossem as nossas. Até ao dia.

O dia foi ontem - o da decisão. O dia foi hoje - o da perda. Decidir a morte de um cão é mau; mas pior é vê-lo a perder a vida em frente aos nossos olhos. É uma dor que temos por garantida no dia em que um cachorro vem para nossa casa, mas para o qual nunca estamos preparados - muito menos se temos de decidir por eles a hora de partir.

Guardo do Tomé o seu instinto de proteção - tão grande como a sua teimosia. Não me esqueço das primeiras vezes que fui tomar café à noite e ele me esperava religiosamente no portão, só indo dormir para o seu posto quando eu chegava a casa. E acho que recordarei sempre, pelo menos enquanto todos à volta da mesa nos rirmos, das vezes em que ele foi confundido com um animal selvagem - quando uns estafetas vieram fazer uma entrega mas não passaram do portão, alegando que "não era legal ter leões em casa"; das vezes em que fugiu, assustando as pessoas de cada vez que irrompia pelas suas casas adentro, deixando-as - e muito confusas - perante o enorme intruso que tinham à sua frente. Já para não falar da altura em que o tosquiamos e enganamos toda a gente, dizendo que tínhamos adotado um cão que estava perdido na rua - e os outros, para além de acreditarem, ainda acrescentavam: "coitadinho, é tão feiinho, mas tem um ar tão feliz!". 

O Tomé não era o rei da selva, mas era o rei lá de casa. Amuava quando íamos de férias, não nos dirigindo sequer o olhar, e era subtilmente comprado pelo meu pai depois deste lhe oferecer uma bandeja de costelinhas, prontas para ele destroçar com os seus caninos de quase-leão. Se isso não é de rei, o que será?

É muito fácil que, nestes momentos de dor imensa, tenhamos a tendência de só olhar para o presente (e até perspectivar o futuro). Muita gente diz não querer passar por isto outra vez, recusando-se a voltar a ter um animal de estimação - mas olhando para a balança, o que valeu mais? Os dez anos de alegrias, de peripécias e mimos ou este momento? Para mim compensa sempre a vida e os momentos que partilhamos com cada um deles, mesmo que a dor da despedida seja imensa.

O Tomé partiu hoje mas fará sempre parte da nossa história e da nossa casa. O seu rugido e andar característicos de leão, as suas patas gigantes, o seu carinho e lealdade, os seus olhos doces e focinho gigante deixarão saudades por entre aqueles muros e as paredes do nosso coração. Que agora viva sem dor e corra livremente pelos jardins fora, como fazia dantes.

 


Tomé
24 de Novembro de 2009 - 8 de Julho de 2020 

 

NoJardim_Mar17 (33).JPG

DSC_0433.JPG

120722 Na Piscina com Tomé (36).JPG

03
Fev18

Fui traída pela minha cadela

(depois de escrever este título senti-me um daqueles youtubers parvos da moda, atrás de um clickbait – mas o pior é que ele tem um fundo de verdade)

 

A Molly é uma cabra. Não, isto não é um insulto para a minha cadela. Ela, embora seja um canídeo, tem de ter algures no seu ADN qualquer coisa que a faz agir tal e qual as cabras e os bodes, principalmente no seu chato hábito de trepar e saltar para cima das coisas. Desde pequena que a vi em cima de arbustos e pequenas árvores, mas no último ano a situação agravou-se, pois ela aprendeu a subir aos muros. Tem os seus sítios estratégicos, sabe onde apoiar as patinhas e anda ali qual trapezista. Demorou a aprender – vi-a muitas vezes a dar saltos astronómicos em direção à parede – mas agora faz o que quer da vida.

A minha preocupação inicial era que ela fugisse de casa, uma vez que chegou a ir para a rua. Acabei por perceber que ela só vai lá para fora quando sente que há algo de excecional a passar-se (se eu for passear outro cão, se sentir que algo não está bem em casa, se formos de férias...), pelo que relaxei nesse sentido. Sempre que a via em cima do muro fazia com que descesse e mandava-lhe um berro, com esperança de a assustar, mas tudo foi em vão.

Porque agora ela arranjou algo muito melhor do que fugir de casa (e que subir o galinheiro, saltar para o quintal e mergulhar no meio do estrume): vai para a minha vizinha. Só me apercebi deste fenómeno quando ela ficou com o cio e a vizinha nos veio dizer que o cão dela estava a modos que entusiasmado. Fiquei confusa. “Mas como é que a Molly e o cão da vizinha interagem?”. Pois. Os muros não são um problema para aquela cadela.

Os meses foram passando e agora posso dizer-vos com segurança que a Molly leva uma vida dupla e interesseira. Quando lhe interessa, fica deste lado; quando está entediada, vai para o outro (onde lhe dão mimos e biscoitos). Fina como ela é, pelos vistos, até já bate à porta do sítio onde estão as guloseimas, como que a pedir mais docinhos.

Mas eu só percebi a gravidade da questão quando comecei a ver fotos dela nas redes sociais dos membros da família do vizinho. Nada contra: eu sei que ela é a cadela mais fofa e querida, não acho que isto seja um caso estilo super nanny, em que se põe em risco a privacidade da “criança”... mas caraças! Sinto-me traída! Anda lá ela, toda feliz da vida, enquanto o outro cão lhe dá mordidelas nas orelhas ou dorme no colo da vizinha... E eu aqui... durante quase quatro anos com mimos diários, a dar-lhe sempre um beijo de boa noite, a tirar-lhe as remelas todas as manhãs, a ensinar-lhe os truques todos durante horas... e ela troca-me. Anda uma pessoa a educar uma cadela para isto!

(Vendida!)

(Sim, tenho ciúmes!)

 

DSC_0529.JPG

 

 P.S.: Se os meus vizinhos estiverem a ler isto, quero só dizer que estou a brincar e que agradeço o facto de a tratarem tão bem. Agora que penso... talvez demasiado bem. ;) 

06
Out17

O meu jardim zoológico de sonho já é quase uma realidade

Passo a vida a dizer aos meus pais, em tom de brincadeira, que um dia (“quando for grande”) vou ter um burro, uma cabra, um porco e uma alpaca. De vez em quando lembro-me de juntar um outro animal à lista – acho que a girafa já fez parte, assim como uma vaca – mas este é o núcleo duro do meu “futuro” grupo animal.

Que dizer…? Tenho uma panca. Gosto muito de animais e como sempre achei que ia viver sozinha quando fosse mais velha, sem marido e sem filhos, começou-se a afigurar uma boa ideia ter uns animais de companhia para além dos cães e dos gatos (sim, porque para além daqueles bichos ainda quero um daqueles gatos sem pêlo que toda a gente detesta e eu adoro).

Tudo começou com o porquinho: há anos que adoro aqueles porquinhos-anões, que dormem em casa e que agem quase como cães domésticos (lembram-se deste instagram que um dia mostrei aqui?). Depois foi o burrinho – adoro burros, são dos meus animais preferidos e sinto-me sempre mal por se chamarem “burros” quando, na verdade, disso têm pouco. Sempre adorei cabras e o facto de serem todas espevitadas e irreverentes; já a alpaca… nem me lembro bem como surgiu, mas foi uma paixão à primeira vista.

Os meus pais passam a vida a revirar os olhos, dizendo que vou tornar esta casa num jardim zoológico. Eu rio-me com a perspectiva, embora saiba que não se vai tornar realidade (ok, talvez o burro...) – tenho pouco tempo para cuidar dos animais e conviver com eles, eles dão trabalho e encargos e eu sei que se um dia tivesse uma cabra ou um porco, nunca mais comeria este tipo de carnes, o que não é algo que (para já) esteja nos meus planos.

Mas, apesar de tudo, esta é uma conversa recorrente aqui em casa. Basta ver um burro na televisão para ficar toda derretida, quase que a pedir um burrinho como prenda de Natal, e isto tem originado uma série de prendas curiosas por parte da minha família. A primeira foi um “porco”, precisamente na quadra natalícia. “É uma coisa que queres muito!”, diziam-me. Abro, curiosa, o presente disforme e sai-me de lá um porco de peluche. “Não passas a vida a dizer que queres um porco como prenda?!”, responderam perante o meu olhar confuso.

Depois, como se um porco não fosse suficiente, ainda me deram outro. E, por fim, como não podia deixar de ser… um burro. Ou seja: o meu zoológico está quase a tornar-se realidade, mas em versão peluche. Por isso, se um dia virem algures no meu quarto animais fofos e peludos, não se assustem: primeiro porque não são reais, segundo porque eu sei que já não tenho idade para brincar com estas coisas. Percebam que é só o começo da minha quintinha, patrocinado pela minha família, sempre atenta aos meus pedidos-animais.

25
Set17

Sim, os meus cães são mais famosos que eu nas redes sociais

Eu tenho mais fotos dos meus cães do que aquilo que seria considerado "normal". Passo muito tempo com eles e acaba por ser uma boa desculpa para treinar a fotografia, dar uso às objetivas e dar uns disparos. Mas acabo por ter centenas e centenas de fotos deles que depois não sei muito bem que fim dar ou como organizar. Não as vou imprimir - embora os adore, acho que não faz sentido ter o quarto cheio de molduras com fotografias deles -, não as vou mandar para ninguém e também não tenho grandes descrições para os arquivos como "Molly no cruzeiro ao Adriático", "Calvin no Natal de 2016" ou "Cães nas férias de verão". No fundo, não tenho grande hipótese senão dividir isto por meses e enfiar para lá as fotos que tenho (mais as milhares que tenho desorganizadas no telemóvel...).

E há uns meses, enquanto divagava pelo instagram, encontrei uma página que era uma espécie de best of de fotografias que outros utilizadores postavam dos seus bracos (raça da Molly e do Calvin). Comecei a embrenhar-me nesse mundo, a pôr likes em tudo quanto era cão fofo e, a certa altura, o meu feed tinha mais cães que pessoas. Confesso que não me importo muito, mas achei aquilo um bocado confuso e dada a quantidade absurda de fotos que tenho dos meus cães, perguntei-me: "porque não?". E assim nasceu o instagram da Molly e do Calvin.

É lógico que não coloco lá todaaas as fotos que tenho deles, mas sempre ajuda a dar alguma utilidade às fotos, em vez de ficarem somente guardadas no meu computador, a apanhar pó e sem ver a luz do dia. Na verdade – e sei que estou a puxar a brasa à minha sardinha em todos os sentidos – há fotos bem giras, fofas e de-vez-em-quando-meio-artísticas que acho que vale a pena partilhar.

Por isso, se gostarem de cães, já sabem – sigam-nos em @mollyandcalvin. Se não gostam e acham ridículo o facto dos meus cães terem um instagram em nome próprio (onde inclusivamente falam na primeira pessoa), os meus parabéns: são pessoas realmente sãs e com juízo. Felizmente que não é o meu caso :p

 

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13
Jun17

Livros e animais: por uma causa solidária

Já há algum tempo que deixei totalmente de seguir no facebook páginas relacionadas com instituições animais, veterinários, associações de salvamento, acolhimento e etc. Isto porque me sinto perfeitamente incapaz de ajudar - não posso adotar mais bichos e sinto-me pessimamente em ajudar umas instituições e não ajudar outras (embora, nas recolhas de comida nos hipermercados e assim dê sempre alguma coisa). Depois vejo aqueles vídeos de salvamento, fotos de animais completamente maltratados, mal nutridos, vítimas de agressão e, em alguns casos, cheguei a ficar com o dia estragado, a chorar baba e ranho por causa daquilo. Por isso decidi não ver mais nada dessas coisas, salvaguardando-me, e tentando sempre ajudar como posso.

Proporcionarei a todos os animais que viverem comigo a melhor vida que lhes puder dar - e sei que são todos muito felizes aqui em casa - mas fora da minha zona de ação sinto-me um pouco com as mãos atadas. Mas, podendo ajudar, melhor. E chegou-me ao email um leilão solidário, onde vários autores portugueses quiseram contribuir, que reverte a favor da Associação Animais de Rua. Ou seja: ao comprarem (ou, para já, licitarem) um livro que estará autografado, ainda ajudam uma instituição ligada à causa animal. É a ligação de dois mundos perfeitos, não é?

No meio da lista de mais de cem livros encontram-se autores como Afonso Cruz, Mário de Carvalho, José Luís Peixoto, Richard Zimler e Miguel Esteves Cardoso. As licitações ainda não estão assim tão altas, muitas delas abaixo do preço de compra dos livros em livrarias, sendo que aqui ainda têm o toque especial do autógrafo! É aproveitar para juntar o útil ao agradável =)

Podem ver todos os livros e licitar aqui, no facebook da Animais de Rua.

22
Abr17

Hoje a família cresceu

Este acrescento à família já estava a ser pensado há muito e planeado em concreto há cerca de um mês - mas preferi não falar até o ter em casa, porque havia muitos "mas" e "se's" que precisavam de ser ultrapassados. E, acima de tudo, haviam medos que se relacionavam maioritariamente com a reação do outros cães aos mais recente membro (em particular a Molly, que conviverá mais com ele, e o Tomé, que não gosta de invasões no seu território).

Hoje, depois de quase três horas de carro, já o tínhamos nos braços e ficamos, como sempre, enamorados. Ainda é muito pequenino, dorme muito, mas já se nota o espírito brincalhão e reguila que lhe corre nas veias. A Molly já o acolheu e está sempre preocupada com o estado daquele que deve pensar que é o seu novo rebento - mas está estranha e eu estou preocupada com o facto de ela sentir que a atenção que eu lhe dava passou para ele (que não é verdade, hoje tentei sempre estar ao lado dela, mas nesta fase inicial é praticamente inevitável ter os dois olhos e pelo menos uma mão em cima do outro). A minha relação com esta cadela é qualquer coisa de especial e um dos meus medos era precisamente que a minha relação com ela mudasse pela introdução de um novo elemento: mas enfim, vamos indo e vamos vendo. Acho que, neste momento, ela está numa relação de amor-ódio com o cão (sim, é menino): por um lado, trata dele como se fosse sua mãe e já o protege dos outros cães; por outro, nota-se o ciúme e tem medo que ele ocupe o seu lugar (por exemplo com a comida, que hoje ia valendo uma mordidela ao pequenote).

O bebé ainda não tem um nome 100% definido (deve ser Charlie) e neste momento é o alvo de todos os olhares e preocupações aqui em casa. A introdução com os outros cães está a ser feita aos pouquinhos e assim terá de ser no futuro próximo, acima de tudo com muita paciência. Todas as outras "lutas territoriais" vão sendo ajustadas ao longo do tempo, esperemos que sem danos para nenhuma das partes. Nesta fase uma pessoa fica sempre com o coração nas mãos e todos os cuidados são poucos.

Nestes momentos o coração cresce e parece ter sempre espaço para mais um, não diminuindo o amor que se tem pelos outros - e essa capacidade que nós temos é mesmo incrível. Deixo as fotos do primeiro dia de "casa" do caçula da família.

 

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27
Jun16

Em dia de São João nem tudo é festa

O meu São João não foi feliz nem triste; foi simplesmente normal (e este "normal" inclui sempre o stress e o trabalho de quem organiza este tipo de festas todos os anos). Já lá vai o tempo da festança até altas horas da manhã, das guitarradas, dos saltos para a piscina à meia noite - e sim, estou velha e saudosista.
Mas, honestamente, o meu São João foi marcado por um "evento" ainda antes da festa começar. Tinha ido ao supermercado para fazer umas compras de ultima hora com a minha irmã e a minha sobrinha e, à vinda para casa, a minha irmã grita que estava um cão a ser atropelado no meio da rua. Eu não vi, estava fora do meu ângulo de visão, mas os gritos da dona faziam-se ouvir para todos aqueles que não fossem surdos.
Para que conste, a culpa não foi do condutor do carro, que pelos vistos nem se apercebeu do que tinha feito (só com o estado de choque da dona é que caiu em si): o cão estava sem trela num passeio pequeno e, provavelmente assustado com algo que veio do lado das casas, saltou para o meio da rua e foi atropelado. Independentemente das culpas, estas situações mexem comigo; pedi à minha irmã para parar o carro para ver no que podia ajudar. Fui ter com a dona, uma rapariga mais nova que eu que estava em estado de choque, num pranto sem fim. Tentei acalma-la e percebi que o cão, aterrorizado, fugiu dali (mesmo com a para da frente praticamente ao dependuro). Não me perguntem como nem porquê, mas larguei a dona e fui numa correria desenfreada atrás do cão - a minha irmã ia no carro, num pára arranca e dentro e fora, tentando acompanhar-me e ajudando-me a apanhar o bicho. Corri umas centenas de metros até conseguir apanha-lo, no meio da rua, mas felizmente numa zona menos movimentada. O cão, que não me conhecia e estava cheio de medo, quando viu que o prendi acabou por me morder - mas as forças que lhe restavam não eram muitas, pelo que cedeu, vendo que não o largava.
Entretanto a minha irmã voltou para trás, foi buscar a dona e esperamos pela mãe dela, que espero que tenha levado o bichinho ao veterinário. A pata da frente estava em mau estado, com osso de fora e carne demasiado exposta, mas estou em crer que mesmo amputado o cão vai conseguir ter uma vida feliz (porque, apesar de não estar eximiamente tratado e da falta de sangue frio da dona, via-se que ela gostava dele).
Cheguei a casa com as pernas a tremer como varas verdes (tanto da adrenalina como do sprint que fiz é que não consta das minhas abolisses normais) e os braços ensanguentados, mas com a sensação de dever cumprido e consciência tranquila. Pode não ter sido o melhor São João de todos os tempos, mas não há nada que pague a sensação de dormirmos de consciência limpa.

(E, por favor, não andem com cães na rua sem trela!)

29
Mai16

Acabei de descobrir o meu instagram favorito

Quem me conhece sabe que eu adoro porquinhos anões e que gostava imenso de ter um de estimação. As pessoas acham que os porcos são necessariamente animais de quinta e é mentira: conseguem ser limpos, ter uma vida doméstica normal e, para além disso, são super inteligentes. E, claro, já não estou a falar da grande evidência: são só a coisa MAIS FOFA deste mundo e do outro.

À custa disto já tenho dois porquinhos de peluche algures pelo meu quarto. De tanto pedir um porquinho de estimação, a minha mãe e irmã - já por duas vezes! - me presentearam com porcos no Natal. Esqueceram-se do facto de que aqueles que me deram eram de peluche, mas esse é um pormenor que não interessa nada, não é verdade?

Mas bem: hoje, enquanto recuperava da minha gripe e passeava pelo instagram, fui ver o que estava "trending" e dei de caras com o melhor e mais fofo instagram de sempre. Já estão a ver o que é, não já? Passo-vos então a apresentar o instagram do "Paddington, The Pig", um porquinho anão de seis meses que "publica" fotos e vídeos diariamente (para meu delírio).

Passei a hora seguinte a ver a rever as fotos e os vídeos dele e a não acreditar como é que há coisas tão fofas neste mundo. Ainda por cima a dona veste-o, dá passeios na rua com ele e filma-o a brincar na sua piscina de bolas, a ressonar ou a adormecer enquanto ela lhe faz festinhas na barriga. A sério, isto é demasiado para o meu coração. (e a forma dele andar??? não se aguenta!)

 

 

25
Jan16

Os gatos sem pêlo

Lembro-me bem de, há uns bons anos, me terem falado dos "gatos sem pêlo". Fui pesquisar  no Google e, como 95% da população, fiz cara de poucos amigos para aqueles gatos tão pouco convencionais. Passei assim uns bons anos, a torcer o nariz sempre que me falavam desses bichos (que não eram muitas vezes, diga-se).

Entretanto, a Margarida (um beijinho!) adotou um e, lentamente, eu fui mudando a minha opinião. Lembro-me de ela ter feito um post em que dizia que ia adotar um bichano destes e eu até ter dito, muito sinceramente, que não achava a mínima piada. Mas depois, ao ir vendo fotos e mais fotos que ela ia partilhando, acabei por ficar encantada. É caso para dizer: "primeiro estranha-se, depois entranha-se". Parecem ser gatos super dóceis e dados aos donos, brincalhões quando têm de ser; e têm os bebés mais fofos de todo o sempre! Tudo aquilo que via de mau nos gatos, passou a ser bom: já não me parecem ratos sem pêlo, as ruguinhas no focinho já não me fazem impressão, a suposta falta de pêlo também não me aflige. Apaixonei-me mesmo por estes eles - infelizmente o mesmo não se pode dizer da minha família, que contínua com os olhos inadaptados para a beleza destes gatos.

De qualquer das formas, para já, eles não têm com que se preocupar: neste momento não quero ter mais animais e tenho sempre muito medo que os meus cães façam mal aos gatos; mas um dia, mesmo que seja longuínquo e que ainda demore algum tempo a lá chegar, posso garantir que o próximo gato que tiver vai ser um Sphynx. Podem acha-los feios, uns ratos, uns abortos... o que quiserem. Eu cá acho-os lindos e fofos, com a vantagem que não têm tanto pêlo para largar e me fazer alergias. Melhor é impossível.

Um dia há de ser o dia.

 

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