"Can two people really be meant to be? MFEO. Soulmates. It would be nice if it's true. That we all have someone out there waiting for us. Us waiting for them. I'm just not sure I believe it.Maybe I do believe it, all this "meant to be" stuff. Why not believe it, really? Who doesn't want more romance in their life? Maybe it's just up to us to make it happen. To show up and be meant for each other. At least that way you'll find out for sure. If you're meant to be or not."
Grey's Anatomy
Foi num dos últimos livros que li que dizia que os melhores guerreiros eram os que sabiam quais as batalhas que não deviam travar. E essa frase ficou na minha cabeça, bailaindo, para que - ao fim deste tempo todo - pudesse reflectir nela.
Não sei até que ponto vale a pena não tentar e arriscar, quando queremos algo; não sei quando devemos admitir quando perdemos uma guerra, composta por demasiadas batalhas que não vale a pena continuar. Sei, sim, que não sou só eu que me debato com o fim das coisas. Nós, humanos, temos uma incapacidade crónica para não perceber o fim - entre elas, o fim da vida, que tentamos prolongar a todo o custo sem ver o impacto global que isso causará dentro de pouco tempo.
Nós não nascemos para sermos imortais, e tudo o que nasce connosco há-de morrer também. As pessoas. Os animais. As relações. Os espaços. A questão é quando estes não nos são roubados à força pela morte ou outra catástrofe - quando temos de ser nós a abrir mão das coisas que gostamos, talvez para nosso próprio bem (bem? qual bem? e a dor que advém desse bem?).
Vale mais uma cirurgia aberta ao peito, feita à força e à bruta, em que nos roubam parte de nós ou uma auto-exploração dolorosa em que deixamos fugir aquilo que em tempos quisemos manter mais cativo, debatendo-nos com a nossa própria consciência?