Só para avisar de que estou viva, mas pouco
A semana passada foi arrasadora. Exames, trabalhos para entregar e apresentar, trabalhos extra para fazer, jantares de Natal, o último dia de aulas. No final da semana ainda acabei por fazer uma espécie de saída noturna para fotografar (até às duas da manhã) e no domingo foi a tarde toda a andar com a máquina ao peito, mochila e tripé às costas. Fiquei arrasada.
Na noite de domingo, não sei como nem porquê, mordi-me de uma forma brutal - fiquei com um hematoma no lábio do tamanho de um berlinde, mal conseguia falar. Nem me acreditei que aquilo que me tinha acontecido - estava aqui, como estou agora, no computador. Suspeito que, fruto do stress com que estou, me mordi insconscientemente (e puxei uma pele, essa parte eu sei) de forma a me pisar de uma maneira que nunca tinha visto. Pelo aspeto, achei que não ia ter coragem de sair de casa durante a próxima semana. Felizmente, e com muito gelo à mistura, acabou por ir passando - e lá fui eu para mais um jantar de Natal. Ainda assim, durante o dia, aproveitei por vegetar pela casa, descansar e pôr tudo em "modo offline", que nos dias de hoje é um autêntico luxo.
Hoje de madrugada acordei e senti que algo estava mal. Estava com dores no quisto e senti-o quente demais para o mais gosto. Saltei da cama e corri logo para começar o antibiótico e o anti-inflamatório, mas o pânico já estava instalado. Passei o dia assim, entre o sofá e ataques de pânico esporádicos, não pela dor que tenho agora, mas só por pensar que posso ter de ser lancetada de novo, precisamente numa das minhas alturas preferidas do ano.
Vou dormir e rezar a todos os santinhos - em que nunca acreditei, mas que fazem sempre jeito nas horas difíceis - que isto passe, para que possa ter um natal com alguma paz de espírito.