Setembro é o novo Janeiro
A verdade é esta: Setembro traz sempre muito mais mudanças que Janeiro, onde comemos as uvas, abrimos o champanhe e fazemos a festa. Muda-se de emprego, de escola, de curso; é o voltar da rotina em peso, depois de uma ou duas semanas de férias (ou quase três meses, no caso dos estudantes), muito diferentes daqueles dias stressantes - e frios e chuvosos, só por isso nada relaxados - que antecedem o Natal e o Ano Novo, onde há sempre trinta prendas para comprar e embrulhar, doces para fazer e coisas do género. O Verão é a grande paragem do ano e, inevitavelmente, Setembro é o grande início. E esse sim, devia ser o início do novo ano, com tudo o que a isso tem direito!
As aulas para mim já começaram a semana passada - já ando aqui embrenhada em trabalhos e resumos - mas sei que há muita gente que só esta semana é que volta à carga. Para mim bastou esta semaninha para subir um bocadinho os ânimos, matar as saudades de algumas pessoas e da minha baixa portuense e de já ter muito mais vontade de fazer coisas e escrever (coisa que, desde o início do verão que teimou em desaparecer - e eu deixei). Daqui a três meses, quando as horas de sono já forem poucas e o volume de trabalho e stress demasiado grandes, é inevitável escrever algo sobre isso aqui e queixar-me lá pelo meio; ainda assim, e porque já passei por isso, posso dizer com toda a certeza que o meu lugar é a trabalhar, a criar e a fazer coisas, que não sou pessoa de ficar sentada a ver os navios passar.
Para além disso, este vai ser o último ano de licenciatura, que vai introduzir novidades inevitáveis na minha vida. Há muita escolha para fazer durante estes meses e estou a fazer figas - e a pensar muito, até demasiado - para que sejam as certas. Tem tudo para ser um ano tão bom como importante. E começa... agora!
Por isso... bom ano! [se quiserem podem comer as passas, beber o champanhe e fazer a festa na mesma - ainda no fim-de-semana passado, no restaurante onde fui, vi uma senhora que parecia que ia vestida para uma festa de ano novo, por isso acho que isto de Setembro ser o novo Janeiro está a entranhar-se nas nossas vidas]