Quando a faculdade nos tira todo o tempo
Não nego que, para muita gente, a altura da faculdade seja a melhor das suas vidas; também não nego que as coisas tenham mudado muito nos últimos anos, tanto a nível de professores, como de métodos de ensino e também com a entrada de Bolonha. Mas uma coisa é certa: para se ter bons (ou médios, vá) resultados na faculdade, é preciso trabalhar. Muito. Pelo menos é essa a minha experiência, no curso em que estou.
Sempre cresci a ouvir o meu pai dizer maravilhas dos tempos da universidade, que não se fazia nada, que era só borga, e isto e aquilo. E, perante isto, só posso concluir que as coisas tenham mudado muito. Porque as últimas três semanas foram, a bem dizer, diabólicas. Inconscientemente temos uma lista de prioridades e eu tive mesmo de a reduzir e pôr em prática: já há quase um mês que não pego no livro que estou a ler, que não envio postais; ainda não consegui acabar a minha primeira peça em crochêt, tenho ido ao ginásio menos do que queria e devia. Mesmo escrever aqui tem passado para segundo plano. Porque em caso de desespero a minha vida passa a ter três prioridades: comer, fazer trabalhos e dormir (este último tem sido muito importante para me conseguir aguentar todos os dias, e tenho dormido muito mais do que antes, tal o cansaço).
Bem sei que o meu verão não foi fácil, estes continuam a não ser nada fáceis aqui em casa mas, ainda assim, sinto uma carga de trabalha absurda. Digam-me: sou só eu? Sou só eu que ando sobrecarregada ao ponto de deixar TODAS as atividades que gosto de lado? Sou só eu que tenho professores com vontade de nos pôr à prova todos os santos dias? Ou isto é uma epidemia geral?