Preciso de encontrar "o tal" - e sim, estou a falar de um livro
Achavam que eu estava só desconsolada na comida? Nã... o problema vai para além disso e abrange outra das coisas que mais amo (até porque comer também está claramente no meu top 3 das melhores coisas da vida). Estou a falar das leituras. Pelo menos uma vez por ano dá-me isto e 2016 estava a correr-me muito bem até o fim de Julho. Depois disso as férias começaram a ser demasiado entusiasmantes e cansativas para pegar num livro, a seguir comecei a trabalhar e fiquei assoberbada com o volume de trabalho que tive e o cansaço com que ficava ao fim de todos os dias... e os livros foram ficando na estante, sendo que também nenhum "gritava" particularmente por mim nem me entusiasmava o suficiente para quebrar este ciclo.
Pode dizer-se que na primeira metade do ano li 15 livros, o que é uma média excelente e que adorava poder continuar - mas já tirei o cavalinho da chuva, porque já percebi que agora vai ser difícil continuar com esse tipo de ritmo. No entanto também é verdade que muito poucos desses livros tinham algum conteúdo de grande relevância ou valor: dediquei-me especialmente aos romancezinhos adolescentes que por aqui tinha, principalmente em inglês, e devorei-os até não ter nem mais uma página por onde divagar. Entretanto apaixonei-me pelo Joel Dicker, mas o homem também ainda não escreveu muito, pelo que foi sol de pouca dura.
Entretanto a minha vida está a acalmar e as rotinas estão a estabilizar, pelo que já arranjo forças para pegar num livro antes de dormir em vez de cair direta em cima da almofada. Quem olhar para a barra lateral deste blog, ali para as zonas de leituras, pensará: "uau, tão erudita, a ler vários livros ao mesmo tempo!". Mas não. No fundo, são tentativas falhadas de um regresso à leitura que não está, de forma alguma, a ser fácil. Não são livros maus, simplesmente não são os livros certos. Preciso de "meter a primeira" com algum livro que me prenda mesmo e sei que, a partir daí, já sigo na "estrada" em velocidade de cruzeiro e a ler quase tudo o que tenho por aqui - incluindo todos aqueles livros que tenho posto em stand-by por não me prenderem o suficiente para me manter acordada mais vinte minutos todas as noites.
Em desespero de causa comprei mais um daqueles livrinhos fáceis e com histórinhas de cordel para engatar na leitura - e está a funcionar. Espero ser o suficiente para me fazer chegar à meta dos 20 livros que me auto-propus a ler este ano; caso contrário, bem que fico pelos 15 livros por tempo indeterminado. Ainda assim, estou desconsolada e preciso de um livro que me encha as medidas. Hoje em dia há tanto, tanto, tanto livro que seria lógico que fosse mais fácil encontrar algo de que gostássemos, por haver mais oferta; mas todas aquelas prateleiras das livrarias parecem transformar-se em autênticos palheiros, onde os livros bons são agulhas que agora são cada vez mais difíceis de encontrar.