O meu jardim zoológico de sonho já é quase uma realidade
Passo a vida a dizer aos meus pais, em tom de brincadeira, que um dia (“quando for grande”) vou ter um burro, uma cabra, um porco e uma alpaca. De vez em quando lembro-me de juntar um outro animal à lista – acho que a girafa já fez parte, assim como uma vaca – mas este é o núcleo duro do meu “futuro” grupo animal.
Que dizer…? Tenho uma panca. Gosto muito de animais e como sempre achei que ia viver sozinha quando fosse mais velha, sem marido e sem filhos, começou-se a afigurar uma boa ideia ter uns animais de companhia para além dos cães e dos gatos (sim, porque para além daqueles bichos ainda quero um daqueles gatos sem pêlo que toda a gente detesta e eu adoro).
Tudo começou com o porquinho: há anos que adoro aqueles porquinhos-anões, que dormem em casa e que agem quase como cães domésticos (lembram-se deste instagram que um dia mostrei aqui?). Depois foi o burrinho – adoro burros, são dos meus animais preferidos e sinto-me sempre mal por se chamarem “burros” quando, na verdade, disso têm pouco. Sempre adorei cabras e o facto de serem todas espevitadas e irreverentes; já a alpaca… nem me lembro bem como surgiu, mas foi uma paixão à primeira vista.
Os meus pais passam a vida a revirar os olhos, dizendo que vou tornar esta casa num jardim zoológico. Eu rio-me com a perspectiva, embora saiba que não se vai tornar realidade (ok, talvez o burro...) – tenho pouco tempo para cuidar dos animais e conviver com eles, eles dão trabalho e encargos e eu sei que se um dia tivesse uma cabra ou um porco, nunca mais comeria este tipo de carnes, o que não é algo que (para já) esteja nos meus planos.
Mas, apesar de tudo, esta é uma conversa recorrente aqui em casa. Basta ver um burro na televisão para ficar toda derretida, quase que a pedir um burrinho como prenda de Natal, e isto tem originado uma série de prendas curiosas por parte da minha família. A primeira foi um “porco”, precisamente na quadra natalícia. “É uma coisa que queres muito!”, diziam-me. Abro, curiosa, o presente disforme e sai-me de lá um porco de peluche. “Não passas a vida a dizer que queres um porco como prenda?!”, responderam perante o meu olhar confuso.
Depois, como se um porco não fosse suficiente, ainda me deram outro. E, por fim, como não podia deixar de ser… um burro. Ou seja: o meu zoológico está quase a tornar-se realidade, mas em versão peluche. Por isso, se um dia virem algures no meu quarto animais fofos e peludos, não se assustem: primeiro porque não são reais, segundo porque eu sei que já não tenho idade para brincar com estas coisas. Percebam que é só o começo da minha quintinha, patrocinado pela minha família, sempre atenta aos meus pedidos-animais.