O fim da paz nas estradas portuguesas
Eu sei que esta época de férias é diabólica para os pais, que por sua vez acaba por ser diabólica para os avós (que eventualmente têm que ficar com os netos) ou até para os tios (que, quando é preciso, tomam o lugar dos avós). Eu agora não me posso queixar, porque este ano houve uma série de fatores que fizeram com que os meus sobrinhos não fossem lá parar a casa on a daily basis - e, de qualquer das formas, eu agora trabalho, portanto já não passaria o dia com as crianças de um lado para o outro.
Mas como trabalhadora que sou, sofro o drama diário de quem vai e vem para o trabalho todos os dias, inevitavelmente naquela hora terrível chamada "hora de ponta" - que é incrivelmente adensada por todas as crianças que vão para a escola com os pais. E nisto, desculpem-me os progenitores desesperados por não saberem onde deixar as crianças, mães que meteram férias e já estão por esta hora a arrancar cabelos, avós que já perderam a paciência há vinte anos atrás ou tias que simplesmente não nasceram para isso (sim, estou aqui a rever-me...) mas, para quem trabalha, estas duas semaninhas (e todas as outras que ainda hão de vir no verão) são assim o paraíso na terra. Não há filas, não há confusão, é sempre abrir até estacionar. Uma pequena maravilha.
Mas pronto, acho que hoje é oficialmente o fim da paz. Adeus estradas desimpedidas, adeus ruas de escolas sem trinta carros estacionados em segunda e terceira fila, adeus aos cinco minutinhos extra na cama! You will be missed!