O drama das malas
Se há coisa que detesto fazer são malas. Não é difícil classificar essa como a pior parte de qualquer viagem: contar as noites que passamos no destino, fazer as contas à roupa que temos de levar (mais uma ou outra peça em caso das primeiras opções se sujarem), conjugar tudo e repensar os conjuntos de forma a levar o menor número de roupa e sapatos possível, meter tudo dentro da mala e fazê-lo de modo a que ainda caibam as coisas que podemos potencialmente comprar... Enfim, todo um filme.
Há pouco estava a fazer a minha mala para levar amanhã e, como vai estar um frio terrível, fiz questão de ir buscar o casaco que sei que é o meu mais quente e confortável de todos, que até já me tem acompanhado nas últimas viagens que tenho feito (que, por coincidência, têm sido em épocas frias). Qual não é o meu espanto quando o visto e ele... Mal aperta. Oi? Como é que isto é possível? Eu não engordei assim tanto - se é que sequer engordei - de um ano para outro! As mangas estão-me mais curtas e tenho a sensação de que as minhas costas alargaram - ou, o mais provável, que o casaco tenha encolhido. Isto porque, quando vejo que já acabou a época fria e já não vou utilizar mais os casacos, costumo manda-los lavar, para se limparem de toda uma estação de uso e para na próxima estarem prontinhos a usar. Tenho para mim que, desta vez, me saiu o tiro pela culatra e a limpeza me saiu cara.
Moral da história: com azar vou apanhar graus negativos na Suíça e o meu casaco mais quente está impróprio para uso. Arrrrg, odeio esta parte das viagens.