Níveis de inveja preocupantes
Vou dizer isto de forma direta e virtualmente gritante:
EU JÁ NÃO AGUENTO VER MAIS POSTS SOBRE A FEIRA DO LIVRO EM LISBOA!
A sério. Para uma book lover que resida fora da capital, ver todos os dias um post sobre a feira é quase como arrancar uma unha lentamente. Ou seja: é doloroso. São livros novos, promoções, sessões de leitura, sessões de autógrafos e, claro, milhões de livros no mesmo sítio. E, segundo dizem, até comida boa têm direito!
E vocês dizem: "mas porquê tudo isto se vocês aí no Porto também têm uma feira do livro?". Amigos, mordam essa língua: a nossa feira do livro, desde que a APEL entrou em rotura com a Câmara do Porto (se não estou enganada), nunca mais foi a mesma - e não chega nem ao dedo mindinho dos alfacinhas. Porque, acreditem, é fraca. Não se trata de um conjunto de editoras encontrar-se no mesmo espaço, mas sim de livreiros e alfarrabistas - o que, no fundo, faz daquilo uma fnac ao ar livre e com uma programação um bocadinho diferente do habitual. Ainda assim, as promoções são muito poucas e as presenças de autores ainda menores. É triste, tendo em conta que ainda há poucos anos tínhamos uma feira do livro a sério a decorrer nos Aliados, que era só um do meus eventos favoritos do ano.
Para além da qualidade da feira ter diminuído a olhos vistos, também acho o "novo" local bem pior: pessoalmente, e apesar de achar o Palácio de Cristal muito bonito, prefiro muito os Aliados. Parece mais uma feira a sério, maior, mais ampla, mais urbana.
Tenho saudades da feira antiga e, por conseguinte, muita inveja de quem tem uma feira de jeito para visitar. Tudo o que me apetece é meter-me num comboio para Lisboa e reclamar o meu direito de também ser uma bookworm como deve ser e me ver no paraíso dos livros. (Mas, como não o vou fazer, aproveitem por mim - mas, por favor, parem de nos mostrar aquilo que nós perdemos em posts de nos fazer roer de inveja).