MET Gala (ou a gala em que todas as celebridades aparecem mal vestidas)
Ontem realizou-se a edição anual da MET Gala, em Nova York, desta feita com o tema de inspiraçãi chinesa. Mais uma vez, depois de apreciar tanto modelito horripilante, não me pude calar. Posso não estar nos meus dias mais inspirados, mas também ninguém me pode culpar: é tanta coisa má para comentar que uma pessoa até perde o fôlego. Vejamos o que a noite nos trouxe:
Anne Hathaway, num Ralph Lauren, em modo capuchinho dourado inocente. Se o lobo mau a comesse - ou pelo menos só o vestido - não se perdia grande coisa.
A Rihanna decidiu roubar uma daquelas colchas enormes e pirosas que há naquelas casas para alugar Algarvias - esta casa era uma daquelas que têm a mania que são chiques e diferentes, de tal forma que tem bordados. E pelo. Que é amarelo. E tem veludo. Tendo em conta o tema da festa, presupõem-se que as casas chinesas sejam tão pirusonas como as nossas. Num Guo Pei.
Se a insossisse pagasse imposto, a Elizabeth Banks, ontem, estaria toda carimbada. Este vestido Michael Kors tem tanto de chinês como eu de preta.
Kate Hudson, para mim, a melhor da noite. Effortless mas, mesmo assim, muito bonita. Também num Michael Kors.
Beyoncé a dar mais ideias pirusonas à Micaela Oliveira. Daqui a uns dias temos aí a Cristina Ferreira meia nua, apenas tapada em sítios estratégicos com pedrinhas, no Dança com as Estrelas. É só esperar! Num Givenchy.
A Diana Agron passa, no meio disto tudo, pelos pingos da chuva. Nem é muito bom, nem muito mau. Os pássaros parecem roubados daquelas pinturas que existem nos restaurantes chineses e o decote é fraquinho, mas nada demasiado trágico. Num Tory Burch.
Cher, diretamente vinda do museu de cera mais próximo e com um vestido dos anos 70, altura em que ainda conseguia mexer os músculos da cara.
Todo este vestido tem uma história por detrás: Katy Perry terá roubado um dos vestidos da Helena Boham Carter e depois, para não se notar muito, espetou alguns estampados da desigual que o pessoal já se fartou há, sensivelmente, dois séculos. Juntar as duas coisas dá algo bonito e dramático, como se vê. Num Moschino.
Apresento-vos Amal-Clooney-em-camadas-irregulares. Num Maison Margiela Couture.
Postar isto aqui é o equivalente a espetar uma faca no coração, não estão a perceber o drama. Mas, enfim, por vós eu faço tudo. E não podia deixar de mostrar o único vestido da gala que tinha, no seu print, uma pilinha. Sim, leram bem, uma pilinha. Basta olharem para o topo da perna esquerda da FKA e podem ver um espetacular falo no vestido. Como se já não bastasse, andou a vangloriar o diamante que trás no dedo, a prova do pedido de casamento do parvo do Robert. Dito isto, estou sem palavras. Num Christopher Kane.
Quanto ao Robert, para além de parvo e babadíssimo que estava, continua lindo como sempre. Ontem até se deu ao trabalho de se pentear, um luxo!
Eu fico sempre com uma expressão parecida à do Kanye quando vejo os vestidos da Kim. Medo e resignação, é tudo o que se vê ali. Num Roberto Cavalli.
Da Donatella nada a dizer - linda, glamourosa e discreta como sempre, não é verdade? #not Quanto à JLo, nesta foto não dá para ver, mas de lado vê-se todo um rabo despido de vergonhas, como a moda exige. Nada a que já não estejamos habituados. Há de certeza quem não se queixe, eu simplesmente não gosto. Num Versace, claro.
É só a mim que este vestido parece ser de grávida? O facto do "buraco" ser muito em cima dá-me essa sensação. Como tal, e como acho que a Jennifer Lawrence não está de esperanças, não acho o vestido espetacular. Mas no meio de tanta desgraça até que passa despercebido. Em Dior, ob-vi-a-men-te.
É o típico caso que começa bem e acaba mal. Muito mal. Desgrenhadamente mal, aliás. Num Giambattista Valli.
Suspeito que a maioria das pessoas vá odiar este conjunto da Sienna Miller, mas eu adoro. Aliás, é raro não gostar das peças que ela veste, uma vez que são sempre bonitas mas muito diferentes do normal. Sou uma grande fã deste cordenado. Em Thakoon.
Do pouco que vi deste vestido, adoro-o. Adoro as cores fora do normal e as diferentes texturas. Num Altuzarra.
A Anna Wintour está tão fartinha do inverno como nós. Assim, levou aquele provérbio a peito e, ao invés de "Maomé" e "montanha", trocou por: "se a Primavera não vai à Anna, a Anna vai à Primavera".
Solange Knowels descobriu uma forma fácil de não ver passar os vestidos horrosos que ali andavam: escondia-se por detrás da capsula, estilo tartaruga, e estava feito. Ao mesmo tempo, as pessoas que passavam por ela achavam que era apenas um meteorito andante, algo normal em Hollywood, ignorando por completo a sua pessoa. É de facto a fórmula ideial. Em Giles.
O vestido é horrível, mas o melhor disto tudo são mesmo os sapatos verdes. VERDES, com um vestido cor-de-rosa chiclete. Doem-me os olhos. Num Prada.
Há quem tenha adorado este vestido da Irina mas eu não me incluo no grupo, muito pela cor: detesto violetas/roxos. De qualquer das formas, é impressão minha ou agora, sempre que sai à rua, tem de ter uma racha enorme e muitas transparências à mistura? Más línguas iam já dizer que é falta de homem!
Estranhamente, e no meio de tanta aberração, acho piada a este vestido. Adoro a parte posterior: a cor e a fluídez. Não sou grande fã das flores na parte de cima, mas não fazem com que consiga detestar esta peça. Até eu estou surpreendida comigo mesma.
Inspiração chinesa não quer necessariamente dizer juntar uma série de kimonos típicos e vesti-los da forma mais rápida e destrambelhada possível, percebes, Chloë Sevigny? Num J.W.Anderson.
É impressão minha ou a Amanda vai ser no mesmo estilo, para este evento? Num Givenchy.
Para além de parecer ser a única mulher à face da terra que não gosta do sexo e a cidade, também pareço ser a única a detestar sempre as roupas da Jessica Parker. O vestido é H&M e, olhando bem, até é giro - a questão é que, com aquele chapéu de galo com a crista ao alto, ninguém consegue olhar para mais nada.
Selena Gomes aprendeu muito bem a lei dos 3 R's enquanto andava na escola e aproveitou para reutilizar uma daquelas toucas de banho da avô. Lição bem aprendida, Selena! Num Vera Wang.
E o prémio de vestido mais curto da gala vai para a Dakota Johnson! Esse e também o de decote mais feio. Num Chanel.
A Jennifer Connelly também foi à escola com a Selena e, em vez da touca, deu uma nova vida às toalhas de renda feitas pela avó. Na mesma onda, também roubou os chumaços dos antigos casacos e colocou-os no vestido. Acho que temos todos uma moral a tirar disto. Num Louis Vuitton.
Mais um dos meus preferidos. Hoje estou pelos dourados e simples. Gostei. Kate Beckinsale num Diane von Furstenberg.
Eu acho que não estou enganada, mas aquela tribo das senhoras que vão pondo colares, colares e mais colares para ficarem com pescoço de girafas não fica na China. A rebelde da Miley andou a faltar às aulas de geografia! A única coisa chinesa aqui deve ser a brilhantina da loja dos 300 que, de tão estragada, lhe pintou o cabelo de cinzento. Num Alexander Wang.
Talvez a maior desilusão da noite. A Olivia Wilde, de quem gosto tanto, optou por surripiar as jóias mais feias da loja dos chineses ali do lado e espeta-las no vestido. Ao menos, ao contrário de tantas outras, têm alguma inspiração chinesa na roupa, lá isso não deixa de ser verdade. Num Prada.
Era desta senhora que a Alice do País das Maravilhas andava a fugir, não era? Tinha de facto razões para isso. Zendaya num Fausto Puglisi.
Afinal não é só a FKA que tem aquele piercing à boi. Ahhhh, as modas, essa maravilha! Zoë Kravitz num Alexander Wang.