Mais vezes no ginásio? Nãããã
Na segunda-feira fui uma menina má e faltei à zumba. Cheguei a casa mesmo em cima da hora, sentei-me no computador, começaram a falar comigo, os minutinhos a apertar e cedi à preguiça e ao conforto e fiquei em casa. Para além dos remorsos, a verdade é que me fez falta. O meu corpo já está habituado a arrastar-se para lá e fingir que dança e isso é uma verdade inegável.
Mais surpreendente que isto é o facto de que ir duas vezes por semana ao ginásio começa a saber-me a pouco - mas só há duas aulas de zumba no horário que me dá jeito, portanto não tenho muito por onde andar. A não ser que experimente outra modalidade: combat está riscado da lista, ioga também não me parece muito bem, pilates também não tem a minha cara e podia continuar a e enumerar. Na verdade, não me sinto à vontade para praticar o que quer que seja, portanto estou num belo impasse. Se por um lado o meu corpo se habituou a praticar um bocadinho de exercício por semana e até sinta que me fazia bem ir mais vezes e me ajudaria a obter os resultados que procuro, por outro sou muito atada, envergonhada, desajeitada e todas as outras cosias que acabam em "ada" que me prendem.
Depois penso melhor e acho que sou louca. Porque na zumba vou toda lampeira mas a meio da aula começo a olhar para o relógio incessantemente a ver quando é que aquilo acaba. E porque há músicas em que não paro de dizer palavrões interiormente porque não acerto uma. E porque, no fundo, eu não gosto de dançar. Acho que é o meu corpo que está a mandar mensagens duvidosas ao meu cérebro e a tentar engana-lo: é a única explicação para estes pensamentos duvidosos e que não são de alguém que andou a repudiar educação física durante doze anos da sua vida.