Livros, livros everywhere
Sabem aquele jogo das diferenças? Pronto, hoje é dia disso. Olhem à vossa volta a percebam o que mudou. (...) Se não viram nada, tenho-vos a dizer que são um bocadinho ceguetas, mas eu perdoo de qualquer das formas. Foram-se as flores, vieram os livros; foi-se o azul do meu coração e veio a minha cor favorita dos últimos anos: o amarelo.
A raiz do blog mantém-se a mesma, mas arejei-o um pouco, que era algo de que já estava a precisar. Eu sou um bocado paranoica e há uns meses meti na cabeça que já estava cansada daquelas flores estilo papel, que estavam lá no topo. Passei várias noites e vários fins-de-semana a trabalhar nisso, gravei centenas de imagens inúteis neste computador, mas nada parecia resultar - o que só agravou a situação, porque estava a ficar impaciente e chateada por não conseguir fazer com que nada funcionasse visualmente. Aliás, nem sequer tinha ideias, um conceito que quisesse seguir. Estava a levar-me à loucura.
Acho que o facto de não andar a frequentar blogs também não ajuda: antes via muita coisa, algumas giras, outras horríveis; mas sempre ia vendo, tirando ideias daqui e acolá. Agora a fonte quase que secou e eu estava a entrar em desespero. Hoje tornei a pegar nesta mini-empreitada, voltei a dar a volta a meia internet e agradou-me a ideia de "biblioteca". A verdade é que o visual das flores foi, dos muitos templates que já tive, aquele que mais adorei: para além de achar que ficou visualmente muito bonito e leve, coincidiu com uma fase muito boa da minha vida e tudo aquilo fazia sentido para mim.
Mas passaram dois anos, as coisas mudaram e eu já estava a ficar cansada daquilo. Como em todas as fases más que passo, deu-me uma necessidade louca de fazer uma limpeza geral, uma mudança drástica. E pronto, cá está: não foi drástica, foi moderada, mas ao menos os ares ficam renovados. E com livros, o que é sempre uma coisa boa! Na verdade tenho lido muito pouco, mas tenho sentido a necessidade de ler muito - acho que nos momentos em que a vida não está tão "florida", eu procuro as flores noutros canteiros e os livros são, sem dúvida, o meu refúgio de sempre. Nos últimos tempos tenho voltado os momentos de "má solidão" - porque a boa, convivo com ela todos os dias (e bem) - e sinto falta de ter a companhia de um livro para me "dar a mão" nos momentos mais agrestes. Na mesinha de cabeceira está "On Writing", de Stephen King, que é um livro incrível mas que por ser de memórias espaçadas não é propriamente um companheiro - portanto planeio acaba-lo rapidamente para conseguir ler um romance qualquer que me aqueça a alma.
Mas bom: os livros invadiram, por isso, este blog por tempo indeterminado. Ainda sou capaz de ir fazendo algumas alterações aqui e ali ao longo dos próximos dias mas é bom que se vão habituando a este "cheiro" a biblioteca. Para mim, que tenho um olfato hiper apurado e que sou uma esquisita com cheiros, este é definitivamente um dos melhores odores do mundo. E é um bom reminder de que continuo a trabalhar para um dia ter o meu nome numa daquelas lombadas.