Já não habemus cabelos longos
Não tinha dado conta, mas a verdade é que acho que estava quase a fazer um ano desde a última vez que cortei o cabelo (não me lembro se o cortei na altura do Natal, mas a última vez que escrevi sobre o assunto foi precisamente no início de Outubro - ou seja, um ano). Já há muito, muito tempo que não o tinha tão grande; em Junho deu-me ganas de o cortar, mas deixei passar o Verão - essa altura péssima para os nossos cabelos, entre demasiado sol, cloro e água salgada do mar - para depois tomar essa decisão.
Deixei que matassem saudades do meu cabelo comprido. Ouvi muitos elogios, "ai que te fica tão bem", "ai que saudades que já tinha de te ver assim", "o cabelo comprido favorece-te", mas fui sempre dizendo que o havia de cortar um dia, para não fazerem já a festa. Na verdade, também eu matei saudades de ter o cabelo comprido, e de puder fazer rabos de cavalo jeitosos e uma trança de quando em vez, sentir o cabelo escorrer pelas costas quando saía da piscina. Foi uma espécie de amor de verão que, com o regresso à rotina, quis cortar pela raiz (não literalmente, como é óbvio).
Lancei aqui a pista mas não quis dizer nada a ninguém quando fui ao cabeleireiro - sabia que me iam pedinchar para não cortar, porque fico gira assim, e mais sexy, e mais feminina, e mais jovem e blábláblá (não que não aprecie elogios - que adoro -, mas quanto mais me contrariam pior é). Mais uma vez deixei-me nas maos da cabeleireira - mostrei-lhe o post que aqui fiz com as inspirações e deixei-a à vontade, sendo que ela já me conhece e sabe que não tenho grandes problemas em perder comprimento e coisas que tais. O resultado foi claramente inspirado no cabelo da Alexa Chung (o primeiro deste post) que aproveita as ondulações naturais do meu cabelo. Desta vez não fiz um corte rígido, que exige ser esticado todos os dias ou acertado de mês a mês; também não o cortei tanto como o costume, deixando mais cabelo principalmente atrás (o suficiente para o prender todo se for preciso). Agora ando a divertir-me, a tentar ver como secar, a experimentar várias formas e ver como gosto mais dele. Uma coisa é certa: está diferente, com mais movimento e volume. E era exactamente isso que eu queria: mudar.