Inspiração e força de vontade precisam-se!
Esta época é sempre um aperto. Sempreee. Já levo três anos disto e é sempre um sufoco, sempre a sentir a corda a roçar no pescoço. Eu bem tento, no início do ano, avançar com as coisas: mas por uma razão ou por outra tal nunca acontece. Vamos adiando por isto, adiando por aquilo e a certa altura damos por nós e faltam duas semanas para entregar o trabalho e a folha do word está em branco ou, pior ainda, a parte dos outros está feita e a nossa está a anos-luz de estar completa.
A parte boa é que também sei que as coisas ficam sempre feitas - e bem feitas, de uma forma geral. Sei que a altura em que trabalho melhor é aquela em que estou sobre pressão, em que mal consigo dormir a pensar nas coisas e em que passo de trabalho em trabalho sem piscar os olhos - mas até começar a trabalhar, meter a primeira e só parar quando as coisas chegam ao fim é um problema dos diabos. Estou nesse momento nessa fase, nesse limbo desesperante em que sei que tenho de trabalhar mas que não me apetece por nada deste mundo e vou protelando o improtelável. Depois chego ao fim do dia chateadíssima comigo mesma porque não fiz nada de útil e isto transforma-se numa bola de neve de frustração. Como se já não bastasse, nesta altura do ano há todo um outro mundo de coisas para fazer que se vão sobrepondo às mais chatas, o que também não ajuda à festa (nestes dias, por exemplo, tive o meu irmão por cá, que me alterou o "sistema" todo). A verdade é que neste último fim-de-semana não tive tempo para fazer fosse o que fosse, entre preparar doces para a festa do meu sobrinho, ir jantar com os meus irmãos (coisa rara no ano) ou ir para a aula de fim-de-semana do curso de fotografia.
Mas enfim, hoje é oficialmente dia de pôr as mãos à obra e deixar a procrastinação para o dia 18 de Dezembro, quando as aulas acabarem. A verdade é que isto passou num abrir e piscar de olhos. Parece que ainda há pouco era Setembro e eu estava desejosa que as aulas começassem e agora já estou a três semanas do fim, sem mais aulas à vista - só o monstro do estágio que cresce a cada dia que passa. Isto agora é uma maratona até ao fim: dói mas acaba por passar rápido. E quando chegar ao fim, para além de respirar de alívio, vou sorrir (e chorar?) de orgulho e - já - saudade. Bora lá.