Habemus férias para 2017!
Durante muitos anos - e pelas mais variadas razões - as minhas férias limitaram-se a passar pelo Algarve. Não é que eu me queixe, o Algarve é a minha segunda casa e é praticamente um passe direto para dias felizes, mas eu, que adoro viajar, também sentia falta de passear pelo mundo. O ano passado, depois de muito pensar, ponderar e pesquisar, conseguimos marcar um cruzeiro nos países nórdicos, que já há muito ilustravam os meus sonhos graças aos thrillers passados nestes locais. Eu partilhei aqui toda a viagem assim como todos os detalhes sobre o cruzeiro e disse-o, sem meias palavras, que aquela tinha sido a viagem da minha vida. Hoje olho para trás e vejo aquelas fotografias (e sim, abro-as muitas vezes) com uma saudade imensa. Repetia TUDO.
Sinceramente, este ano não contava voltar repetir a proeza de ir de férias. Falava-se de umas coisas, uma viagem aos Estados Unidos já estava há muito em cima da mesa, mas por esta razão ou por outra decidimos tornar a adiar. Solução? Outro cruzeiro. Depois da experiência tão boa do ano passado, já contávamos repetir - só achava que não seria pelo segundo ano consecutivo. Mas eu não me importo - se for tão bom como o outro, estou muito longe de sequer dizer um "ai".
Este ano a condição era passar por Itália. Nunca lá fui e toda a gente diz que é um autêntico crime ainda não ter lá posto os pés. A outra condição? Termos lugar no barco. Já nem falo da confusão do ano passado - a questão é que os cruzeiros chegam a ser marcados com um ano de antecedência e a escolha, desta vez, já não era muita. É quase caso para dizer que não fomos nós que escolhemos o cruzeiro, foi mais o cruzeiro que nos escolheu a nós. É claro que era do nosso agrado, que coincidia com as datas que eu precisava (isto vida de trabalhadora é outra coisa...), mas a verdade é que também não havia grande escolha dentro de todos os parâmetros que precisávamos.
E então vamos ao que interessa: para onde vou afinal? Começo em Veneza, depois Dubrovnik, Kotor (no Montenegro), La Valletta (em Malta), Sicília, Nápoles e termino em Roma. De Itália ainda fica muito por ver mas diria que numa só viagem "matar" quatro cidades do mapa já não é nada mau! Evitar a Grécia e as suas ilhas não é tarefa fácil neste tipo de cruzeiros (não me olhem de lado, eu não tenho nada contra os gregos - aliás, quero muito ir passear por estas ilhas um dia destes - mas não fazem parte do roteiro de sonho dos meus pais), por isso ficamos com um cheirinho da Croácia, do Montenegro e de Malta para compensar.
A vantagem deste cruzeiro em relação ao outro? É que, relativamente às cidades onde aportamos, não vou com grandes expectativas (tirando, provavelmente, Veneza); o outro cruzeiro tinha nomes muito pesados como Estocolmo e São Petersburgo e eu não aguentava com tanta emoção. Neste, Itália é essencial e seria um sítio onde viajaria em breve, de certeza; mas se calhar os outros sítios nunca visitaria se não fosse numa coisa destas (com excepção da Croácia, que sempre ouvi dizer que é maravilhosa). Vou por isso de espírito completamente aberto, pronta para riscar mais uns países da minha lista e ser totalmente surpreendida; já vi algumas fotos e algo me diz que me vou surpreender. A desvantagem? É que já tenho aquela que apelidei de "viagem da minha vida" no lombo e uma experiência de cruzeiro, por isso as comparações vão ser inevitáveis.
De qualquer das formas, estou em crer que vai ser maravilhoso e estou ansiosa para que o momento chegue. Nesta fase mais down que tenho passado, o pensamento de que vou tornar a viajar e a andar de barco (acho que a maioria das pessoas não gosta, mas eu adorei!) acalenta-me a alma. Para além disso, é a expectativa de voltar aos meus diários de bordo. Mal marcamos a viagem, posso jurar que foi a primeira coisa em que pensei: "vou poder escrever sobre a viagem, tal como fiz da outra vez". Gosto muito de escrever sobre todos os assuntos, mas os diários de bordo ocupam um lugar muito importante no meu coração - e, acima de tudo, acho que é das coisas que faço sinceramente bem. Releio muitas vezes aquilo que escrevi sobre as minhas viagens anteriores e sinto-me a viajar de novo, ainda que em pensamento.
Enfim, mal posso esperar! Para viajar, para ver, para navegar, para tirar fotos, para viver - e, claro, para escrever e partilhar tudo convosco. Julho, vem rápido!