Então e o ginásio, como vai?
Vai, finalmente, no caminho certo. O início custou muito - em grande parte porque há muitos dias em que não me sinto bem de saúde. Nos primeiros tempos foi o cansaço natural dos primeiros tempos de trabalho, mas depois o cansaço e o mau estar continuavam; hoje acho que é um mistura de ansiedade (que, sabe-se lá porquê, tomou conta do meu corpo de forma indecente) e da síndrome vertiginosa que me foi recentemente diagnosticada, depois de eu não me ter conseguido levantar durante uma manhã inteira com tonturas medonhas - e que está a melhorar e a ser tratada. Pelo pouco que ainda li sobre o assunto, a síndrome pode dar-me todos os sintomas que eu, de facto, tinha: mau estar, náuseas, cansaço extremo. Quando este fim-de-semana aliviei a medicação, os sintomas recomeçaram a aparecer - por isso, para já, é para manter e não abusar nas voltinhas e nos movimentos bruscos.
Mesmo nos dias piores tenho feito um esforço para ir ao ginásio - regra geral, venho mais relaxada depois de ter feito uma aula. O plano é fazer quatro aulas semanais, duas de pilates e duas de zumba. Apesar de me ter custado a ir, estou a adorar as aulas de pilates - gosto imenso da professora e, no fim daqueles 45 minutos, sinto-me quase hipnotizada de tão relaxada que fico. No dia seguinte os músculos doem todos, mas naquela hora a seguir à aula... é quase paradisíaco.
Há dias que correm muito bem e que vivo aquilo intensamente e sinto-me impecável e outros que nem tanto. Na última aula de pilates dei um puxão do lado direito das costas que quase me levou às lágrimas; a dor vinha desde o lado direito das costelas até à mão, que nem sequer conseguia fechar. Mais uma estreia: uma massagem em plena aula, que foi o que me safou. Segundo a professora, libertei um ponto de tensão (um dos milhares que devo ter) que se irradiou pelo corpo... e não foi bom. Fiz o resto da aula já um tanto ao quanto tonta e pálida - mas sem desistir.
Quanto à ideia de ir às máquinas... ainda não consegui chegar lá. As minhas inseguranças, o medo do ridículo e o facto de não confiar na minha forma física para pegar sequer em quatro sacos de arroz não tornam fácil atingir este objetivo. Sempre detestei a zona das máquinas - e imaginar-me naquele ambiente, com aquelas pessoas... não é fácil para mim. Mas também ainda não desisti. Espero um dia destes ganhar coragem, fechar os olhos, pedir ajuda e quebrar esta barreira de uma vez por todas.
O ginásio é daquelas coisas que nos cansa tanto como nos liberta; que nos faz sentir tão cansados quanto vivos. E que custa mesmo muito a começar mas que depois não conseguimos perceber como é que conseguimos sequer parar. Tenho para mim que suar ali as estopinhas é melhor que ir ao psicológo. A mim, pelo menos, faz milagres.