E não é que vou mesmo ao cortejo?
Daqui a uma semana vou ao cortejo. Apesar de sempre ter ignorado todos os rituais universitários, decidi o ano passado (como partilhei aqui) que, no meu ano de finalista, iria cartolar e desfilar pelos Aliados.
Este ano a prenda de aniversário do meu irmão foi especial também por isso: sabendo das minhas intenções, ofereceu-me o pack todo para poder ir. A cartola, a bengala, a roseta (será?) e a pasta com as fitas - tudo comprado no sítio onde a minha cunhada (que, para que conste, é como uma irmã para mim) comprou as coisas dela, quando acabou o curso. Quando vi a panóplia de coisas fiquei mesmo feliz e comecei logo a distribuir fitas - um inferno para toda a gente, já sei, mas que é um pormenor importante para mim. De todos os rituais e tradições que possam existir, aquela que envolve escrita tinha de ser a minha favorita - e é bom, de vez em quando, ter pessoas a escrever para mim; a situação normal é a inversa, comigo sempre a escrever sobre (e para) as pessoas, pelo que é agradável ler algo escrito propositadamente par mim. Sei que não vou ter muitas, porque é sabido que não tenho muitas pessoas a quem as entregar, mas sei que a família e os meus amigos mais próximos vão estar lá pelo meio. E confesso que já tenho vertido umas lágrimas com as coisas que tenho lido.
Decidi fechar este ciclo com uma festa e uma celebração diferente para mim, precisamente para festejar a minha "sobrevivência" a estes três anos de faculdade. Combinei esta ida com o grupo que mais me acompanhou nesta jornada, os poucos a quem posso chamar amigos, mas espero juntar-me a todos os outros que - de forma mais ou menos presente - fizeram parte dela. Não vou ser hipócrita - a faculdade não foi, para mim, pêra doce nem foi algo que me proporcionasse, diariamente, particular prazer; mas estou agradecida por tudo o que me deu, pelas pessoas que conheci, pela experiência de vida que me concedeu e por todas as coisas que vivi - sendo o Fora da Caixa a melhor coisa que me calhou na rifa, como toda a gente sabe.
Quero chorar o fim - tanto de tristeza como de alegria. Quero uma folga do estágio para estar com aqueles que, nestes dois anos e meio, fizeram parte de todos os meus dias. Vai ser bom.