E ainda me dizem que não há coincidências?
Um dos posts que aqui ia escrever ainda a propósito da minha ida a Londres era sobre o Pret à Manger - que, para quem não conhece, é uma cadeia de restaurantes/bares ao estilo Costa Coffee ou Starbucks mas numa versão mais saudável. Eu não conhecia e fiquei a maior fã, porque foi literalmente a minha tábua de salvação nesta viagem.
Antes de mais é importante saberem que 1) eu tenho quebras de açúcar com alguma facilidade, 2) fico insuportável quando as tenho, 3) sou muito, muito esquisita com a comida e 4) detesto comer no estrangeiro e se pudesse parava com todas as minhas necessidades fisiológicas enquanto viajo, pois só me tiram tempo útil de vivências e aprendizagens. Mas enfim: como, quando viajo, como pouco e ando muito, é recorrente ter quebras de açúcar e ver-me obrigada a parar no primeiro sítio que vejo para meter qualquer coisa à boca - em Londres a situação agudizou-se uma vez que estava um calor abrasador e eu, em plena Oxford Street (que, à partida, devia ter muita coisas para petiscar), não encontrava um único sítio com um bolo, uma água ou qualquer coisa que me fizesse sentir melhor. A primeira coisa que vimos foi um Pret à Manger e foi aí que parámos - mal eu sabia que tinha arranjado um companheiro para a vida.
Passei quatro dias em Londres e fui todos os dias comer qualquer coisa ao Pret à Manger - principalmente croissaints franceses, que eram literalmente os melhores que comi na vida. O conceito da loja é virado para o saudável e natural (embora também tenha gordices) e consideravelmente mais barato do que outras cadeias de comida rápida. A minha mãe comprou sempre sumos naturais óptimos e sandes que também gostou e eu adorei a ideia de se poder comprar fruta à peça, algo que normalmente não se vê em sítios deste género - passei a andar sempre com fruta na carteira, para prevenir eventuais quebras de açúcar e poder dar umas trincas sempre que me apetecesse. Para além disso, tinha um "kit" com uma baguete - normal, francesa, sem sementes nem coisas estranhas que eles tanto gostam de para lá meter - e um quadradinho de manteiga para espalhar. Este foi o golpe final para fazerem de mim uma cliente fiel - e sim, quando voltar já sei onde vou matar a fome sem ter medo do que me vai sair na rifa.
Isto era aquilo que vos queria dizer sobre o Pret à Manger - que, relembro, é uma cadeia que nunca tinha visto ou ouvido falar até há uma semana atrás. E qual é o meu espanto quando ontem estava a ler um livro (cuja review sairá em breve) e onde os protagonistas chegam a Inglaterra e o maior desejo dela é... ir comer um croissaint ao Pret à Manger, que sabia que eram os mais divinais de toda a história dos croissaints. E a verdade é que tem mesmo razão (dava um dedinho por um agora, só por acaso).
Depois disto... ainda me dizem que não há coincidências do diabo?