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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

03
Dez16

E adormecer que é bom... nada

Ando cansada, com os horários todos trocados. Agora tenho uma vida de "velha": deito-me cedo e acordo cedo e, muito sinceramente, é assim que gosto. Deixei a minha veia de notívaga nos tempos do secundário e agora prefiro usufruir de um dia cheio do que dormir até às 11 da manhã. 

Isto foi uma rotina que me obriguei a ter desde o início deste ano, quando comecei a estagiar. Percebi rapidamente que estar muitas horas seguidas em frente ao computador me desgastavam imenso e que precisava de dormir mais para compensar o cansaço mental; comecei a deitar-me gradualmente mais cedo até perceber que já não precisava de dormir durante a tarde para conseguir estar bem acordada e desperta. Atualmente mantenho a mesma tática - apesar de já estar habituada a estar muitas horas em frente ao PC, adoro deitar-me cedo e acordar naturalmente pouco depois do sol nascer - aliás, acordar sozinha às horas que preciso é o meu "sonho". Ainda para mais agora tenho o ginásio, que tento frequentar antes de ir trabalhar, o que me obriga a madrugar ainda mais que o costume, por isso as noitadas são impensáveis se não quero andar aí aos caídos.

Mas a semana passada apanhei um susto que me alterou todo o esquema e, desde aí, durmo menos e ando cansada, porque este corpo não é de pouco sustento ao nível das horas de sono. Passava pouco mais da uma da manhã e eu estava sozinha em casa (coisa raríssima), já deitadinha confortavelmente na minha cama, quando o alarme toca. Eu não tenho medo de estar sozinha, quer de dia quer de noite, mas também não sou pessoa de reagir: pelo contrário fico um bocadinho petrificada enquanto o meu cérebro gira a 300 à hora em busca de alternativas e soluções. E foi isso que aconteceu: passei de um sentimento de relaxamento total para um estado de alerta absoluto, como se me tivessem injetado gelo pelas veias. 

Fiz os procedimentos normais, mas sem nunca perceber se de facto estava a ser assaltada. Calcei umas botas, alarmei de novo a casa e sentei-me na cama, à espera de ter uma ideia genial sobre o que fazer... quando o alarme toca de novo. E aí não foi só o alarme que tocou mas também todas as sirenes de pânico no meu corpo, que me devem ter injetado uma quantidade absurda de adrenalina pelas veias. Chamei a polícia. Tornei a sentar-me à espera que eles chegassem - e pensava, pensava, pensava, enquanto ouvia o silêncio e tentava detetar quaisquer sinais de anormalidade. Estava tudo normal a não ser o meu batimento cardíaco, as minhas pernas e as minhas mãos, que tremiam qual estado gravíssimo de hipotermia. Racionalmente eu sabia que devia estar tudo bem: não havia sinais exteriores de que algo estivesse mal, mas o meu corpo não me deixava relaxar. 

A polícia veio, foi-se embora, eu deitei-me em total estado de vigia e o alarme toca outra vez. Desligo. E finalmente quando estou a conseguir relaxar, ainda sentada e com as luzes todas ligadas, o filho da mãe toca outra vez. Depois não tornou a tocar, mas tive um chorrilho de mensagens e telefonemas que não me deixaram dormir.

E desde esse dia que não consegui dormir decentemente. Quando adormeço até corre bem, mas o problema é mesmo chegar aí: agora não me apetece deitar com as galinhas, não quero estar na cama à espera que o sono chegue, naquele estado em que há uma semana fui arrancada tão violentamente. O meu cérebro uniu o sono àquele sentimento de susto que vivi naquela noite, de tal forma que eu agora não tenho vontade de ir dormir, por muito sono e cansaço que tenha. Estou a ver-me grega com isto e o meu sono, as minhas olheiras, os meus tiros ao ginásio e as minhas sestas durante a tarde são a prova disso.

 

P.S.: No final era tudo falso alarme, descansem. Eu também gostava de descansar se esta história me saísse da cabeça.

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