Das minhas leituras pouco inspiradas
Ando um bocadinho chateada comigo mesma porque não ando numa de leituras. Nada me entusiasma - nem para ler, nem para comprar (é só a mim que parece que há meses que não chega nada de entusiasmante às livrarias?).
Tudo começou com "A Tia Júlia e o Escrevedor", que até estava a gostar mas que, por causa das letrinhas pequeninas, me dava uma soneira desgraçada e me tirava a vontade de continuar. Fiz uma pausa, com esperança de lá voltar quando me sentisse com "lanço" e capacidade para o acabar. Depois li o "Everything, Everything", que até nem foi mau, mas não foi o suficiente para me fazer pegar na leitura outra vez; seguiu-se o "The Year I Met You", que já tinha comprado há um par de meses e que no início me entusiasmou bastante - percebi depois que o entusiasmo tinha sido em vão, porque toda a dinâmica da escrita é estranha e, acima de tudo, o livro não desenvolve. 100 páginas depois e está tudo na mesma - uma seca, principalmente quando já não estás numa de ler o que quer que seja. Impus mais uma pausa (esta não sei se há possibilidade de voltar, vou precisar mesmo de estar inspirada) e comecei aquela que, para já, foi a minha última tentativa - "Eversea", de Natasha Boyd. Descobri esta autora há coisa de um mês no Goodreads e as críticas eram muito positivas - para além de que escreve romances adolescentes, que para mim são o desbloqueador perfeito.
Detesto passar por fases do género mas, uma vez por ano, cá estou neste impasse terrível. E sinto rapidamente os seus efeitos secundários: a minha vontade de escrever diminui assim como a fluidez e qualidade de escrita. Ler, a meu ver, é mesmo essencial para quem escreve - e quando estou em fases em que nada "pega", em que nada parece ser do meu agrado, entro quase em desespero. Não é só a escrita que fica afetada, mas também uma série de rotinas e de "vontades" que ficam pelo caminho. Não há nada tão bom e tão saudável como ler um capítulo que seja antes de deitar ou de aproveitar aqueles minutos que nos sobram na hora de almoço para avançar um bocadinho mais na história.