Das coisas loucas que me passam pela cabeça
Andar mais em baixo é, infelizmente, para mim, sinónimo de comer mais e pior à mesa (aliás, fora dela, que é onde se cometem os maiores pecados). Tinha aqui em casa quem me acompanhasse nas minhas aventuras gastronómicas e nos últimos dois meses experimentei uma dezena de novas gelados, uns quantos doces e outras coisas não tão boas para a dieta.
Partilhei muitas das minhas receitas e comidas com a minha cunhada que também trocou algumas comigo (as dela mais saudáveis, glúten-free e outras coisas que adorei aprender e que me têm contagiado). Explicava tudo direitinho e acabava por fazer as iguarias, para desgraça das nossas barrigas mas alegria das nossas papilas gustativas. No meio disto eu brincava muito, explicava as receitas em modo youtube-style, provava as receitas dela e avaliava-as estilo júri do masterchef e passei as últimas semanas a apontar receitas e ideias - minhas e dela -, sempre a dizer que era para o meu canal de youtube culinário. Tudo na brincadeira.
Mas às vezes repetimos tantas vezes a mesma coisa que parece que ela se torna real. Não sei se já são as saudades dela - e do meu irmão e sobrinhos -, se são estas férias de treta ou este tempo desgraçado, se é o facto de agora andar muito virada para vlogs e vloggers ou mesmo a crise de sinusite grave que estou a ter que me está a enlouquecer, mas a verdade é que tudo está a fazer um assustador sentido na minha cabeça. Estou a um triz de pegar na minha nova máquina e começar a gravar as minhas receitas e partilha-las no youtube.
É a prova provada de que preciso urgentemente que as aulas comecem.