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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

26
Mai15

Como vivi o Fora da Caixa (ou como fui muito feliz)

Aquilo que escrevi no post abaixo foi a parte factual do programa - o que aconteceu e deixou de acontecer. Mas a verdade é que houve toda uma gestão emocional que teve muito mais impacto que o programa em si, todo um espírito que todos desenvolvemos sem nos apercebermos que tornou tudo único e mágico. Só no fim é que nos caiu a ficha. Bac. Acabou. Wow. 

Aconteceu uma coisa tão simples que é complicada: conhecemo-nos. E, estranhamente, resultamos juntos, até gostamos de "nós" como um grupo. As personalidades e as circustâncias da vida fizeram - como fazem sempre, em todos os meios - que se criassem grupos, distâncias, ódiozinhos de estimação, embirrações pessoais que acabam por ditar separações para a "vida", muitas vezes completamente infundadas. Coisas tão simples como grupos formados na praxe, grupos das pessoas que fumam e portanto se juntam no exterior, grupos das pessoas que almoçam na sala de convívio... enfim, todo um conjunto de razões que fazem com que se juntem uns e se separem outros. 

Apesar de estarmos todos divididos por equipas, tivemos de nos juntar várias vezes e fazer a ponte entre umas funções e outras. Todos fomos obrigados a contribuir e interagir de alguma forma - eu, então, nem se fala. Tive de deixar os preconceitos de lado e meter-me no carro com pessoas com quem não tinha trocado mais de meia-dúzia de palavras durante ano e meio de faculdade; tive de falar com todos, de explicar aquilo que queria, de me chatear quando achava que era preciso, de os organizar quando era necessário. Eu tive mesmo de sair da caixa.

E, sinceramente, é esse o sentimento que fica. Mais do que ter orgulho em ter conseguido realizar um programa fantástico - digo-o, sem pudores, que acho que foi dos melhores que CC já viu -, tenho orgulho em tudo o que fiz, em todos os esforços e, acima de tudo, de ter mostrado mais de mim. Consegui, finalmente, mostrar quem sou. Que não quero ser só mais uma. Que não sou só a chata, a que não vai aos jantares de curso ou à queima, que é anti-praxe, que é sossegada e não faz mal a uma mosca. Que há mais para além dessa Carolina sisuda que todos achavam que conheciam e por quem já não nutriam esperanças. Arrisco-me a dizer que as expectativas, quando me ofereci para realizadora, eram mesmo muito baixas. E, no meio disto tudo, acabei por surpreender os outros e, muito mais importante!, a mim mesma.

No dia seguinte ao programa inundamos o facebook com a nossa foto de turma, com textos bonitos de homenagem e já de saudade. Fiquei... assoberbada. Sem palavras, mesmo. Ainda nem sequer respondi a alguns dos comentários que me deixaram, quase com medo de não ser verdade. Não fiz nada disto para palavras de agradecimento - nem sequer tinha noção que as pessoas se aperceberam de que eu tinha dado (mais do que) o litro para que tudo isto corresse como correu. Fiz porque estava gostar, porque era a primeira coisa neste curso que era realmente desafiante e onde senti que me podia fazer realizada (porque já percebi que o trabalho é das coisas que me deixa mesmo completa e feliz). Chegar ao fim e ter toda uma maré de elogios, até de pessoas que antes não deviam acreditar nem gostar minimamente de mim, foi algo que me comoveu até aos ossos.

Chego ao fim e vejo mais do que os meros colegas que antes tinha. Vejo-os como pessoas, com qualidades e defeitos, que conheço melhor, para além de preconceitos de treta. Fomos uma equipa e eu tenho tanto orgulho nisso! Foram dias realmente felizes para mim, apesar de todo o nervosismo. Não tenho dúvidas que o programa foi um ponto de viragem na minha vida universitária e foi mais uma barreira que ultrapassei, a nível pessoal, no que ao relacionamento das pessoas diz respeito. Tenho o coração cheio. Obrigada é a única palavra que me parece plausível neste momento. Fui mesmo muito feliz.

 

Deixo-vos o making of (versão alargada), o vídeo que mais adoro à face da terra e que já vi umas cinquenta vezes. Podem ver parte do processo de montagem do cenário, dos ensaios, das conversas, da régie, do programa de um outro ângulo e, claro, do fim... Voltava a fazer tudo do início.

 

 

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