Chávena de letras - "O livreiro"
Estava sedenta de um livro delicioso, que não me deixasse respirar por entre páginas e que quisesse sorver de uma só vez! E foi este!
Esta obra tem tudo o que se quer, na medida certa e perfeita. E, claro, mete livros e Paris à mistura, uma receita que, para mim, se revela quase infalível.
Hugo Marston, a personagem principal, ao contrário de muitos "heróis", não é parvo, nem demasiado óbvio, nem super perspicaz, mas também não deixa que as coisas lhe escapem. No fundo, é uma personagem escrita à imagem real de alguém, com qualidades e defeitos, o que me fez gostar ainda mais do livro.
A escrita é simples e fluída, que impõem algum ritmo em algumas ocasiões, o que ajuda à leitura. Há sempre mais uma razão para não pararmos de ler, independentemente da parte da história em que estivermos - há muita "coincidência" que se entrelaça mas que, no fim, se compõe, sendo que o autor não deixa grande margem para pontas soltas ou dúvidas.
A história não é nada do outro mundo, mas atrai, intriga e envolve: tudo o que procuro num livro. "O livreiro" é o primeiro livro de uma sequela que tem sempre a mesma personagem principal e que tenciono, mesmo muito, continuar a ler. Fiquei fã de Mark Pryor.