Chávena de Letras - "Eu, o Earl e a tal Miúda"
Este foi, sem dúvida, o pior livro que li este ano; mas, pior que isso, foi um dos piores livros que li na vida. E foi essa a razão para o ler num ápice: queria acabar com o meu "sofrimento" bem rápido, porque sei que se o deixasse na mesinha de cabeceira nunca mais lhe pegaria.
Não percebo como é que se edita um livro destes, como é que se traduz em várias línguas e, pior!, se consegue fazer um filme que ganha prémios em festivais de renome. Na capa do livro diz que é inevitável comparar este livro a "A Culpa é das Estrelas", de John Green: pois eu digo que dizer tal coisa é uma autêntica blasfémia! Não há comparação possível, a todos os níveis: na escrita, na estrutura da história, na forma como é contada.
Sinceramente, a única coisa que safa este livro é o facto de se ler num fósforo, muito por causa da má escrita, que se altera entre narrativa, escrita por tópicos (sim, simplesmente com pontinhos pela página abaixo) e uma escrita estilo ensaio (com as falas, as reações e o cenário). Todo o livro é "nonsense" e "random", com cenas que não lembram a ninguém e que caem do nada, sem qualquer tipo de contexto para o leitor.
A forma fria como a doença é tratada também não me agradou. E, de resto, tudo aquilo que devia ter piada (que, pelo que percebo, seria 90% do livro) não tem, para mim, piada nenhuma. Mas se calhar sou só eu que tenho um sentido de humor inferior a zero. Ainda assim, o livro é mau. Mesmo muito mau.
(a única parte boa deste livro: completei o meu desafio de ler 25 livros este ano! YEY!)