Azul-bebé para o ano novo
A culpa foi da minha irmã. Há três anos atrás lembrou-se de me oferecer, numa caixinha de lata toda gira, umas cuecas azul-bebé. Disse que dava boa sorte para o ano que vinha, que tinha de as usar na passagem de ano e que tinham de ser sempre novas, a estrear, a cada ano que passasse. E eu assim fiz.
Não sou nada supersticiosa, mas sou uma rapariga de tradições e hábitos. Usei pela primeira vez porque achei piada, mas continuei a usar para não quebrar a tradição. A partir daquela prenda passei a comprar sempre roupa interior azul-bebé para a viragem do ano, mas vejo-me sempre enrascada e compro sempre à última da hora - ou porque não gosto de nada, ou porque não encontro (ou as lojas fazem poucas peças desta cor ou há muita gente com a mesma mania que eu), ou porque, simplesmente, não tenho tempo.
Hoje fui rapidamente à baixa, já em desespero de causa e quase pronta para abdicar desta minha superstição - mas, num rasgo de sorte, passei pela Oysho e lá estavam elas, numa caixa bem escondidas, aquele último par, à minha espera! Um alívio! A parte má destas coisas das tradições é que, mesmo achando que a parte da sorte é uma valente treta, ficamos sempre a matutar naquilo - e se acontece algo de mal, lá nos vêm as cuecas à cabeça: "se calhar se tivesses usado e acreditado isto não acontecia!".
Manias! Pelo menos para 2015 já estou safa. Só espero é que funcione - as de 2014 não tiveram lá muito resultado.