A moda das botas feias
O ano passado doei (ou deitei fora, em casos irremediáveis) metade do meu armário. Literalmente. Não foram só camisolas, camisas ou calças. Incluiu roupa interior, cintos, meias, sapatos, luvas, camisolas de malha, t-shirts, calções... tudo. Foi uma limpeza geral como nunca antes tinha feito. E soube-me bem e ainda continuo na onda de dar se não quero/ não me apetece/ não preciso. Mas houve um par de coisas que dei, que acabaram depois por me fazer falta. Uma delas foram umas botas pretas de cunha, que já tinham uns anos e por isso estavam a ficar feias de tão desgastadas. Dei-as, pensando que conseguia facilmente arranjar outras botas com um bocadinho de salto a um preço simpático.
Como me enganei! Andei meses atrás de umas botas. MESES! Corri todas as lojas - físicas e online - que gostava, parei em todas as sapatarias que conhecia e por onde passava. Nada. Eram todas iguais e todas igualmente feias. Não sei o que se passou com a moda do calçado este ano, mas é tudo de fugir de tão horrendo. Todas as botas que se encontram hoje em dia são feias, buçais, grosseironas, temporais (quem as vai usar daqui a dois anos?), incapazes de serem usadas por alguém que, como eu, gosta de se vestir de forma um bocadinho mais clássica e não entra nessas ondas alternativas (ou deverei dizer... feias?).
A verdade é que a moda destas botas grosseironas invadiu as lojas como nunca antes visto, por isso devem ter tido imenso sucesso. De facto, vêem-se nos pés de muito boa gente. Para mim - e que a minha opinião não ofenda ninguém-, são horríveis e ficam horríveis em qualquer conjunto, com exceção da malta gótica, em que aquilo fica a matar. Decidi fazer um "esboço exemplificativo" de alguns dos "pormenores" horrendos que todas estas botas têm. Se não tem uma coisa, têm outra, e por isso são feias na mesma. Não sei de que marca são as que utilizei na imagem, mas podiam ser da Prof, da Zara, da Haity, da Bershka ou de outra loja qualquer, porque em todo lado há coisas destas. É esperar que passe e que melhores coisas venham. Se não passar... bem que fico sem botas para o resto da vida.