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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

10
Ago14

Não perdoo o Verão

Durante o Inverno passamos a vida a usar uma expressão parva, em forma de pedir que os dias bons voltem: "volta Verão, estás perdoado!".

A frase nunca fez sentido, é uma expressão como tantas outras, mas acho que no próximo Inverno vamos mesmo passar à literalidade. Eu juro que nunca vi verão tão mau nesta minha vida; nunca vi tanta chuva, tantos dias cinzentos e febris. Mas lá para Janeiro, quando estivermos a tremer de frio por causa de mais uma estação gelada, molhada e rigorosa, aí é que vamos mesmo dizer: "volta Verão, estás perdoado" com todo o significado que isso implica. 

Da forma como a meteorogia anda - invernos teríveis, verões maus - vamos querer a solução menos má. Nessa altura, quando estivemos a bater o dente, vamos perdoar o verão e - como sempre, porque somos humanos e temos este eterno defeito de esquecer as coisas más do passado - pedir para que estes dias fraquitos (ainda que melhores do que aqueles em dias de Janeiro) voltem a acontecer. 

Eu cá acho que este ano não perdoo o Verão. Nem o S. Pedro. Acho que nunca estive com tanto pó a um santo como agora. Chato!

02
Ago14

Verão atípico

Este Verão tenho sentido algo que nunca havia sentido nesta vida: obrigação de estar ao sol. Quero com isto dizer que se acordo, saio do meu quarto e vejo que está um dia solarengo lá fora, o meu instinto é pôr-me de bikini e estender-me em frente à piscina - e se por ventura está demasiado calor e eu penso em ir para a sombra, quase me culpo, com o diabo em cima do meu ombro a gritar-me "mas vais-te pôr à sombra depois destes dias todos em que quase choveu?".

O tempo está tão mau que eu sinto-me no dever de aproveitar cada segundo que S. Pedro nos dá de solzinho. Juro! Encharco-me de protetor, leio dentro da piscina, faço trinta por uma linha: mas deixar de estar ao sol não é uma opção nestes raros dias de Verão (verdadeiro) que se fazem sentir. Nunca vi estação tão fraca, com dias tão cinzentos, tão carregados de nuvens. É uma tristeza acordar e ver que naquele dia não nos está destinado piscina ou praia, mas sim a enclausura dentro das paredes de nossa casa (como se o Inverno já não nos bastasse).

27
Jul14

Afinal não estou para escrever

Não deixa de ser curioso o facto de ainda há coisa de uma semana vos ter dito que me sentia impelida a escrever, que uma vontade quase divina me trazia aqui para o teclado, mas que a quantidade - e qualidade - dos textos aqui no blog tenham diminuído. Não dá a cara com a careta, não corresponde àquilo que eu disse - e a verdade é que não sei bem porquê.

O verão é aquela época do ano de que estou sempre à espera mas que, quando cá chego, acaba por ser sempre uma desilusão. E falo por mim, porque o resto da população parece estar a divertir-se à brava por terras algarvias, em festas em Seven's, Bliss's, MEO Spots e coisas que tais. A mim acaba sempre por me dar crises de solidão aguda e de introspecção que, ainda hoje, não consigo reverter. É uma solidão diferente da dos outros dias, porque é mais literal; se nos tempos de faculdade me consigo sentir sozinha num anfiteatro a abarrotar de pessoas, agora sinto-me literalmente sozinha nesta casa, onde pouco mais tenho que fazer do que ficar responsável por crianças ou ler na piscina, quando o tempo é bom o suficiente para isso, mas não para uma escapadela à praia. 

Dormir demasiado é mau, pensar demasiado é mau, ler demasiados livros com personagens masculinas encantadoras também é mau. Mas é tudo o que tenho feito ultimamente, e faltam-me por isso as palavras levianas, bonitas e bem-dispostas que as pessoas querem ler no verão porque, nestes dias, sinto que vivo em pleno inverno. Não chove lá fora, mas está a chover cá dentro.

15
Ago13

Mar

Estes dias têm sido tão bons, tão doces, que eu mal consigo descrever. Têm sido férias, férias mesmo, distantes de tudo um pouco e só ao lado daqueles que estão sempre cá. É acordar, vestir roupa de banho e seguir para a praia, com a maior leveza e descontracção possível.

O mar deve ser das poucas coisas que, só por isso, me acalma e enche de felicidade. Não sei explicar porquê, mas só aquele cheirinho e o barulho característico fazem com que algo aconteça aqui dentro. Sou medricas em relação a tudo e mais alguma coisa, mas o mar é como se fosse a minha terra. Tenho-lhe respeito, sempre, mas sinto-me um peixe dentro de água. Não se contam pelos dedos das mãos as vezes que já enrolei, comi areia e bebi água horrivelmente salgada, mas mar é mar. Houve uma vez, uma só vez, em que me assustei a sério, ainda era eu pequena - num dia de inverno, só em passeio, fomos molhar os pés e, quando damos a volta para voltar ao carro, uma onda engole-nos e nós vamos com ele. Saímos todos ilesos, molhados apenas e com uma história para contar. Mas nem isso fez com que perdesse o meu amor pela água, pelas rochas, pelas algas ou por aquele sal indesejado. É como se ele fosse parte de mim. Um remédio vitalício, quase infinito, pelo qual não tenho de pagar. Tem sido tão bom.

Agora só quero chegar a sul e mergulhar por ele dentro durante horas a fio. Apanhar carrinhos, ver peixinhos, alugar um barco e ir para bem longe - sentir aquele friozinho na espinha que me faz sentir tão viva e feliz. O mar, sozinho, quase que faz o meu verão.

26
Abr13

Verão aí ao virar da esquina

Quarta foi dia de usar bikini e comer ao ar livre até ao sol se pôr pela primeira vez no ano. Tão bom, tão bom!

 

P.S.: Já sei que vem uma camada polar sabe-se lá de onde. É fazer figas para que passe rápido: estes dias souberam-me pela vida!

05
Fev13

Verão, volta, estás perdoado

Eu acordo sempre muito lívida, horrível, meio que com cara de morta. Mas, normalmente, depois do banho, a minha cara fica mais rosadinha e com um ar bem mais saudável.

A questão é que este ano estão tão branca, tão branca que não há pinta de corzinha na minha cara. Acordo lívida, contínuo lívida e durmo lívida. E odeio, pura e simplesmente. Tenho tantas saudades do verão e de poder apanhar sol, de modo a ficar moreninha - gosto tão mais de mim quando estou morena! Tempo, passa rápido, que toda eu preciso de um solzinho quente para sobreviver!

25
Jun12

Primeiro dia de verão

Hoje, para mim, foi o primeiro dia de verão. A minha pele cheira a verão, o dia foi quente como deve ser no verão, não houve vento como não deve haver no verão, o dia esteve bom até ao fim como deve ser no verão, as cigarras cantam lá fora como cantam sempre no verão.

Tinha tantas, tantas saudades disto.

21
Jun12

Verão? És tu?

Ontem estava no carro e ouvi qualquer coisa como "estamos a um dia do verão". Olhei pelo vidro e perguntei à minha mãe: "ele está mesmo a falar a sério?". Ela disse-me que sim e eu fiquei pasmada.

Nas circunstâncias meteorológicas em que estamos, passa bem por anedota.

 

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