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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

05
Jan14

Rebeldia universitária

Não vale a pena repetir a minha posição relativamente ao culto da bebedeira, das noitadas, das drogas, das ganzas e de não ir às aulas de uma forma crónica quando muito boa gente quer estudar e não pode, certo? Já estão fartos de me "ouvir" divagar sobre o assunto, suponho.

Como tento ser uma pessoa coerente ao máximo, é óbvio que não faço aquilo que critico - como já disse num post antigo, a única coisa de que estou a tirar vantagem nesta nova vida, é poder dar uns tiros de vez em quando, àquelas aulas que sei que não vou fazer ou aprender alguma coisa (privilégio que no secundário não tinha - ou vais.... ou vais, a não ser que queiras dar explicações aos professores e aos pais). Mas, afinal de contas, vou aproveitar-me de mais uma coisa: logo ao primeiro exame.... tau!, vou a recurso!

A verdade é que, para acabar todos os trabalhos que tinha para fazer, a conciliação não ia ser fácil; acabei por optar e decidi perder uma oportunidade (o primeiro exame) e preparar-me direito só para o de recurso, que virá mais tarde. Disse-me o meu irmão: "estás a tornar-te uma verdadeira universitária!". Ao menos que seja por causa disto, que a minha rebeldia é muito soft.

24
Nov13

Oi? É domingo?

Eu só gostava que me explicassem como é que é domingo e são cinco da tarde. Expliquem-me! Como é que o tempo passou tão rápido e eu não fiz nada de jeito para a faculdade?

Não me podem ter acusado de ter andado na sornice durante todo o fim-de-semana, porque tal não aconteceu. Nem um sestinha curta durante a tarde eu tirei! Lavei o carro, fui a um aniversário, estou prestes a ir a outro, comprei uma prenda, ajudei a fazer outra, cozinhei e... mais nada! Para tão pouco, gastou-se um fim-de-semana! E a única coisa que sinto que fiz de bom foi, de facto, dormir umas quantas horas durante a noite. Como é que isto foi acontecer?

Tenho uma viagem para Inglaterra marcada para quinta-feira e, infelizmente, acho que não vou. Começo a ver tantas coisas a condensarem-se no meu futuro próximo que até me dá os calores só de pensar. Ontem foi giro ver que, no meio de uma dezena de novos estudantes universitários, todos estamos a sofrer desta patologia: chama-se falta de tempo (desse lado sofre-se do mesmo?)! E agora vou voltar para a minha agenda, para ver se tenho tempos livres para gastar. Que vida, esta. Ugh.

04
Nov13

Falemos de novo na faculdade

Não vejo isto como um bicho de sete cabeças: não em relação ao trabalho, às cadeiras, às modificações do secundário. A minha maior dificuldade, já o disse aqui e já falei mil e uma vezes, é fazer parte daquele meio: não sinto que haja um spot ideal para mim, ali no meio; vejo toda a gente feliz e contente por estar na universidade e eu, mais uma vez, estou deslocada, não me sinto assim. Estou ali por estar, porque é o passo seguinte, porque hoje em dia me traz vantagens, porque queria, como todos, ser uma aluna universitária. Sabia que a integração não ia ser uma tarefa fácil para mim, mas não tanto como está a acontecer: e é aí que está o cerne do problema. Não há um equilíbrio nisto tudo: eu gosto do curso, das cadeiras, mas não sinto que pertença ali. Estou, mais uma vez, sozinha. Sozinha. Sozinha. Sozinha.

Mas enfim, para além desse major problem, o outro com que me defronto é a falta de tempo e a eterna preocupação. Estou sempre preocupada com um trabalho, com um relatório que tenho de entregar. Já me vou habituando, organizando - agora é ver-me sempre agarrada ao calendário do telemóvel, a apontar tudinho para nunca me atrasar nem perder nada de vista  - mas, ainda assim, não está a ser fácil.

Nesta semana em particular avizinha-se uma correria. Tenho um trabalho para entregar, parte de outro a enviar... tudo até quarta-feira, que é dia de fazer as malas: tive de antecipar a viagem para Inglaterra e, quinta-feira, vou de malas aviadas para terras de D.Majestade, ter com o meu irmão. Mas, antes de espairecer e mudar de ares durante uns dias, tenho muito trabalho pela frente. O nível de stress aumenta, só!, a cada segundo que passa. 

12
Out13

Nem tudo é mau

Bem sei que só me ouvem dizer mal, até agora, desta experiência universitária: é verdade é que eu, à partida, nunca achei que a universidade iria representar para mim o que habitualmente representa para os outros. Todos falam maravilhas daqueles tempos mas eu, não sei bem porquê, sempre tive um feeling que não ia ser o mesmo para mim; mas enfim, a ver vamos, que ainda há muito, muito caminho pela frente para mudar este sentimento.

Mas o que eu quero é desmistificar a ideia que estou a odiar tudo; eu sou assim, deixo muitas vezes que as coisas más prevaleçam sobre as coisas boas. A verdade é que o curso me está a agradar imenso: as cadeiras e até os professores. Tenho noção que me vai dar trabalho (provavelmente mais trabalho do que um curso "normal" de letras, onde se marra e vai a exame), tendo em conta que tenho coisas para fazer quase todos os santos dias (ou é um documento em excel, ou em word, ou daqui a uns tempos uns quantos em flash, e um relatório de vídeo, mais outro de outra disciplina qualquer, mais não sei quantas postagens num novo blog universitário, enfim). Mas não me importo, gosto disso; faz-me sentir que aprendo algo de verdade, algo táctil e directo - sei qual é o fim das coisas. Será trabalhoso, não duvido, mas recompensador, quando chegar ao fim.

Economia está a permitir-me fazer as pazes com a matemática, vídeo e fotografia estão a despertar-me um interesse especial e técnicas de expressão do português está a dar-me uma visão da língua - mais positiva - que não tinha. Há pontos negativos, é claro, mas ao contrário do habitual, vou fazer por não os enaltecer. Vou focar-me no quão bom está a ser esta parte, de modo a que tudo o resto se alinhe. Afinal de contas, não é toda a gente pode dizer que gosta do primeiro curso em que entra. Nem tudo é mau.

10
Out13

Sociabilidade

No décimo segundo ano, ao contrário do que esperava, a minha integração foi imediata. Foi só aquele primeiro dia de pavor total e, depois, tudo se desvaneceu. Tenho a plena noção de que tal nunca me tinha acontecido, mas fiquei mal habituada; aquele momento em que a minha eterna colega de carteira me disse, com o sorriso mais rasgado do mundo "olá Carolina", é algo que não irei esquecer tão cedo e que me integrou, instantaneamente, naquela turma. 

Já a faculdade continua mais difícil. Ser sociável, para mim, é uma missão impossível equivalente à do Tom Cruise... mas sem tiros à mistura. Tem sido um processo um tanto ao quanto moroso, feito aos poucos e com alguns dias maus pelo meio - tem-me aberto umas feridas que já tinha conseguido fechar com o tempo. Se, por um lado, o 12º foi mágico, por outro foi terrível, porque me desabituei a ser a Carolina que era - eu já me tinha esquecido do que era sentar-me sozinha no canto de uma sala, passar os intervalos comigo mesma, ser trocada pela colega que está na outra ponta. Tenho feito por esquecer isso e ir falando com as pessoas, meter-me lá para o meio e não fazer parte de nenhum grupo em particular. Basicamente, estar no singular, mas funcionar no plural, não tendo só que me restringir a meia dúzia de pessoas. Claro que já tenho um ou outro com quem me dou melhor... mas não passa disso e eu, estranhamente, sinto-me sempre um peso ou uma obrigação para quem anda ou está comigo. E isso é um bocado para o chato, mas enfim, uma pessoa habitua-se, tal como se habituou em todos os anos anteriores.

É só mais uma fase e eu acredito que melhore ao longo do tempo. Posso não ser uma simpatia à primeira (nem à segunda) vista, mas acho que, quem quer, consegue chegar-me e saber do que sou feita. É claro que, como em tudo, há quem goste e quem não goste, que não se pode agradar a gregos e a troianos, mas eu vou tentar dar o meu melhor. Afinal de contas, não sou uma víbora que anda aí a espalhar veneno ou uma terrorista de pior espécie. Sou só alguém com uma veia de anti-social maior do que seria aconselhável. E isso, naqueles dias maus, consegue afetar-me mais do que o suposto. 

 

[Resta-me agradecer a todos os que deram a sua opinião quanto ao jantar de curso. Fiquei por casa, seguido de um café com duas pessoas do meu décimo segundo ano, para me lembrarem que nem tudo é mau, e que as coisas não mudam assim tanto num par de meses.]

05
Out13

Ahhh, um jantar de curso, que bom

Não sei se ao fim da segunda semana já podemos considerar a integração (ou a falta dela) um problema. Eu diria que sim. A coisa não está mesmo fácil.

Eu bem tento sair da caixa, abrir horizontes. A sério que faço um esforço gigante para sorrir, para meter conversa quando posso, mas é algo que simplesmente não faz parte de mim e acho que me sai muito pouco naturalmente. Isto para dizer que, apesar de tudo, não me encosto a um canto e estou na minha: eu estou ali no meio... mas é como se não estivesse. Até meto conversa com a rapariga do lado, pergunto-lhe o nome e de que turma é mas.. não sai dali. Parece que tenho uma coisa escrita na testa a dizer "não falem para mim, eu não sou simpática". Provavelmente, faço tanto esforço para o ser que me sai tudo ao lado. Enfim.

Mas o busílis da questão está que na próxima quinta-feira há um jantar de curso. Uma alegria, de facto. E há várias perspectivas aqui a ter em conta: eu podia ir ao jantar e, na melhor das hipóteses, até conhecia pessoas com me identificasse; o pior cenário neste caso era, mais uma vez, ficar na minha, meia abandonada no meio daquela bagunça. Ou então as pessoas verem que eu não fumo nem bebo álcool e começarem a pensar "mas ela pensa que tem quê, cinco anos? Cresce para a vida, miúda!". Por outro lado, podia não ir e dar numa de grande anti-social - que, como é óbvio, é o que me apetece fazer (isso faz de mim uma grande anti-social?). Tenho a certeza que esta segunda opção me iria poupar problemas e aborrecimentos - porque todos sabemos em quê que consistem as festas universitárias, e quem me conhece sabe que toda eu tenho uma ligeira aversão a isso. "Bota abaixo!". Nãããão. "Mão direita, copo cheio, é penaltiii". Também não! Dispenso, passo muito bem, obrigadinha.

E é isto. Estou aqui num impasse de vai-não-vai tremendo, sendo que o mais engraçado disto tudo é que a minha vontade de ir é nula. Só o esforço que coloco em pensar em ir já é deveras honrável, digo-vos; tentar pôr de parte quem nós somos não é de todo fácil... e nem sempre vale a pena. Portanto ainda terei de (re-re-re-re)meditar sobre o assunto.

25
Jul13

Candidatura submetida (e os medos também)

Segunda-feira levantei-me com as galinhas para ir buscar à escola a minha ficha ENES. Pensei que estaria uma fila imensa e, afinal, cheguei lá e estava tudo na paz dos deuses. Para quem não sabe, essa é a ficha que os candidatos ao ensino superior precisam de ter para se candidatarem, onde está descriminada a média de final de secundário e todos os exames que fizemos até à data, assim como um código de activação necessário para que consigamos fazer a candidatura pela internet.

Só não fui buscar a dita mais cedo porque, como estamos em Portugal, ela não estava pronta a tempo. Eu queria ter feito tudo logo no primeiro dia de candidaturas, para deixar tudo despachadinho - temos sempre a oportunidade de mudar, caso nos passe algo pela cabeça e mudemos completamente de ideias. No fundo, queria ter tudo pronto para poder respirar e andar ao sabor do vento, sem ter de me preocupar com nada. Se precisar de mudar, mudo; se não, já está tudo direito e prontinho.

O único curso que quero mesmo foi o que pus em primeiro lugar: Ciências da Comunicação: Jornalismo, Assessoria e Multimédia. Os outros, foi um pouco ao calhas - e não, eu não quero entrar num curso de bibliotecária e arquivadora na universidade de Coimbra, apenas coloquei lá porque não tinha mais nada para pôr. Entrar ou não entrar não me preocupa muito, pois a margem que tenho em relação ao último colocado do ano passado é de mais três décimas e penso que este ano as médias ainda vão baixar, deixando assim uma diferença ainda maior. Para além disso, e caso raro, estou positiva! Preocupa-me mais o facto de, quando já lá estiver, não gostar do curso. Não estar motivada, aquilo não ser nada daquilo que penso.

Na verdade, eu nunca na vida quis ser jornalista. Não, eu não quero ir para o meio da multidão quando o FCPorto ganha o campeonato; não, eu não quero ir para um cenário de guerra; não, eu não quero entrevistar um conjunto de pessoas fúteis nas festas mais populares do ano. Não quero. Eu só quero um curso, uma base - e se não for este, não sei qual será! O meu futuro é incerto: porque o que eu quero é escrever. Crónicas, livros, blogs, reportagens...! Escrever, mas não propriamente ser jornalista. Porque não há cursos para escritores. E não tem de ser propriamente a tempo inteiro: eu não me importo de fazer outra coisa qualquer, só quero um tempo para estar a sós com o meu teclado. Com sorte, ainda acabo na têxtil, o ramo da família. Eu não me importo e... quem sabe.

A universidade é só o inicio de um caminho às escuras que eu não faço ideia no que vai dar. Embora o meu sonho não seja exercer jornalismo em si (embora não me importasse nada de executar algumas tarefas neste ramo), quero gostar daquilo que vou estudar e o curso parece-me super atractivo, muito abrangente, que era aquilo que procurava. Agora é esperar para ver no que vai dar. E continuar a escrever. Muito.

11
Jul13

Um bom dia

Naquele momento em que estava a espreitar por entre cabeças e ombros, na altura exacta da afixação das pautas, e avistei o meu 15, caiu-me tudo. Fiquei tão, mas tão cansada - descomprimi totalmente naquele instante, enquanto as mãos me tremiam e eu olhava de novo para confirmar que aquilo era verdade. Numa situação normal, praguejaria por ter tirado 15 - hoje, foi o maior alívio que me podiam ter dado.

Quando cheguei a casa pus-me logo a fazer contas, mas nessa altura já eu me tinha inscrito para a segunda fase do exame de geografia e português. Para qualquer pessoa que saiba fazer meia dúzia de contas, sabe que as hipóteses de aumentar não são muitas e, se tal acontecer, a diferença não será grande (porque vou aumentar só para efeitos de média interna e não de prova de ingresso). Mas eu prefiro jogar pelo seguro: há muita gente que por décimas não entra - portanto, quanto mais, melhor! Vai ser um dia perdido com dois exames e talvez um fim-de-semana a rever os livros, mas prefiro faze-lo para ficar de consciência limpa. E, já agora, para vingar o meu orgulho, que ficou um tanto ao quanto ferido com este 15 (não que seja mau, mas eu queria mais).

E queria só agradecer mais uma vez por toda a gente que torceu por mim, desejou boa sorte e disse para eu não desanimar. Acho que um bocadinho de todas estas preces estão neste meu 15 muito sofrido!!

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