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Entre Parêntesis

Tudo o que não digo em voz alta e mais umas tantas coisas.

29
Jun14

Menos um tópico "desencalhador"

Quando alguém nos perguntava, meio desesperado "não sei o que lhe dizer!", respondíamos sempre, a despachar: "falha-lhe do tempo". Dizíamos isto como se falar do tempo fosse sempre o assunto chave desbloqueador de conversas, como se falar do tempo fosse perfeitamente inútil e toda a gente soubesse que não servia para mais nada para além de desencravar conversas encalhadas. Ninguém achava que falar do tempo era interessante, mas ao menos era alguma coisa a dizer, o que, em muitas mentes, é melhor do que estar calado.

A questão é que "falar do tempo" já não se enquadra na categoria de "tópicos de conversa desencalhadores". Porque agora toda a gente fala do tempo de um forma genuína, chateada, preocupada, tornando os fenómenos meteorológicos um assunto real e não apenas cliché! Ouvir falar do tempo nas ruas, no telejornal, nos blogs e nos jornais é algo mais que vulgar e já não serve só para encher chouriços. Ouvem-se tantas preces como pragas a S. Pedro, pede-se sol, perdoa-se o verão, chora-se por um bocadinho de calor que teima em não vir.

E até eu dei por mim a falar do tempo de forma contínua. Que me deprime a chuva, que me chateia esta instabilidade, que quero praia, que quero piscina, que quero moreno, que estou farta disto, que me vou passar com S. Pedro. Tudo de uma forma sentida, dorida, de quem quer mesmo muito que isto do tempo mude.

Este post também é a sério, muito sentido, um grito do Ipiranga para que o raio do santo nos ouça e nos traga sol para dar e vender. Enfim, já nem o tempo faz parte dos "tópicos de conversa desencalhadores". Embora, no caso deste blog, por acaso até tenha ajudado a desencravar a preguiça e a súbita de desinspiração. Se calhar o tempo ainda serve para alguma coisa. 

16
Abr14

O que se passa com os meteorologistas?

Eu acho que andam a beber uns copitos a mais, tendo em conta que há semanas que não acertam uma. E não são coisinhas de nada: são erros gigantes. Dizem que vai chover e trovejar e está um dia de sol lindo de morrer; dizem que vai estar sol e chove imenso e passa-se o dia sobre uma gigante nuvem cinzenta.

Mas o que raio se passa afinal? A arte de prever o futuro está a falhar? Os satélites andam maluquinhos, as bolas de cristal não estão bem limpas? Ou contrataram estagiários não remunerados para o instituto de meteorologia e que estão a errar crassamente nas previsões de forma propositada em forma de protesto? Qualquer que seja o problema, é melhor arranjarem solução. É que uma pessoa preparar-se psicologicamente para um dia lindo e espectacular e acordar com uma chuvada é meio caminho andado para ficar deprimida o resto do dia. E alguém mais organizado, que tira e prepara a roupa que vai usar no dia seguinte? Ah pois, esses têm de arrumar tudo e refazer o conjunto que vai vestir, perdendo tempo e ganhando stress! Portanto vejam lá se se arranjam, que brincar assim com a vida das pessoas não é bonito! 

09
Fev14

Estou com a neura

E a desesperar! Apetece-me chorar de frustração, por causa deste tempo deprimente que não dá folgas, que não me dá água quente, que não pára de meter água para dentro de casa e mal me deixa sair fora dela!

Tenho fome e não sei o que hei-de comer, tenho vontade de ler e não sei o que hei-de ler, não quero ir para as aulas e elas começam já amanhã. Ontem fui a casa de uma amiga mas, fora isso, não saio de casa há praticamente uma semana sem ser para ir ao supermercado. A desesperar, é aquilo que eu estou. De-ses-pe-rar. E com a sensação de uma birra imensa a formar-se dentro de mim, sem que eu consiga evitar. Ainda há dúvidas que há pouca coisa que me deprime tanto como este tempo?

04
Jan14

Bombardeados por calhaus de gelo

Ontem eram quatro da manhã e eu ainda estava às voltas na cama. Já me tinha deitado tarde; depois vi dois episódios de Arrow (meu deus, só me sobram três!) e ainda tive tempo para jogar Subway Surfers. Quando decidi que era hora de dormir, começou a chover. Muito. E depois a trovejar. E depois... muito barulho.

Eu aguentei na cama dez minutos antes de ir ver o que se passava. Os relâmpagos eram tantos que parecia que era de dia, o barulho era ensurdecedor (parecia que a minha casa estava a ser bombardeada, o telhado parecia feito de chapa e em choques constantes) e uma enxurrada de água parecia que estava a cair ao meu lado, por causa do ar condicionado.

Quando saí do quarto deparei-me com o chão cheio de bolas de gelo. Milhões de bolas, pequenas, grandes, perfeitas e irregulares! Tudo! E percebi que o barulho que ouvia não era só no meu quarto, mas sim na casa toda; por esta ser toda envidraçada, eram barulhos por todos os lados. Calhaus de gelo do tamanho de maçãs (e não estou a exagerar) eram arremessados contra os vidros devido ao vento; eram balas autênticas que me faziam estremecer e ter o instinto de me baixar quando vinham na minha direcção, mesmo tendo um vidro a separar-nos. Muitos carros ficaram amolgados, e tenho a certeza de que muitos telhados devem ter ficado afetados. Nunca vi nada assim.

Tirei algumas fotos mas, por causa do vidro, não se vê nada de jeito. Não me arrisquei a sair de casa porque apanhar com um calhau daqueles iria causar-me danos; por outro lado, tenho a ceteza que mal abrisse a porta os cães me entrariam pela casa dentro e nunca mais saíriam, devido ao medo que claramente sentiam. 

Diziam-me, quando era pequena, que quando trovejava, era Deus que estava a arrumar a casa ou estava chateado. Ontem, a pensar assim, ele tinha de estar furiosíssimo.

 

Vídeo da SicNotícias que mostra bem o cenário com que me deparei

28
Nov13

Tudo por causa de um CD

Aqui há dias fiquei um bocadinho deprimida quando, na comercial, falaram do lançamento do CD "Now 28". Eu há anos que não ouvia falar dos "Now"'s, mas lembro-me bem deles da minha infância. Acho que nunca cheguei a ter nenhum, mas tenho a certeza que sabia quase todas as músicas que lá estavam.

A questão é que, nesses tempos, ainda estávamos no "Now 7" - eu lembro-me de ver anúncios na televisão com todos esses CD's com músicas da era Morangos com Açúcar. Mas como raio é que já estamos no 28? Está claro que eles lançaram mais do que uma edição por ano mas, ainda assim... 28? Ou é de mim ou eu estou a ficar velha e o tempo está a passar rápido demais...

24
Nov13

Oi? É domingo?

Eu só gostava que me explicassem como é que é domingo e são cinco da tarde. Expliquem-me! Como é que o tempo passou tão rápido e eu não fiz nada de jeito para a faculdade?

Não me podem ter acusado de ter andado na sornice durante todo o fim-de-semana, porque tal não aconteceu. Nem um sestinha curta durante a tarde eu tirei! Lavei o carro, fui a um aniversário, estou prestes a ir a outro, comprei uma prenda, ajudei a fazer outra, cozinhei e... mais nada! Para tão pouco, gastou-se um fim-de-semana! E a única coisa que sinto que fiz de bom foi, de facto, dormir umas quantas horas durante a noite. Como é que isto foi acontecer?

Tenho uma viagem para Inglaterra marcada para quinta-feira e, infelizmente, acho que não vou. Começo a ver tantas coisas a condensarem-se no meu futuro próximo que até me dá os calores só de pensar. Ontem foi giro ver que, no meio de uma dezena de novos estudantes universitários, todos estamos a sofrer desta patologia: chama-se falta de tempo (desse lado sofre-se do mesmo?)! E agora vou voltar para a minha agenda, para ver se tenho tempos livres para gastar. Que vida, esta. Ugh.

30
Jul13

Tempo

Tenho uma relação muito paradoxal com o tempo.

O tempo passa muito depressa quando não quero que ele passe e demasiado devagar quando quero que passe rápido; faz-me "esquecer" coisas que desejo lembrar-me, mas também aquelas que pretendo esquecer; faz sarar as feridas, mas piora as saudades; faz-me mais velha para o bem e para o mal.

Mas, acima de tudo, o tempo é um enganador. É um carpinteiro, um experiente em fazer aquelas cómodas cheias de gavetinhas de todos os tamanhos e feitios - pena não se lembrar de fazer as fechaduras para elas. Ele não faz esquecer - ele apenas guarda, bem lá no fundo, as nossas memórias e encosta-as no gaveteiro que criou ao longo da vida. O tempo tem muitas capacidades, mas nenhuma delas é apagar aquilo que foi feito e que aconteceu - e, para além do mais, nunca chegou a aprender a fechar as gavetas devidamente.

E é por isso que, de quando em vez, aquilo que pensávamos que estava mais que enterrado no nosso passado - ou, como quem diz, no nosso "gaveteiro" pessoal - salta cá para fora. Um terramoto ou outro faz estremecer a cómoda e, puff, somos arrebatados por algo que já nem nos lembrávamos e que , por vezes, mexe connosco até á raiz do nosso ser. Resta-me dizer: tempo, está na hora de começares a fazer chaves.

08
Jul13

S. Pedro, o extremista

Houve duas coisas que eu fiz recorrentemente durante este Inverno e Primavera: primeiro, queixar-me do tempo; segundo, dizer para ignorarem aqueles meteorologistas franceses, que diziam que este ia ser o verão mais frio dos últimos duzentos anos, ou coisa assim parecida. Pelo menos no último ponto tive razão - eu bem sabia que aqueles franceses d'uma figa queriam era tirar-nos também o sol, como se já não bastasse aquilo que nos têm tirado nos últimos tempos. Enfim!

Mas este tempo de extremos não dá com nada. Nós pedimos calor - e ele veio, tarde e em demasia! Eu quero poder apanhar sol, andar na rua sem suar as estopinhas, conseguir respirar sem me custar! Mas não, agora é sombrinha até às 17 horas da tarde e já com sorte. E a minha sorte é que não trabalho e os livros estão a tirar folga, porque caso contrário eu via-me grega para fazer algo produtivo com o calor que se tem sentido!

Eu só não me ponho aí a dizer mundos e fundos porque, de facto, desejei muito este tempo. Muito, muito, muito. E poder fazer praia e piscina, mesmo abafando e estando constantemente à sombra, é uma bênção. Estou só a dizer que o S. Pedro podia ser um bocadinho mais controlado e não ser assim de extremos. Querido S.Pedro, costumam-me dizer que as coisas não são só pintadas a preto e branco: há muitas escalas de cinzento! Aproveita também o conselho, sim?

19
Jun13

E os anos o vento levou

Faz-me uma impressão desgraçada ver nas revistas ou no facebook caras conhecidas da minha infância já com filhos, casamentos e vidas construídas. Pessoas como a Cláudia Vieira ou a Diana Chaves, que apesar de serem bem mais velhas do que eu, eu sempre vi como da minha geração - na altura em que via os Morangos com Açúcar, com uns dez anos, já elas interpretavam personagens que tinham a minha idade actual mas, não sei bem porquê, interiormente, achava-as com idades muito próximas da minha. E só acordei para a vida quando percebi que estavam grávidas, que depois tiveram as crianças e já têm famílias construídas!

Wow. O mesmo feeling tive quando reparei que os amigos dos meus irmãos também estavam a ser pais. Mas, esperem, como é que é possível? Eu lembro-me de os ver no São João aí a cantar e a beber desalmadamente; de os ver fumar sabe-se lá o quê algures e a fazerem coisas típicas da idade que, de facto, tinham, mas que eu não me apercebi de ter passado.

Isto faz-me pensar que, daqui a relativamente pouco tempo, é a minha vez. E eu ainda ontem tinha dez anos, parece-me. Isto são sintomas de velhice crónica, não são?

16
Jun13

S. Pedro, atina!

Este tempo está a pôr-me louca, louca, louca. E deprimida, vale dizer. Eu não sou energeticamente dependente da luz solar, mas o bom funcionamento da minha máquina (principalmente a nível mental) requer muitos raios de sol para funcionar bem.

Se por um lado estes dias murchos ajudam no estudo - não há vontade de ir sair, pular para a piscina ou ir fazer praia, ajudando-nos a ficar encerrados em casa -, por outro deprimem-me ao ponto de não me apetecer pegar nos livros. Apetece-me dormir e pedir para me acordaram quando o verão verdadeiro chegar! Para além disso, S. Pedro é traiçoeiro: nos dias em que andei a passear pelo Porto, estavam sempre dias horríveis, em que nos misturávamos com o nevoeiro e a chuva miudinha; mal os meus amigos se puseram fora da cidade, o sol começou  aparecer (não em dose suficiente para mim, mas sempre foi alguma coisa)!

O meu irmão mais velho segue hoje para o Algarve, na sua merecida semaninha de férias - e a mim, com esta abstinência de sol que se vive por estes lados, só me apetecia agarrar-me às pernas dele, qual criança de três anos, e implorar-lhe para me levar com ele. Para além do descanso, preciso tanto, tanto, tanto de dias bons! Estou farta deste inverno ou outono prolongado, deste frio indevido, da porcaria das nuvens que não teimam em desaparecer e deste vento gélido que não arreda pé! Mal acabe os exames e com isto a continuar assim, vão-me ver a implorar por um destino tropical. Esperem para ver.

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