Não me esqueci do dia mundial da dança
Terça-feira foi o dia mundial da dança. Este início de semana foi atribuladíssimo, pelo que não tive tempo de fazer um post sobre o assunto (basicamente faltava-me tempo para dormir e respirar, portanto escrever - por muito que eu goste de o fazer - passou para segundo plano).
Pois que este é um dia que eu nunca esqueço. É verdade: alguém como eu, que afirma não gostar de dançar, lembra-se sempre deste glorioso dia. E porquê, perguntam vocês? Não é porque fui feliz nesse dia em particular nem porque tenho uma memória de elefante: é porque este dia faz parte integrante do meu trauma com a dança. Juro!
Foi à custa do dia 29 de Abril que fomos fazer um workshop e onde aprendemos a dança da agricultura (que acabamos por apresentar no final desse ano). Era uma dança... com movimentos de agricultores: dar com a inchada na terra, andar com o alguidar em cima da cabeça, lavrar a terra e todas essas coisas muito bonitas que até se costumam pôr em danças (cof cof). Para além do mais, a indumentária eram calças de fato de treino e uma camisola branca suja com terra (imaginam bem, estive a esfrega-la num vaso) - acho que ainda a tenho para aí, mas os estragos foram suficientes para a sujidade nunca chegar a sair por completo.
Também me lembro de um outro workshop de dança contemporânea que fomos fazer à Ribeira. Só me recordo de duas coisas: de me sentir a pessoa mais ridícula do mundo e de ter apanhado com a caca das 50 pombas que estavam num telhado e que decidiram defecar todas ao mesmo tempo sobre um grupo de estudantes que esperava pelo autocarro. Só boas memórias, hun?
Depois lembro-me de mais coisas, mas não tenho bem a certeza de terem sido para este dia em particular. A dança das andorinhas, dos anjinhos e aquela em que dancei uma música da nelly Furtado em mini-saia também me ficaram no coração. Naquela parte em que há um buraco negro e onde as coisas más se escondem. Nunca mais me vou ver livre deste trauma. Viva a dança! (ou não)